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Os meninos do Fresno abrem o jogo em entrevista exclusiva

Os gaúchos, que acabam de lançar o primeiro DVD, falam sobre amizade, amor e os rótulos que detestam

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 07h17 - Publicado em 15 jul 2009, 21h00
Fabricio Pellegrino (/)
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À frente, Lucas (vocais, guitarra e teclados), à esquerda, Tavares (baixo e vocais), 
à direita, Vavo (guitarra). Ao fundo, Bell (bateria).
Foto: Divulgação

Por que, em 2006, trocaram Porto Alegre por São Paulo?
Lucas: Nessa época, ainda éramos uma banda underground e tocávamos mais em São Paulo e região do que em Porto Alegre. A mudança foi por força geográfica, por São Paulo ser o centro físico do país.

Chegaram a morar todos juntos?
Tavares: Moramos juntos por um ano, até cada um juntar uma grana. Não era muito saudável trabalhar o dia inteiro, viajar todo o final de semana e ainda dividir o quarto. Porém, isso foi importante para aprendermos muito um sobre o outro.

Qual a maior dificuldade em sair de casa?
Lucas: Aprender a viver sem a presença de adulto em casa e se tornar responsável por tudo. Nós já fazíamos shows, mas durante a semana não tínhamos muitas atividades. Então, rolavam muitas festas. Com o tempo, quando começou a virar um lar, a bagunça passou a incomodar um pouco.

A banda existiria se não fossem amigos?
Lucas: Claro que não! Se o cara não é teu amigo, você não tem margem para brincadeira e um ensaio pode virar briga. Sem amizade não existe liberdade. É preciso haver acordos e concessões para tudo ficar bem.

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Tavares: Trabalhando junto, você aprende a lidar com o não. Nós nunca tivemos brigas sérias, um nunca levantou a voz a sério para o outro. Já vi integrantes de bandas brigarem três vezes por semana. Com a gente nunca rolou uma agressão verbal.

Vocês se tornaram famosos ao disponibilizarem a música da banda na internet, não é?
Lucas:
A gente surgiu quando a internet começou a se comportar como uma plataforma de divulgação de música. Surgimos com os primeiros sites, o tataravô do Myspace, em que você podia hospedar uma música de graça e as pessoas podiam ouvir sem pagar. Era tudo muito novo e muito absurdo na época. Hoje, para algo virar sucesso basta um blogueiro famoso colocar a música para tocar.

Como é a relação de vocês com a internet hoje? Vocês têm perfis no Orkut e no twitter, por exemplo?
Lucas: Continuamos bastante antenados. Nós temos todas as coisas oficiais comandadas pela banda: orkut, myspace, fotolog… Ninguém escreve por nós. Fico direto na comunidade do Orkut.

Tavares: Sim! Até porque podem pegar e usar seu nome. O meu perfil no orkut é o mesmo de quando não era conhecido.

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Vavo: Eu não queria twitter e pensei em registrar meu nome para ninguém usar. Aí, digitei Vavo e tinha um japonês lá (risos).

Bell: Quero deixar registrado que não tenho nenhum perfil. Às vezes, as pessoas dizem que falaram comigo pela internet. Não gosto de computador nem de TV. Prefiro tocar bateria.

Lucas: O Bell tem aquele limite da idade a mais (28 anos) do cara que não usava computador.

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