O príncipe Charles percebeu que a posição de seu irmão, o príncipe Andrew, na realeza é irrecuperável após as acusações de abuso sexual. “Isso será um dano indesejado à reputação da instituição” da monarquia, disse uma fonte próxima a Charles ao The Times na quinta-feira (12).
A fonte observou que ainda que Charles “ame seu irmão e tenha a habilidade de ter simpatia pelas fundas e flechas que seu irmão suporta”, o príncipe “concluiu há muito tempo que é provavelmente um problema insolúvel”.
“Isso provavelmente fortalecerá ainda mais na mente do príncipe que um caminho de volta para o duque é comprovadamente impossível, porque o espectro desta [acusação] levanta sua cabeça com horrível regularidade”, completou a fonte.
Os rumores sobre o rompimento entre Charles e seu irmão surgiram quando a Scotland Yard confirmou que revisará as alegações contra Andrew pela terceira vez.
Após as acusações de abuso sexual, Andrew anunciou que está “recuando” de suas funções públicas. Na entrevista conturbada a BBC em 2019, o príncipe falou sobre as acusações de Virginia Roberts Giuffre, alegando que ela nunca foi forçada a fazer sexo com ele.
Durante o período que Virginia sofreu os abusos, ela ainda era menor de idade. Uma fotografia, tirada em 2001, mostra o Duque de York com o braço em volta da cintura da vítima, que na época tinha apenas 17 anos.
Na entrevista à BBC, Andrew afirmou que não tinha nenhuma lembrança do ocorrido: “Não me lembro de alguma vez ter conhecido esta senhora, absolutamente nenhuma. Simplesmente nunca aconteceu.”
As acusações voltaram à tona nesta semana, quando Virginia entrou com um processo contra o príncipe em Nova York. Em declaração à PEOPLE, ela explicou: “Conforme o processo é detalhado, fui traficada para ele e abusada sexualmente por ele”, revelou a vítima, que se tornou uma ativista no combate à violência sexual.
“Estou responsabilizando o Príncipe Andrew pelo que ele fez comigo. Os poderosos e ricos não estão isentos de serem responsabilizados por suas ações. Espero que outras vítimas vejam que é possível não viver em silêncio e medo, mas para recuperar a própria vida falando e exigindo justiça”, finalizou Virginia.