Jayme Matarazzo, que interpreta Maurício em Sangue Bom
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Com a carreira cada vez mais consolidada, Jayme Matarazzo tem colhido os frutos de seu talento. Desde que estreou em Maysa – Quando Fala o Coração (2009), que retratou a trajetória da sua avó, e interpretou seu pai, Jayme Monjardim, jovem, ele não parou mais. Mas foi em Escrito nas Estrelas (2010) que o carioca caiu nas graças do público, em razão do sucesso de Daniel Aguillar, seu primeiro protagonista. Aos 27 anos, ele volta ao papel principal em Sangue Bom – ao lado de Marco Pigossi, Humberto Carrão, Sophie Charlotte, Fernanda Vasconcellos e Isabelle Drummond – como o playboy Maurício. Rico, bom caráter e bonito, ele é louco pela namorada, Amora (Sophie), e é o sonho de consumo da irmã dela, Malu (Fernanda). Questionado se enxerga semelhanças entre a ficção e a realidade, o galã sai pela tangente: “Não gosto de fazer paralelo”. Discreto e dócil, ele só demonstra irritação na hora de comentar sobre os benefícios que teria por ser filho do renomado diretor. Confiante em seu taco, Jayme garante que seu lugar ao sol é fruto de muito trabalho e esforço.
Sangue Bom é sua quarta novela e o segundo trabalho que você protagoniza. Ainda dá frio na barriga?
Estamos na linha de frente de um projeto e esse desafio é o mais gostoso. Ser protagonista nunca será um peso, e sim uma responsabilidade das mais gostosas que a profissão pode proporcionar.
Qual é a sua visão sobre o Maurício?
Ele é um cara da alta sociedade paulistana. Gosto de falar que é um bom partido e que é um moleque de caráter. Tem princípios reais e uma condição social invejável. É um menino que sempre teve tudo o que quis da vida.
A realidade do Maurício não é tão diferente da sua. Você também se considera um bom partido?
Assim como o Maurício, o meu maior desafio é a minha independência. Quero vencer em tudo na vida com os valores que me foram passados. Quanto a rótulos de bom partido, vou falar do personagem, mas não de mim. Me acho um menino de caráter, com uma educação firme, que vem em primeiro lugar. Quero vencer muito mais pelos meus princípios do que por qualquer tipo de estética ou beleza.
O que mais lhe chamou atenção em seu novo personagem?
O dilema que ele passa após a separação dos pais. Por não concordar com as atitudes do pai (Natan, vivido por Bruno Garcia), que trai a esposa (Verônica, papel de Letícia Sabatella), Maurício rompe seriamente com ele. A partir daí, opta por perder todo esse conforto e caminhar por conta própria. Nesse ponto, o personagem me conquistou.
Maurício será disputado por Amora e Malu. Já passou por algo assim?
Não, mas eu conheço histórias bem parecidas com essa. Não que seja normal e nem que seja legal, mas não é tão fantasiosa como muita gente pode imaginar. E acontece mesmo! Já vi várias vezes a situação de uma menina se apaixonar pelo namorado da irmã. Essa coisa de disputa dentro de casa é natural. Principalmente, quando somos mais jovens.
Sangue Bom aborda muitos projetos sociais. Você costuma participar de campanhas desse tipo?
Eu tenho até falado com a Fernanda Vasconcellos para a gente ser mais ativo em relação a isso. Vejo o empenho dela, admiro e quero fazer mais pelas pessoas que precisam. Sou um cara que gosta de passar muito amor e carinho, não só como ator, mas como pessoa mesmo. Espero que a novela abra a mente das pessoas, para que todos se doem mais.
Tem boa relação com crianças?
Nossa, sou apaixonado! Tenho três irmãos, sou o mais velho deles. Gosto muito e tenho muita facilidade de lidar com eles.
Como foi sua infância?
Eu aprontei demais (risos)! Fui um moleque muito ativo, agitado mesmo. Em compensação, hoje sou completamente o oposto. Um sujeito muito mais calmo, centrado, concentrado e caseiro. Graças a Deus (risos)!