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Lícia Manzo, autora de A Vida da Gente, comenta os temas que a trama aborda

A autora de A Vida da Gente, Lícia Manzo, fala sobre o desafio de escrever sua primeira novela e comenta os temas polêmicos abordados na trama

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 17 jan 2020, 11h05 - Publicado em 17 out 2011, 21h00
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  • Lícia Manzo promete muita emoção em A Vida da Gente
    Foto: Alan Teixeira

    Lícia Manzo já tem uma longa trajetória. Mestre em Literatura Brasileira, ela assinou a redação do seriado Tudo Novo de Novo (2009), além de ter colaborado nos textos de Sai de Baixo (1996), A Diarista (2004) e da novela Três Irmãs (2008). Mas, aos 46 anos, enfrenta o grande desafio de sua carreira: escrever sua primeira novela, A Vida da Gente, com direção de Jayme Monjardim. Em entrevista exclusiva para AnaMaria, ela conta os detalhes dessa empreitada global.


    Quais são seus desafios nesse momento de sua carreira?
    Você precisa responder rápido a uma série de demandas práticas ou artísticas, chegar a resultados satisfatórios, muitas vezes, em pouquíssimo tempo, e, principalmente, não deixar que o caráter industrial da coisa esvazie sua emoção ou sensibilidade.
     

    Qual sua inspiração para escrever a trama?
    É a própria vida. Tenho afinidade especial com autores humanistas como o Manoel Carlos e o Gilberto Braga, mestres das novelas centradas em questões familiares.


    O que os pais devem fazer quando o filho adotivo quer conhecer os pais biológicos?
    Me parece um desejo natural e, mais do que isso, é um direito legal.

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    Sua novela pode mudar a vida do idoso no país?
    Não tenho essa pretensão. Mas, com a personagem da Iná (Nicette Bruno), acho que dá para mostrar os integrantes da terceira idade como pessoas vivas, ativas e repletas de questões e descobertas.

    Como surgiu a ideia de falar sobre coma?
    O coma é emblemático: parece estacionado na fina fronteira entre a vida e a morte. A volta desse estado (e reencontrar sua história seguindo sem você) é o eixo central da novela. Em torno dele, construí uma “crônica” das relações familiares. São famílias que se decompõem e se recompõem, buscando equilíbrio a partir do afeto.


    Como diminuir a dor nessas situações?
    Não há fórmula. É um caminho que cada um decide trilhar.
     

    O que está faltando nas novelas brasileiras?
    Se fosse possível formular uma resposta específica, todas as novelas fariam sucesso. Não há receita e a beleza do ofício está justamente aí .

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