Igor Rickli: “Fazer o Alberto é quase como ganhar dobrado na loteria!”
O gato de Flor do Caribe comemora a estreia como ator de novelas e já na pele de um terrível vilão
Igor Rickli em cenas da novela Flor do Caribe
Foto: TV Globo/Divulgação
Depois de batalhar 11 anos entre Rio e São Paulo tentando se firmar como ator de teatro, Igor Rickli foi descoberto por Jayme Monjardim num musical em 2012. A convite do diretor, o artista de 29 anos filmou com ele O Tempo e o Vento , que chegará aos cinemas no segundo semestre. Jayme gostou tanto da atuação de Igor que resolveu investir nele para viver o antagonista de Flor do Caribe, o vilão Alberto. Igor é casado com a cantora Aline Wirley, ex integrante do extinto grupo Rouge. Conheça um pouco da vida e dos planos desse paranaense que mora há cinco anos no Rio.
Até então sua experiência vinha dos palcos, certo? Como surgiu o convite para Flor do Caribe?
No ano passado eu estava fazendo o musical Judy Garland – O Fim do Arco-íris. Jayme foi assistir e me chamou para ser o Bolívar Cambará do filme O Tempo e o Vento, que morre assassinado na história. E, depois, para atuar em minha primeira novela! E você começa em grande estilo! Como o bandidão, tipo cobiçado por todo ator, seja estreante, seja veterano… É quase como ganhar dobrado na loteria! Estrear numa trama da Globo já é uma alegria, ainda mais como vilão, que me permite exercer minha profissão com uma imensa cartela de emoções. Está sendo ótimo para meu crescimento! Venho aprendendo muito com o Jayme, por quem tenho o maior respeito e admiração.
Está preparado para ser odiado?
Não. Quero mais é que gostem do meu vilão (risos). Desejo que as pessoas entendam o Alberto. Não que concorde com suas atitudes, mas vou defendê-lo com amor. Espero que o público simpatize com ele. Alberto vai cometer a pior das traições, com o melhor amigo.
Já viveu essa experiência?
Não. Mas já vi várias histórias assim na vida real. Bastante gente que conheço já passou por isso. Atualmente as pessoas são capazes de qualquer coisa para conseguir o que querem. Vão passando por cima dos outros. Está faltando compaixão.
Baseou-se nas histórias que conhece para construir o papel?
Não. Tomei por base a história dele. Acreditei que o Alberto existisse e quis saber quem era esse cara. De onde veio? Em que dia nasceu? O que aconteceu para que se tornasse tão individualista e desprovido de compaixão? Criei uma vida para o Alberto na minha cabeça.
Como foi entrar nesse universo tão competitivo que é a TV?
Confesso que não foi nada traumático. Fiquei super à vontade, até porque todos fizeram de tudo para que me sentisse assim. Tiveram um cuidado bastante especial comigo! Aproveitando, quero agradecer a toda a equipe, à direção, ao elenco e principalmente ao autor, Walther Negrão. Está sendo tão prazeroso que não tive nenhum estresse. Só lidar com a carga do personagem, que é bem pesada.
Igor na companhia de Grazi Massafera e Henri Castelli
Foto: TV Globo/Divulgação
E que tal contracenar com Grazi Massafera e Henri Castelli?
Grazi é paranaense como eu, então nos sentimos em casa (risos)! E o Henri é um grande brother, estamos adorando trabalhar juntos. O clima é muito agradável! Os dois têm sido bem amáveis, respeitosos e cuidadosos comigo.
De que cidade você é?
Ponta Grossa, mas cresci numa cidade vizinha, Carambeí, que tem 14 mil habitantes. Saí de lá aos 17 anos para ganhar a vida como modelo. Foi um choque cultural grande. Minha família ficou com o coração na mão. Com essa idade a gente não tem tanta estrutura emocional. Hoje todos estão felizes, vibrando pra caramba com o resultado positivo.
Você é um homem bonito e com certeza desperta o assédio feminino… Como lida com as fãs?
Quero mais é que me assediem (risos)!
Igor Rickli e a mulher, Aline Wirley
Foto: TV Globo/Divulgação
Você não é casado, Igor?
Sou. Mas minha mulher é cabeça. Ela sabe que sou fiel e a amo demais. Na verdade, o ciumento lá de casa sou eu (risos).
Tem filhos?
Ano que vem chegam os pimpolhos. Não tivemos ainda porque a vida de ator é meio complicada. A gente nunca tem estabilidade. Mas estou a fim de ser pai. Assim como a mulher sente que chegou a hora de ser mãe, o homem tem um relógio biológico que desperta, avisando que chegou a hora de ser pai. Eu e Aline estamos nos programando para ter um bebê.