Nos últimos dez anos, os homicídios contra mulheres aumentaram 21% no Brasil. O homicídio contra negras aumentou 54%. Os dados são do Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). A pesquisa, que avalia dados de 2003 a 2013, revela que 55,3% dos crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.
A lei Maria da Penha foi promulgada em 2006 para ajudar a conter a violência contra a mulher, mas apenas cinco estados registraram quedas nas taxas: Rondônia, Espírito Santo, Pernambuco, São Paulo e Rio de Janeiro. Alguns estados apresentaram aumento brutal nas taxas: é o caso de Roraima, onde o número de homicídios mais que quadruplicou (343,9%), e na Paraíba, onde triplicou (229,2%).
Joaquín Molina, representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, divulgou em comunicado à imprensa: “A violência contra a mulher é um problema de saúde pública, que afeta mulheres em diversas regiões do país e do mundo. Divulgar dados e estudos sobre esse tema ajuda a compreender a dimensão do problema e pôr fim a uma prática que tem tirado a vida das mulheres”.
O Brasil tem uma taxa de 4,8 homicídios por cada 100 mil mulheres, a quinta maior do mundo, conforme dados da OMS. Vitória, Maceió, João Pessoa e Fortaleza foram as capitais com taxas mais elevadas no ano de 2013: acima de 10 homicídios por 100 mil mulheres. São Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com as menores taxas.
Para ler o relatório completo, clique aqui.