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A moda praia de modelagem ampla de Adriana Degreas

Criadora de uma moda praia que prioriza a modelagem ampla e tem entre os elementos-chave tecidos elaborados e estampas trabalhadas, a estilista completa 15 anos no mercado com a intenção de ampliar sua presença em areias internacionais.

Por Patricia Moterani
Atualizado em 21 jan 2020, 07h59 - Publicado em 9 jul 2016, 08h00
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A estilista Adriana Degreas decidiu olhar para a Indochina, pedaço do mundo que inclui países como Vietnã, Laos e Camboja, para desenhar seu verão 2017, recém-apresentado na 41a edição do São Paulo Fashion Week. Ela pescou especialmente o mix de influências das culturas indiana e chinesa presentes no local e, segundo define, as “tropicalizou um pouco”. Parte das estampas, por exemplo, é feitas com o desenho de folhagens, com plumas dispostas de maneira a reproduzir, entre outras plantas, a ginkgo biloba, tradicionalmente conhecida por suas propriedades medicinais e muito usada na China.

Croqui e moodboard do verão 2017, inspirado na Indochina. 

Agência Fotosite/Reprodução Instagram/Divulgação
Agência Fotosite/Reprodução Instagram/Divulgação ()

Há ainda tons ocre na cartela de cores e conchas de madeira nas peças, algo que remete ao ar rústico da região. Itens como caftãs (inspirados em quimonos) e hot pants, dois clássicos das criações de Adriana, e tules e sedas, além de outros tecidos finos, também estão presentes. Esse jeito de interpretar a moda praia – um misto da sofisticação que vem dos elementos aplicados, da modelagem não convencional e da maneira pela qual trabalha tramas e estampas (o efeito tromp-, l’oeil é um hit de sua assinatura) – é a principal marca do trabalho de Adriana, um dos nomes da linha de frente do beachwear nacional. Lançada ao mercado em 2001, quando maiôs e biquínis made in Brazil ainda eram sinônimo de pouquíssimos centímetros sobre a pele e cores e motivos bastante tropicais, a estilista cavou seu espaço com um movimento contrário.

Entrada final das modelos no desfile verão 2014, no SPFW: grafismos e geometria na apresentação. 

Agência Fotosite/Reprodução Instagram/Divulgação
Agência Fotosite/Reprodução Instagram/Divulgação ()

“Nessa época, quem fazia moda praia no Brasil investia nos chamados ‘biquínis para tomar sol’ e vivia uma fase de exportação. As grifes levavam para fora a ideia de sensualidade quase explícita, comum em suas produções. Mas eu não me identificava com aquilo. Me reconhecia mais no que via em praias de balneários europeus, onde as mulheres têm o hábito de usar peças um pouco mais elaboradas, não só para refestelar sob o sol, mas também para ir a festas em barcos no fim de tarde. Observava isso e via que não tinha nada parecido em solo brasileiro, e que quem circulava por esses ambientes poderia gostar de encontrar opções do tipo por aqui.

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Assim, digo que fiz o caminho contrário: o de importar essas ideias para cá.” No começo, suas criações quase não tinham estampas e apareciam em uma paleta neutra, basicamente nude. Era a época da Blue Girls, o primeiro nome dado por Adriana à sua marca. O foco estava mesmo em testar como as consumidoras brasileiras iriam receber a novidade. Aos poucos, conforme a proposta foi sendo aceita, Adriana, além de rebatizar a etiqueta com seu próprio nome, com a intenção de personificar o conceito, passou a adicionar novos itens, como argolas, aplicações de paetês e outros recursos para criar um brilho discreto, traços geométricos e de arabescos, franjas, o próprio tromp-l’oeil e tecidos pouco vistos nas areias até então – pense em jacquard e mesmo no tule e na seda.

Croqui e moodboard do verão 2017, inspirado na Indochina. 

Agência Fotosite/Reprodução Instagram/Divulgação
Agência Fotosite/Reprodução Instagram/Divulgação ()

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“Queria que enxergassem meus biquínis e maiôs em cenários que não só a praia. Minha intenção era propor peças multifuncionais, que fizessem sentido em fins de tarde, à noite e em lugares urbanos”, relata a estilista. “Esse também é um jeito de aumentar o custo/benefício da compra”, diz, revelando sua faceta empresária. De fato, com essa aposta, Adriana caiu no gosto da moda e de mulheres como Paris Hilton e Helena Bordon, que influenciam milhares com seus gostos, e construiu um universo particular, que se desdobrou em linhas de fitness, lingerie e infantil. E mesmo no exterior, a fonte inicial de suas inspirações, ela fincou os pés com pontos de venda em lojas de departamentos, como Le Bon Marché, em Paris, e Harrods, em Londres, e com um endereço próprio em Miami, na badalada Sunset Drive. É na cidade, aliás, que ela quer se consolidar, já que se mudou para lá. “Viver em Miami acaba me inserindo de fato nessa praia que penso ao criar e assim fico mais perto das minhas clientes”, afirma.

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