Victor Pecoraro comemora seu primeiro papel de destaque na televisão
O ator Victor Pecoraro, que interpreta Rubinho na novela Aquele Beijo, está animado com o sucesso de seu personagem
Victor Pecoraro está feliz com a oportunidade de viver um dos protagonistas de Aquele Beijo
Foto: Divulgação – Rede Globo
Ele é nada mais, nada menos do que um dos protagonistas de Aquele Beijo. Mas, ao conversar com Victor Pecoraro, fica a impressão de que ainda não caiu a ficha para o ator. O intérprete de Rubinho não demonstra um pingo de estrelismo ou deslumbramento durante a entrevista. Ao contrário. Fala a toda hora da felicidade de ter conseguido um grande papel, depois de oito anos de carreira; revela que tem sido ajudado por Marília Pêra, Herson Capri e Giovanna Antonelli; e admite que fica, sim, nervoso com a possibilidade de não fazer um bom trabalho.”Se não der certo aqui (na Globo), não dará em lugar nenhum”, avalia, deixando claro, no entanto, que não tem medo de críticas. “Prefiro até as ruins porque é a partir delas que procuro fazer uma coisa melhor”, garante o belo ator, de 33 anos.
Como está sendo viver um protagonista?
É uma experiência de vida, uma responsabilidade muito grande. Além do tamanho do personagem, existe a responsabilidade pelas pessoas que estão em cena. Você tem de estar sempre com o texto decorado, fazer uma boa cena, porque a Marília Pêra está ali, o Herson Capri, a Giovanna (Antonelli)… E, para mim, está sendo uma vivência muito boa, porque aprendo com eles.
Como ganhou o Rubinho?
Fiz teste para um personagem menor, que não tinha o nome especificado. A Cininha (de Paula, diretora-geral da trama) pediu para eu fazer o teste para o Rubinho, porque ela achava que eu tinha a ver com o personagem. Aí, me deram o texto, decorei na hora e fiz o teste com a Marília Pêra. Uma prova excelente, adoraram, Miguel gostou… Depois, fiz o teste com a Giovanna (Antonelli). Ali, concretizaram que eu era a cara do personagem.
Então, foi uma surpresa total!
É, não esperava mesmo. Estava havia sete anos fazendo personagens pequenos. Tem um momento da nossa vida em que a gente até desencana, né? Tinha até pensado em parar de atuar, de tentar na emissora, porque as oportunidades não apareciam, e eu fazendo bons testes… Aí, aconteceu. Miguel Falabella viu o meu teste, gostou…
Pensava em desistir da carreira?
Não. Estava pensando em procurar outra casa. Eu sempre quis fazer aqui, na Globo, porque o trabalho é espetacular. Por mais que outras emissoras façam, a Globo sempre será a Globo. Ninguém tem a produtividade desta emissora. E eu estava esperando, esperando… Aí, graças a Deus, surgiu a oportunidade.
A de um grande papel?
Para mim, é como se fosse o primeiro. Estreei em Chocolate com Pimenta (2003), com um personagem menor. De lá para cá, fiz várias participações na casa. E o papel agora é esse, a oportunidade de vida é essa, que eu tenho que fazer bem, porque a responsabilidade é enorme.
Victor Pecoraro está muito grato com o carinho de sua parceira de cena, Giovanna Antonelli, que o ajuda com o texto
Foto: Divulgação – Rede Globo
Ficou nervoso?
Não vou dizer que não. Fico nervoso, porque, se não der certo aqui (na Globo), não dará em lugar nenhum. Mas estou me dedicando ao máximo para fazer um bom trabalho. Sabia que viriam muitas críticas, porque, nas primeiras semanas, a gente está descobrindo. Tanto que, às vezes, dizem que um ator, como no meu caso, está verde. Mas ao ver o cara depois de um mês… Ele achou o tom do personagem. Eu ainda estava achando o personagem e as pessoas aqui estão sendo supersolidárias, estão me ajudando muito. A Marília (Pêra), o Herson Capri, a Giovanna (Antonelli) estão me ajudando muito. Só tenho a agradecer!
Parece que a novela Corações Feridos vai, finalmente, ser exibida.
Há uns meses, saiu uma nota dizendo que a novela ia ao ar, depois saiu outra, garantindo que não iria mais, que o Silvio Santos não queria. Mas isso não interfere em absolutamente nada, aqui, na Rede Globo. A direção da casa estava sabendo que eu tinha feito uma novela para o SBT, em 2010. Está tranquilo, porque se sabe que não tem concorrência.
Qual é a sua expectativa?
Você sabe que, na novela do SBT, fiz o antagonista e gravava mais do que o protagonista de Aquele Beijo? Era uma novela de período curto e eles queriam gravar tudo em quatro meses, então, fazia cerca de 30 cenas por dia. Para mim, foi uma escola. Se eu não tivesse feito aquele personagem com essa intensidade, talvez, não teria realizado um bom teste aqui. Aprendi muito no SBT. Foi com o Del Rangel, que trabalhou como diretor aqui na Globo e é um ótimo profissional. Fiz um bom trabalho lá. Mas aqui, com certeza, farei muito melhor.
E como está sendo sua vida como um papai de primeira viagem?
Está tranquilo, porque a minha filha, Sophia, está numa idade muito boa (1 ano e 2 meses). Ela dorme cedo e acorda tarde. Puxou ao pai (risos)! Estou adorando a experiência!
É do tipo que ajuda a cuidar da filha?
Não estou nessa fase de trocar fraldas, não. Até porque eu chego em casa e, se eu tiver dez horas para estudar, vou estudar dez horas. E, claro, separo um bom tempo para a minha filha também. Minha mulher (Renata Müller) é modelo, mas parou (de trabalhar) e está vivendo em função da Sophia. E vai ficar até os 2 anos de idade dela, para a menina ter uma base nossa.
Então, você só fica com as gracinhas e a parte boa da relação (risos)?
É verdade (risos). Fico mais com as gracinhas, sim. Levo a Sophia para passear, jogo para o alto, para baixo (risos)…