Herson Capri fala sobre família e carreira
Aos 57 anos, em plena forma e com um charme irresistível, o galã brilha na trama das 6
“Pratico exercício porque me faz bem, para
ter uma qualidade de vida melhor”, diz o ator
Foto: Divulgação/ Globo
Em 41 anos de carreira, Herson Capri se orgulha de já ter feito de tudo: trabalhou no teatro, no cinema e na TV, já fez mocinho, vilão e até encarou o desafio de cantar, no famoso musical A Noviça Rebelde. “Já atuei em mais de 33 peças, mas essa foi diferente de tudo o que já fiz: um desafio revigorante, nunca trabalhei tanto para um papel”, conta o ator, que teve aulas de canto durante meses para interpretar o Capitão Georg Von Trapp, protagonista da peça.
Já em Negócio da China, Herson “sofreu” menos para interpretar um típico herói romântico. “Adriano Fontanera é um advogado conceituado, muito rico, só que não teve sorte no amor. Então, descobre tardiamente que tem um filho. A partir daí, sua vida adquire um novo sabor”, detalha o ator, que se curou de um câncer no pulmão esquerdo, em 1999, e fez um alerta no livro Sem Medo de Saber, de Ilan Gorin, sobre a importância do diagnóstico precoce para ficar curado. “Foi uma honra participar desse livro, como uma forma de prestar serviço, por meio da experiência que tive. Sou um sobrevivente!”, conta Herson, emocionado. A seguir, o ator fala de seu personagem, de projetos e da família.
Como é o Adriano?
Um advogado de 45 anos, bem-sucedido, dono de uma megaempresa de advocacia, de São Paulo, que faz um trabalho honesto e transparente. Ele mora com o pai, Evandro (Francisco Cuoco), e com a irmã solteirona, Matilde (Bia Nunnes), na mansão da família e vive fugindo da ex-mulher, Abigail (Xuxa Lopes). Sempre sofreu por não ter tido filhos e, um dia, descobre que tem um herdeiro. Isso dá um novo sabor à sua existência.
Falta de filhos não foi o seu caso…
Graças a Deus, não (risos). Tenho quatro filhos maravilhosos: Laura (30 anos), Pedro (28), Lucas (13) e Luísa (7). Sou muito apegado aos meus filhos e não me imagino sem eles.
Quem vai ser o grande amor dele?
A Júlia, personagem da Natália do Vale. Como ela é a mãe do filho dele, os dois vão se conhecer e se apaixonar.
Como você avalia Negócio da China?
Gosto muito! Tem todas as características de uma boa novela: alegria, humor, ação, cor, bastante aventura e muito ritmo. Esse é Miguel Falabella, é a assinatura dele. Já trabalhei várias vezes com o diretor Mauro Mendonça Filho, nos damos muito bem e só de se olhar a gente já sabe o que o outro quer. É muito bom atuar dessa maneira.
Você é vaidoso?
Nem um pouco. Pratico exercício porque me faz bem, para ter uma qualidade de vida melhor. Como de tudo, sem excessos. O importante, realmente, é estar feliz.
Você lida bem com os fãs?
Com muita tranqüilidade. Não me incomodo de falar com os fãs, recebo sempre as pessoas bem, com gentileza. Aqui no Rio, o assédio é pouco. Passo quase como anônimo, o que é gostoso (risos).
Já tem algum projeto para depois que terminar de gravar a novela?
Há uma peça que eu vou produzir e interpretar, que estreia em março de 2009, Conversando com Mamãe. É um espetáculo argentino do qual eu gosto muito. Tenho vários projetos de teatro, não dá nem para enumerar.
Você tem estado envolvido com o teatro infantil. Como é isso?
O infantil é muito gostoso de fazer. É ótimo poder conversar com as crianças pelo teatro. Tem a galerinha de escola pública, que quase nunca vai ao teatro, e fazemos questão de separar uns 60 lugares para essa turma. É a melhor plateia que tem. E ainda há minha filha Luísa, de 7 anos, que está começando como atriz. Ela estava em cartaz numa peça infantil que eu dirigi com minha mulher, Suzana Garcia, A Casa da Madrinha.
Como foi trabalhar com ela?
Maravilhoso. Nós adoramos. Nesse espetáculo, A Casa da Madrinha, Suzana dirigiu, adaptou e ainda produziu junto comigo. Foi incrível! Revigorante mesmo.
Mas Suzana não era médica?
Ela foi corajosa, largou uma carreira brilhante na área de medicina de reprodução humana para investir no teatro. De tanto me assistir, acabou gostando e se envolvendo. São 12 anos juntos, de alguma forma eu a influenciei.
Como é a sua rotina longe dos estúdios de gravação ou do palco?
Não sou de agito ou badalação… Quando não estou gravando ou fazendo teatro, gosto de ficar em casa com Suzana e meus filhos.