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Latinas de Hollywood denunciam e lutam pelo fim dos estereótipos

Preconceito cultural e objetificação marcaram a trajetória de grandes estrelas de cinema

Por Redação CLAUDIA
Atualizado em 22 out 2016, 19h02 - Publicado em 8 jul 2016, 00h01
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A comunidade latina já soma mais de 40 milhões de pessoas nos Estados Unidos. Entre elas, algumas célebres, que estão nos filmes e na publicidade. As atrizes da América do Sul e da América Central ganharam espaço nos sets de filmagens, mas ainda não se pode considerar que são livres para demonstrar o talento: em grande parte das produções, se não em todas elas, continuam encarnando as mulheres calientes dos trópicos – passionais, sensuais e extremamente objetificadas.

Em tempos do retorno de grupos ultraconservadores na terra do tio Sam, como o absurdo Ku Klux Klan, o preconceito faz morada até na arte. Para nossa felicidade, essas mulheres não se calarão.

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Gina Rodriguez está cansada de provar que é “latina o suficiente”

A atriz americana de origem porto-riquenha, Gina Rodriguez, levou o Globo de Ouro em 2014 pela sua brilhante atuação na série de comédia Jane the Virgin. Apesar do prestígio, não é raro quando sofre ataques, especialmente nas redes sociais. Em agosto do ano passado, desabafou sobre isso em sua conta no Instagram e, dias depois, ao Huffington Post. “Dizem que não sou ‘latina o suficiente’. Não quero ser definida pelo rótulo de alguém”, disse, após ser contestada por, supostamente, não “encarnar o personagem” de uma mulher estrangeira. O argumento dessa parte do público é que ela deveria abraçar o estereótipo de sua origem sem contrariar o que esperam dela. Sorte a nossa que ela não vai deixar isso acontecer.

Eva Longoria quer que seu nome seja lembrado

Durante a apresentação de um evento, a atriz Eva Longoria aproveitou para alfinetar a plateia ao dizer que não era “Eva Mendes”. Ela, assim como outras estrelas que não são estadunidenses, são estigmatizadas e colocadas em um mesmo balaio – como se todas tivessem exatamente a mesma personalidade por conta do local descrito em suas certidões de nascimento. O fato é que esse conceito está enraizado de tal forma, que quase passa batido. Faça o teste: pense em quantos papéis a origem de cada uma dessas atrizes não serviu como base para a criação de uma persona única. Na maior parte das vezes, elas representam mulheres hiperssexualizadas.

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Eva Mendes não quer interpretar (apenas) latinas

Já Eva Mendes confessou em entrevista algo que complementa esse ponto. Segundo ela, é difícil conquistar um papel que não esteja focado no tipo físico. “Se você olhar pra mim, sou latina. Meus pais são cubanos, no entanto falo inglês sem sotaque e fui criada aqui [nos EUA]. As norte-americanas de hoje são como eu, uma mistura de cultura e raízes. No entanto, nossos traços dificultam um pouco”, disse. A estrela ainda completou dizendo que suas colegas na mesma situação não têm a chance de encarar papéis mais profundos.

Salma Hayek não quer se envergonhar de seu sotaque

Salma Hayek também sentiu o peso de ser mexicana. Em entrevista ao The Sunday Time, admitiu que já perdeu papéis por causa de seu sotaque. Sobre esse absurdo, não mediu as palavras. “Muitas vezes os idiotas estão no poder. O que fazer?”, questionou.

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