“Não sei de onde tiro forças para aguentar essa situação”, diz Monique Evans sobre crise com Bárbara
Em entrevista à CONTIGO!, a ex-modelo fala sobre a relação com a filha e o fim do seu namoro
Monique em foto de 2009. Ela faz tratamento para transtorno de personalidade
Foto: Sérgio Barzaghi / Agência O Globo
Monique Evans atendeu a CONTIGO! no domingo (17). Durante a entrevista, falou da doença Transtorno de Personalidade Borderline – da qual sofre desde o nascimento. E também contou que terminou o namoro com Bruno Voloch. “A distância dificultou tudo. Ele mora em Petrópolis, que não é tão longe do Rio, mas tem filho e nunca vem.”
É verdade que sua psicoterapeuta acha que ainda não é o momento de você e Bárbara se encontrarem?
Minha psicoterapeuta libera. Bárbara não me procura. Ela só se comunica comigo via WhatsApp. Não sei de onde tiro forças para aguentar essa situação. Continuo aguardando que ela me procure. É uma atitude que tem de partir dela. Bárbara não quis minha ajuda após vencer A Fazenda. Aliás, nunca quis ouvir meus conselhos. Eu era contra a ida dela para o reality. Todo mundo que vai para lá sai precisando de um psicólogo.
O confinamento é muito difícil?
Não é só o confinamento. É até mesmo ficar sem comer, porque os horários são rígidos. Espero que valha a pena o dinheiro que ela ganhou lá. Achei que o fato de ela ter sido campeã e eu vice (da quarta edição de A Fazenda) acabaria com qualquer insegurança que Bárbara pudesse ter em relação a mim.
O que acontece entre Bárbara e você?
Não sei o que está acontecendo. Nunca tive uma briga com ela, nunca a tratei como bebê, como ela diz. Mimei, sim, mas sempre permiti que ela fizesse o que queria. Quando quis namorar mesmo, no sentido de começar a ter relações sexuais, eu a levei, com o namoradinho, a uma ginecologista, que ensinou aos dois a responsabilidade do que é fazer amor, a importância do uso da camisinha. Há pouco tempo, Bárbara quis ter a casinha dela. Arrumou a mala e saiu de casa sem falar se iria voltar. Ela, depois de fazer as c…, é que se comportava como bebê. “Mãe, me ajuda!” O pai (o empresário José Clark, 45) só dava esporro.
Mas a relação deles melhorou, não?
Bárbara diz que ele ficou feliz por ela ganhar o programa. Ele nem assistiu. Não sei que orgulho é esse que ela fala que ele tem. Eu e a avó paterna dela, que mora em Petrópolis, ficávamos orgulhosas da sua participação. No dia da final, quando senti que ela poderia ganhar, sussurrei no ouvido dela que o pai estava orgulhoso. Eu inventei isso na hora, até porque, em um dos programas, Bárbara disse que o pai a odiava e que ela não ia mais poder ver as duas irmãs pequenas que tem por parte dele. Ele estava fora do Brasil. Então, ela enchê-lo de elogios agora me deixa muito mal (Monique chora). Quem sempre esteve ao lado dela fui eu. Nunca fiz nada contra minha filha. Nunca brigamos.
O fato de ela ter voltado atrás na decisão de dividir o prêmio com você pode ter colaborado para essa crise?
Não foi o dinheiro que ela prometeu e depois voltou atrás que criou essa situação. Pode ter sido alguma fofoca, porque ela não sabe o que aconteceu aqui fora. Tudo que falavam dela, quem a defendia era eu. E olhe que fui massacrada, agredida pelos times dos outros participantes nesses três meses. No fim não ganhei nem um beijo, nem um abraço da minha filha. Quero esse abraço e esse beijo dela, mas, de verdade, não porque alguém mandou ela fazer isso. Quero saber o motivo de ela estar agindo assim.
Por que não tenta fazer as pazes? Tem dificuldade de se relacionar?
Há quem diga que isso é a minha doença. Quem fala isso é ignorante. O borderline faz você sentir falta de se relacionar com as pessoas, você as agrada para não ficar sozinha. O borderline está ligado à personalidade e é hereditário. Quem sofre do transtorno pode agredir a si próprio, se autoflagelar. Eu não me corto, não me agrido fisicamente, mas tentei o suicídio.
Foi Bárbara que a levou para a clínica?
Bárbara não me levou. Ela estava em um bar bebendo. Quem me levou foi uma prima minha. Eu nem sabia, porque não me lembrava de nada depois que tomei os remédios. Minha prima, que mora em Copacabana, veio aqui em casa e me encontrou trancada no quarto. Eu estava doidona, toda babada de sorvete e com roupa curta. Há anos não uso nem roupa sem mangas. Fui para a clínica com roupa de periguete.
Mas Bárbara a visitou na clínica…
Bárbara foi lá. Eu não estava bem. Estava entubada, porque tinha passado por uma limpeza estomacal por causa dos calmantes que ingeri. Não me lembro do que aconteceu. Parece que ela me abraçou. E, quando viu que a coisa era séria mesmo, teve uma reunião com o irmão, Armando, porque ficou sabendo que eu não posso mais ficar sozinha (ela chora). Bárbara está me matando aos pouquinhos. Estamos há três meses separadas. Ela diz que uma médica aconselhou que devemos ficar separadas, que é bom para meu tratamento. Será que ela tem uma médica? Será que essa médica está sabendo que a mãe dela está a ponto de morrer? Só Deus sabe o que estou passando. Bárbara é minha paixão.
– Confira mais detalhes sobre a relação de Bárbara e Monique Evans.
– Leia a entrevista com Bárbara Evans.
ESTA MATÉRIA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 1992 DA REVISTA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 20/11/2013.
Monique em foto de 1993
Foto: Nana Moraes