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O taxista sem pecados de Reynaldo Gianecchini

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 13h01 - Publicado em 26 out 2008, 21h00
Camilla Mota (/)
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Dante mostra seu lado paizão e maridão em Sete Pecados
Foto: RAFAEL CAMPOS

No meio de tantos pecados, Reynaldo Gianecchini se sente no Céu. O protagonista da trama das 7 está rodeado de amigos e, principalmente, de amigas. O ator, de 34 anos, contracena com Cláudia Jimenez, seu amor em As Filhas da Mãe (2001); Priscila Fantin, sua amada em Esperança (2002); Giovanna Antonelli, seu par em Da Cor do Pecado (2004); e Claudia Raia, sua cara-metade de Belíssima (2005).”Eu me sinto em casa em Sete Pecados”, diz o bonitão, que está solteiro desde que terminou o casamento com Marília Gabriela. “É uma pena ficarem inventando coisas.Mas não sou mais ingênuo a ponto de ser tão usado pela imprensa”, avisa. Pecador assumido, ele decreta: “A vida, quando é muito certinha, fica chata”. Na entrevista, faz suas confissões, mas no balanço final ainda sai como bom moço. Põe bom nisso!

Você realmente acredita que existe alguém tão bom como Dante?
Acredito no bom coração das pessoas. E existem pessoas que têm mesmo, principalmente as que moram no interior, que ainda mantêm uma certa ingenuidade. Já encontrei muita gente assim. Mas isso não quer dizer que o sujeito não se irrite, que não fale palavrão…

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Dante é boca suja?
Ele é muito generoso, mas tenho muito cuidado ao fazer esse personagem. Não quero que ele seja um bom que não exista. Tem que ser crível. Então, ele se irrita, sente atração por outras mulheres, apesar de ser casado… Dante vai ser tentado o tempo todo pelos pecados. Pode vir a ser um cara com menos princípios.

Qual é o seu maior pecado?
Acho bom pecar um pouquinho, senão a vida fica meio chata. O meu é a gula. Como pra caramba, sou insaciável.Mas tenho outros pecados também. Procuro controlá-los porque, quando passo do limite, me faz mal. A vaidade, por exemplo. Quando vejo que está demais, falo: “o que é isso? Tô perdendo muito tempo com o espelho…” O pecado do Pascoal, da novela

Belíssima, era a luxúria. Você fez um mecânico, agora um taxista, figuras que povoam as fantasias femininas. E você fez ensaios sensuais recentemente. Está vivendo um momento mais sexy? Não, isso é coincidência. Não faço nada para investir nessa imagem. Nem sei se taxista tem tanto essa coisa sexual… Uniforme é que combina com fetiche. É… mas eu conheço várias histórias de gente que dá em cima de motorista de táxi. De qualquer forma, é mais explorado o lado família do personagem. Dante é paizão, maridão… Esses valores são tão legais de mostrar na novela…

Você é muito família?
Sim, muito. Mas sou também desprendido. Como saí de casa cedo, com 17 anos, sei me afastar e, ao mesmo tempo, me sentir dentro da família, dar atenção… Não sofro mais por estar longe.

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Passou a andar mais de táxi para fazer esse personagem?
Eu já tinha o hábito de andar muito de táxi e sempre converso com os motoristas. Não posso dizer que fiz laboratório com eles.Meu foco no papel é achar a bondade dele, a generosidade.

Você nasceu e foi criado em Birigui (cidade do interior de São Paulo). Isso contribuiu para compor melhor o Dante?
Acho que sim. Foi nessa vivência que busquei um olhar mais puro. No interior, as pessoas acreditam umas nas outras. Lembro que, quando cheguei à cidade grande, me assustava. Tinha vontade de crescer, mas sentia medo. Procuro lembrar de como eu era, porque hoje não sou mais assim. Fiquei mais cascudo.

Como está a vida de solteiro?
Ótima!

O que o incomoda mais: uma verdade descoberta ou uma mentira inventada?
A mentira, com certeza. E a maior parte, 80% do que eu leio a meu respeito, desde que fiquei solteiro, é absolutamente mentira. Fico impressionado e imaginando de onde vem. São coisas sem fundamento.

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Até que ponto isso tira a sua paz?
Fico mal-humorado, às vezes, porque cria uma imagem na cabeça das pessoas que é de mentira. Odeio quando acreditam em algo que não é verdade. Por outro lado, estou pouco me lixando porque não devo satisfação a ninguém.

Já cogitou desistir da carreira artística por causa disso?
Essa questão da exposição… Se eu não amasse tanto minha profissão e tivesse um plano B, talvez já tivesse desistido. Mas não tem nada que eu queira ser, senão ator. Enfim, é um preço que se paga e é muito alto. No começo, eu tinha mais crises, acho que aprendi a me defender. Ligo o botãozinho do F…

Você pensou em parar de sair com a Preta Gil por causa das notas que foram publicadas? Não. De jeito nenhum. Só não gosto de alimentar história errada. Mas Preta é uma pessoa das mais queridas. Então, ainda vão me ver muito junto com ela. É uma grande amiga, que adoro e admiro demais. Me divirto muito com ela. De novo: ligo o tal botãozinho (risos).


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