Amal Clooney sobre EI: Não permitam que se torne uma nova Ruanda
Ativista dos direitos humanos apela para o julgamento de militantes do grupo em cortes internacionais.
Amal Clooney, 39 anos, é uma das mais reconhecidas advogadas que luta pelo estabelecimento dos direitos humanos no mundo. Uma das causas que preocupa a libanesa é a questão do genocídio cometido pelo Estado Islâmico (EI), no Oriente Médio.
Em discurso feito durante evento da Organização das Nações Unidas na última quinta-feira (10), Amal fez um apelo aos líderes mundiais para que os crimes cometidos pelo o grupo não passem impunes. Leia um trecho de sua fala:
“Não permitam que o EI se livre da culpa do genocídio. Valas comuns repousam no Iraque, sem proteção. Pessoas estão fugindo… Nenhum militante do grupo enfrentou julgamentos por crimes internacionais em nenhuma parte do mundo. Por que isso não acontece? Seriam porque esses crimes não são sérios o bastante para uma investigação internacional. Não. O EI é o grupo mais brutal do mundo e representa, hoje, o que o Conselho de Segurança chama de uma ameaça sem precedentes. Não permitam que isso se torne uma nova Ruanda, da qual vocês se arrependem por terem feito pouco e tardiamente.”
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Além da questão do EI, Amal também é conhecida por ter se mobilizado em outras causas. Uma delas foi sua luta pela Armênia, em que representou o país no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, em um caso que envolve um político turco que insistiu em negar a existência do genocídio de mais de 1,5 milhão de armênios.
Em setembro de 2016, a advogada também se envolveu na defesa da jovem Nadia Murad, de 23 anos, que foi vendida como escrava sexual ao comando do Estado Islâmico. A defesa da garota acontece na Corte Internacional de Justiça da ONU em Haia.