Jayme Matarazzo revela que nunca pensou em atuar na televisão
O ator Jayme Matarazzo queria ser diretor, igual ao pai, Jayme Monjardim, mas virou galã e hoje brilha em Cordel Encantado
Jayme Matarazzo, o príncipe Felipe de Cordel Encantado, revela que nunca imaginou que se tornaria um ator
Foto: Camila Fontana
Ser ator de novelas não era o sonho de Jayme Matarazzo. Para falar a verdade, o jovem não queria nem mesmo ser ator. Mas parece que o destino pregou uma peça no rapaz, que estreou na televisão interpretando o próprio pai, o diretor Jayme Monjardim, na minissérie Maysa – Quando Fala o Coração (2009), trama baseada na história de vida da avó do ator, a cantora Maysa Matarazzo.
Depois da especialíssima participação, Jayme não parou mais. Ano passado, ele encarou a primeira novela na Globo e fez o maior sucesso como Daniel, jovem que morria no primeiro capítulo de Escrito nas Estrelas, e se tornava um espírito preso a uma paixão que deixara em vida. Cordel Encantado é a nova aposta de Jayme, que está totalmente entregue ao personagem, o príncipe Felipe.
Como foi sua preparação para dar vida a um príncipe europeu?
Eu comecei estudando um pouco a época em que se passaria a trama. E quis saber como era o universo em que o Felipe estava inserido. Fiz uma pesquisa sobre o século 19 para aprender um pouco mais do gestual, o figurino e o conceito daquele momento. Foi importante para entender o que é a realeza. Peguei vários tipos de príncipes e mesclei para poder ter um Felipe completo.
Quais são as características que você destaca do seu personagem?
Felipe é um menino romântico, sonhador e de bom coração. Ele carrega esse fardo grande, que é ser o herdeiro do trono do Rei. Tem uma dificuldade por ter passado a infância sem pai. Mas acho que ele leva esse peso com dignidade. Felipe busca o amor verdadeiro e tem paixão pela vida.
Tem alguma característica dele?
Não. Felipe é Felipe. Eu sou eu. Vamos tentar conviver juntos.
E como é participar da novela?
É um projeto inovador, que traz uma proposta de imagem e fotografia que é muito diferente. Acho que ninguém nunca viu algo parecido com Cordel Encantado. Além de um elenco lindo, um figurino fantástico, a gente tem essa emoção de chegar bem perto do cinema.
Jayme gravou as primeiras cenas da novela na França com Guilherme Fontes, Maurício Destri, Luiz Fernando Guimarães, Mariana Lima e Emilio de Melo
Foto: Divulgação – Rede Globo
Antes de participar de Maysa – Quando Fala o Coração, você já pensava em atuar?
Não… Tudo começou com Maysa – Quando Fala o Coração. Eu sempre estudei direção. Foi na minissérie que tive a minha primeira experiência em frente às câmeras. E o contexto era lindo porque era a história da minha família. Depois, teve Escrito nas Estrelas e foi uma bola de neve gostosa que surgiu e eu curti muito rolar no meio dela. Nunca tive o desejo específico de ser ator, mas sempre deixei o meu coração aberto para a profissão.
Como você lida com a fama?
Eu tento enxergar pelo lado bom da coisa. Sou um cara tranquilo. Não penso pelo lado da mídia e da divulgação. Procuro ver o lado de compartilhar com as pessoas o meu trabalho e saber delas o que elas acham. Ver que se emocionam com o meu ofício, que é lindo. Isso é realmente muito bom.
E como foi gravar os primeiros capítulos de Cordel Encantado na França?
A viagem foi linda. Nosso único adversário foi o frio, que estava de lascar. A equipe inteira cuidou da gente com o maior carinho. É impossível você falar o texto com o frio de 5 graus negativos. As cenas da Europa dão um glamour que foi necessário para os primeiros capítulos. Foi tudo lindo demais.
Você encontra mais uma vez a Nathalia Dill nesta novela. Como é reeditar a parceria de sucesso de Escrito nas Estrelas?
Nathalia é uma das grandes atrizes da minha geração. Contracenar com ela é um prazer enorme, mesmo sem ser um par romântico. Ela é muito talentosa. Aprendi bastante com ela em Escrito nas Estrelas. E reencontrá-la em outro projeto é um presente.
Você está namorando?
Não. Eu estou solteiro.
E o assédio, como está?
Acho que o assédio vem de uma forma especial. Não existe aquele assédio alvoroçado. O que sempre tem é um respeito grande, muito carinho. O que acontece, geralmente, é uma emoção pelo Daniel, que foi um personagem que marcou demais as pessoas. Vamos ver como será com o Felipe, agora. Eu gosto da relação comum entre fã e artista. Sem ninguém ser mais ou menos.