O Mágico de Oz: intérprete de Dorothy sofreu abuso sexual no set
No livro “Judy e eu: Minha vida com Judy Garland”, ex-marido revela que intérpretes dos Munchkins colocavam as mãos por debaixo do vestido dela
Nem só de magia foi feito o filme O Mágico de Oz, de 1939. A versão cinematográfica do musical que conta a história de Dorothy e seu cachorro Totó a caminho da Cidade das Esmeraldas encanta gerações, mas seus bastidores não foram tão encantadores para a atriz Judy Garland, que interpretou a protagonista.
Com 16 anos na época, ela sofreu abuso sexual no set de filmagens. É o que conta seu ex-marido Sid Luft no livro Judy and I: My Life with Judy Garland (“Judy e eu: Minha vida com Judy Garland”, em tradução livre).
O produtor e empresário do mundo do entretenimento faleceu em 2005 e o livro já foi publicado anteriormente. Porém, como uma nova edição será lançada em março deste ano, a história acabou chamando a atenção.
Luft relata que alguns dos atores que interpretaram os Munchkins – povo vizinho da Cidade das Esmeraldas que ajudou Dorothy em sua caminhada – colocavam as mãos no corpo de Judy sem o consentimento dela. Eles eram vividos por anões, mais baixos que a atriz, que aproveitavam disso para desrespeitá-la.
“Eles tornaram a vida de Judy miserável no set de filmagens colocando as mãos por debaixo do vestido dela… Os homens tinham 40 anos ou mais”, escreveu o autor. “Eles achavam que poderiam se livrar de qualquer coisa porque eles eram muito pequenas”, acrescentou.
A atriz, falecida em 1969, já havia criticado os atores em entrevista dada em 1967 ao Jack Paar, reporta o Yahoo. “Eles eram pequenos bêbados e enchiam a cara todas as noites”. Cerca de 120 atores interpretavam os Munchkins e muitos negaram as acusações. “Como seria possível ficar bêbado ganhando apenas 50 dólares por semana?”, disse Jerry Maren, um dos intérpretes dos Munchkins, hoje com 97 anos, ao refutar os comentários da atriz.