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Consciência social: 4 livros essenciais para iniciar o letramento racial

Obras reúnem reflexões indispensáveis para a conscientização sobre questões de raça, economia e gênero. Confira a lista

Por Sarah Brito
Atualizado em 4 abr 2024, 12h24 - Publicado em 4 abr 2024, 10h00
Livros para iniciar o letramento racial - vitrine
Obras com temáticas sociais sobre problemáticas reais causados pelo racismo contribuem para o estudo e desenvolvimento de consciência de raça. Veja quais obras poderão contribuir para esta pesquisa (Getty Images/Reprodução)
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Presente em boa parte das pesquisas sobre desigualdade racial e de gênero no mundo, o Brasil ainda é uma das nações que possui baixo índice de conscientização e estudo sobre letramento racial individual.  

Segundo pesquisas realizadas pelo instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica do Brasil (Ipec), mais da metade dos brasileiros já presenciaram algum ato ou fala racista em ambientes de convivência, além de que 60% dos entrevistados acreditam viver em um país racista.*

Mesmo com características que impedem a ascensão de uma comunidade que luta incansavelmente contra estigmas e preconceitos, o estudo e a conscientização sobre esses atos se tornam cada vez mais indispensáveis para manter comportamentos antirracistas e intoleráveis para o preconceito. 

Aqui, separamos 4 livros essenciais para você entender o que é racismo e como se tornar um aliado contra o preconceito e a violência racial. Confira a lista: 

Pequeno Manual Antirracista, de Djamila Ribeiro

Pequeno manual antirracista

Livros para iniciar o letramento racial - vitrine

Nesta obra, a filósofa e escritora, Djamila Ribeiro, discute e dialoga com o leitor numa profunda reflexão sobre como o racismo estrutural impõe questões complexas e extremamente desiguais para os mais de 55,5% brasileiros que se consideram negros em todo o país, segundo dados do IBGE divulgados no último índice realizado em 2022.

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Com desafios enriquecedores sobre o combate ao crime de ódio racial, esta obra se torna um pontapé inicial mais que essencial para esta jornada enriquecedora sobre como se tornar não apenas um antirracista reflexivo, mas também praticante.

O Genocídio do Negro Brasileiro, de Abdias Nascimento

O Genocídio do negro brasileiro

Livros para iniciar o letramento racial - vitrine

Registrando suas reflexões sobre como a comunidade negra sofre diariamente com a violência e discriminação racial no Brasil, o poeta e dramaturgo Abdias do Nascimento é incisivo e realista sobre como a opressão e marginalização dos corpos pretos brasileiros é considerado um dos genocídios mais brutais dos últimos séculos. 

Com dados precisos e relatos pessoais capazes de ampliar a capacidade individual de cada leitor, Abdias não poupa esforços para ser tornar essencial em sua lista de livros. 

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Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil, de Sueli Carneiro

Racismo, Sexismo e Desigualdade no Brasil

Livros para iniciar o letramento racial - vitrine

Promovendo um recorte realista sobre as mulheres negras no país, Sueli Carneiro oferece uma análise crítica às formas como o sexismo e o racismo se entrelaçam ao longo dos anos de construção social do Brasil, em que a desigualdade estrutural e machismo se tornam imensas problemáticas.

Suas análises inserem relatos e ensaios pessoais marcantes, além de refletir sobre a invisibilidade de gênero perante a comunidade feminina negra em ambientes de trabalho, política e arte.

Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus

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Obra referência em retratos das comunidades periféricas do país, a emblemática escrita da autora paulista Carolina de Jesus é avassaladoramente atemporal em todos os aspectos sociais e literários de um Brasil que marginaliza suas favelas e seus moradores.

Narrando de maneira vívida e direta o dia a dia de uma dona de casa moradora do que foi uma das maiores favelas do país, a extinta comunidade do Canindé, em São Paulo, Dona Carolina destaca a resiliência e a luta contra a pobreza extrema, a falta de recursos básicos no dia a dia e o enfrentamento das consequências de uma sociedade desigual e amplamente racista do século XX.

Reflexão e conscientização gera atos de respeito eficazes contra o racismo. Como já dizia a escritora estadunidense Angela Davis, “Numa sociedade racista, não basta não ser racista, é necessário ser antirracista”.

*Pesquisa encomendada pelo Instituto de Referência Negra Peregum e pelo Projeto Seta (Sistema de Educação por uma Transformação Antirracista). Divulgação: Agosto de 2023.

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