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Moda coquette: estilo romântico é tendencia

Laços, corsets e renda marcam a o fenômeno fashion das redes sociais. Aprenda como aderir

Por Adriana Marruffo
31 mar 2024, 15h16
moda coquettecore
O ultrafeminino está de volta à moda, conheça o estilo coquette (Reprodução/Reprodução)
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Laços, corsets, vestidos e meias delicadas de cano alto…Essas são algumas das peças românticas que têm dado vida à moda coquette, que representa a consolidação do romantismo nas roupas. O estilo vem ganhando cada vez mais atenção nas redes sociais e entre celebridades como Hailey Bieber, Sabrina Carpenter e Kylie Jenner, que valorizam itens delicados com nuances femininas e sem cores gritantes, se apoiando nas tonalidades pastel e neutras.

“O estilo coquette nasceu na França, ainda no século 17, e significa ‘namoradeira’, isto porque remete à época em que as meninas começavam a se arrumar para flertes. Então, essa tendência retorna como um movimento que chama as mulheres a retornarem ao femino”, explica Camila Diniz, consultora de moda e personal stylist

moda coquettecore
A moda coquette dá ênfase ao delicado. (@softgirlsaesthetic/Reprodução)

Essa não é a primeira vez que o visual ultrafeminino ganha os holofotes no mundo da moda, sendo inclusive uma ramificação de estilos como o balletcore. 

“Esse visual está longe de ser algo novo. Na verdade, o coquette traz uma ideia bastante comercial e conhecida, fazendo um apanhado de muitos elementos comuns ao que chamamos de estilo romântico”, coloca Ana Vaz, consultora de moda e idealizadora da Butique de Cursos. Desvendamos todos os segredos por trás da tendência, confira:

O que é moda coquette?

O coquettecore é um estilo que, de certa forma, enfatiza a feminilidade e a delicadeza, mas desta vez repaginado para ter um toque de elegância e sensualidade doce nas peças, se apropriando principalmente da renda.

“A moda coquette nos remete a uma versão atualizada de Maria Antonieta – conhecida pelos seus vestidos delicados e com estampas femininas – que era também uma mulher forte, entretanto recheada de símbolos que remetiam diretamente ao feminino. Mas, diferente da época, foi adicionado ao look toques de sensualidade como, por exemplo, deixar à mostra uma parte das lingeries delicadas usadas por debaixo da roupa”, aponta Camila.

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A moda coquette traz uma versão atualizada do balletcore, com maior sensualidade (@kaykaybrown/Reprodução)

De acordo com o Dicionário da Etimologia, a nomenclatura da palavra tem como significado “uma pessoa amorosa, que flerta e se apresenta como alguém atraente por meio do romantismo e da vaidade”.

Mas como saber se estamos aderindo ao estilo coquette ou ao balletcore? Devemos admitir, as diferenças são poucas e sutis, mas Ana explica que a moda coquette, por ser uma continuidade, tende a ser mais adornada e maximalista, além de adotar uma maior sensualidade.

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Uma das peças favoritas do estilo coquette são os corsets (@kaykaybrown/Reprodução)

Como aderir à moda coquette?

“A moda coquette faz um apanhado de muitos elementos comuns ao estilo romântico, como cintura marcada, saias rodadas, laços e babados, rendas e tules, mangas bufantes, cores claras e leves, além de adicionar elementos que relacionamos a um vestir sensual, como comprimentos curtos, transparências e o corset”,eaponta Ana.

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E a moda coquette não é viral apenas nas redes sociais, já tendo tomado conta das passarelas mais importantes do mundo, como na coleção assinada por Simone Rocha para Jean-Paul Gaultier, que apresentou diversas composições com corsets e transparência. 

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Entre as principais peças utilizadas no estilo coquette, as consultoras de moda destacam o uso de saias ou vestidos – de preferência curtos, com estética plissada, rodada ou, inclusive, de tule. Além disso, um dos elementos favoritos no coquette é o corset – que dá aquele ar romântico e europeu – ou peças com uma finalização mais apertada, mas ainda elegante.

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Saias e vestidos plissados são tendência entre o estilo coquette (@kaykaybrown/Reprodução)

Já no mundo dos sapatos, o estilo coquette dá bastante destaque às sapatilhas tipo bailarina, mas você também pode utilizar outros calçados delicados e clássicos, como saltos baixos e mocassins em cores neutras.

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Para os acessórios, as consultoras explicam que o favoritos das fashionistas é o laço e o maxi laço, que pode ser usado tanto nas roupas quanto nos cabelos, além de pérolas e outros acessórios com finalização transparente.

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As sapatilhas são as as favoritas do coquettecore (@bridgetwestenford/Reprodução)

“As texturas que a moda coquette prioriza tendem a ser aquelas mais clássicas, como a estampa floral liberty ou peças unicamente em cores neutras e tonalidades rosadas”, acrescenta Camila.

Ela ainda aponta que a maquiagem é um elemento central para a estética, se utilizando de bocas vermelhas e olhos arredondados, além de rosa nos olhos e nas bochechas, com foco no clean makeup – ou seja, sem exageros na maquiagem. 

“Moda, no latim, é modus. Então, mais do que apenas usar a roupa, você precisa se sentir representada por ela, é preciso observar se aquilo faz sentido para você. Caso sim, uma maneira de incorporar o estilo coquette seria acrescentar alguns desses símbolos ao guarda-roupa, estimulando a desenvolver essa postura delicada”, reforça a consultora de moda Camila.

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A profissional ainda deu algumas ideias de composição a partir dos princípios e símbolos da tendência, apostando em mesclar as saias de tule com blazer. 

“Eu também apostaria em misturar as blusas sem alças com uma gola móvel, com detalhes de laço, pérolas e pedrarias”, acrescenta. 

A problemática social por trás do estilo

Por trás da delicadeza e da ‘fofura’ do coquettecore, as redes sociais também também foram rápidas em apontar algumas polêmicas que rodeiam o estilo – mas, isso não significa que você não possa aderir, são apenas algumas considerações.

É um estilo que carrega uma imagem bastante ingênua, mais adolescente, e por isso pode fazer algumas mulheres se sentirem mais “meninas”.

“Há quem diga que o estilo só fica bem em corpos magros, pois adere a peças curtas e um pouco de pele à mostra. Mas dizer isso é ser excludente, porque qualquer corpo poderia estar vestido desta forma”, explica Ana Vaz sobre as polêmicas. 

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A consultora ainda aponta que o corset já foi um símbolo de opressão feminina – uma tortura para o corpo da mulher – para atender padrões de beleza da época, trazendo de volta a mesma proposta e mostrando um retrocesso se pensarmos em conforto e liberdade para o vestir feminino.

Contudo, é importante lembrar que, se as roupas te fazem feliz e confortável, você pode aderir!

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