Claudia Leitte em Jerusalém: “me senti mais próxima de Deus”
A cantora carioca só tinha duas noites para conhecer a capital de Israel, mas considera o destino um dos mais marcantes da sua vida
Claudia Leitte estava em turnê pela Europa quando decidiu usar dois dias livres para realizar um sonho antigo: conhecer Jerusalém. O intervalo coincidiria com seu aniversário de 33 anos. “Fui criada por uma família muito unida, que tem Deus como alicerce. Sempre gostei de ler a Bíblia”, conta. “Essa curiosidade espiritual me atraía para Israel. E ali, na Europa, me pegou como se fosse um convite feito à minha alma. Queria sentir aquela atmosfera, pisar no lugar onde Jesus, o maior revolucionário do planeta, pisou. Ele era amor puro, e a gente precisa de amor. Eu queria vivenciar toda aquela energia.”
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Era julho e o clima estava quente, perfeito para passeios diurnos, como era a ideia: dormir pouco e passar o dia inteiro visitando pontos turísticos e locais sagrados. Um dos mais marcantes, afirma ela, foi o Monte do Templo, cultuado por judeus, cristãos e muçulmanos. “Lá, me senti mais próxima de Deus. Foi uma conexão muito forte, difícil de explicar”, diz. “Era ali que o rei Davi compunha, fazia orações. Ele era um guerreiro, mas também músico. Logo na entrada, há uma escultura dele tocando harpa. Eu tinha acabado de participar de uma produção na qual tocara justamente esse instrumento, o que fez com que me emocionasse ainda mais.”
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Passeios em família
Além do marido, Márcio, Claudia contou com a companhia de uma tia, que é teóloga, e do marido dela. “Eles estavam na cidade quando decidimos ir até lá, o que foi ótimo: os dois sabiam tudo sobre cada pedrinha, cada construção.” Ainda assim, acabaram contratando uma guia, com quem o grupo percorreu a costa da cidade. “Lavei meus pés no Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. O rio separa o país da Jordânia e, mesmo com uma grade na margem, para mim era como se não houvesse separação nenhuma”, lembra. “Passamos por zonas de conflito, mas era como se estivesse percorrendo a Linha Amarela, no Rio de Janeiro, ou perto de algum beco escuro em Nova York – existe perigo em todos os lugares. Em nenhum momento senti medo ou fiquei desconfortável”, conta.
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Entre as andanças, a carioca passeou por belas oliveiras, visitou o Muro das Lamentações, viu as muralhas construídas no século 16 e percorreu a Via Sacra, caminho de Jesus até a crucificação. Claudia também flutuou no Mar Morto – o mais salgado do mundo, o que faz com que não seja possível afundar –, tomou banho de cachoeira e de lama negra do mar, usada em tratamentos estéticos. “Foram 48 horas muito intensas. Visitei um amigo, conheci pessoas e passei pouco tempo no hotel, que adorei”, afirma ela, que se hospedou no luxuoso Mamilla. “Os funcionários foram muito atenciosos. Assim que cheguei, pesquisaram meus vídeos, ouviram minhas músicas e, no meu aniversário, quando eu estava saindo para jantar com o Márcio, me surpreenderam com um bolo, superanimados, cantando parabéns.”
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Energia que fica
“Vejo tanta gente falando mal do Brasil, como se aqui fosse o pior lugar do mundo para se viver, e não é. Tive essa mesma impressão de Israel: muitos dizem que é um país de guerras, destruído, sem vida, mas achei tudo sensacional. É um lugar maravilhoso no deserto, cheio de espiritualidade, amor e grandeza. Em todo canto, vi o belo. Acredito que, dependendo de como estejam seus olhos, você pode enxergar beleza em tudo”, afirma Claudia, que foi embora com a sensação de que tinha passado mais dias ali. “Foi tudo bastante intenso, desde a comida deliciosa até os monumentos, o olhar e o sorriso das pessoas à energia da cidade. Há uma comoção fora de série nos locais sagrados. Foi uma viagem de espiritualidade e de autoconhecimento. Ali, perto das origens do maior homem que o planeta já conheceu, é impossível não sentir uma vibração diferente de tudo, muito amorosa”, garante.