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O que aprendemos com as relações tóxicas de ‘O Outro Lado do Paraíso’

O que a novela 'O Outro Lado do Paraíso' teve de audiência também teve de relacionamentos equivocados e boys lixo.

Por Fábio Garcia
Atualizado em 16 jan 2020, 14h28 - Publicado em 9 Maio 2018, 18h18
 (Foto: TV Globo/ Montagem: MdeMulher/Reprodução)
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Um dos principais prazeres do público ao ver uma novela é se identificar com os personagens e torcer pelos relacionamentos amorosos deles, mas isso foi um pouquinho difícil em O Outro Lado do Paraíso‘. Boa parte dos namoros, ficadas e casamentos assistidos pelo público nos últimos meses de novela estavam repletos de coisas que precisamos colocar longe da nossa vida. Duvida? Então vamos mostrar como os relacionamentos de “O Outro Lado do Paraíso” estão aí para servir de exemplo do que NÃO fazer.

Gael: não seja essa pessoa

A história principal de ‘O Outro Lado do Paraíso’ infelizmente envolvia um crime pesado: agressão a mulheres. Clara (Bianca Bin) era uma professorinha doce e ingênua que havia se apaixonado perdidamente pelo rapaz da cidade Gael (Sergio Guizé). Tinha tudo para ser um típico romance de novela, com os mocinhos caindo de amores no primeiro capítulo da trama, mas a história se desenhou de um jeito sinistro. Gael é uma pessoa com sérios problemas psicológicos, uma mistura de muitos estímulos negativos da infância com uma falta de caráter, e mostrou não ser apto para viver em sociedade.

Gael tem todas as características daquele tipo de cara lixo que afasta mulheres de amigos e conhecidos. O filho de Sophia (Marieta Severo) conquistou Clara e a impedia de ter contato com qualquer outra pessoa, seja o então amigo Renato (Rafael Cardoso) quanto outras mulheres. Lembra que ele chegou a rasgar o cartão que Elizabeth (Gloria Pires) havia dado a Clara quando elas se conheceram em um shopping? E como se não bastasse toda a personalidade possessiva, Gael ainda era violento com a mulher. Uma das cenas mais marcantes e tristes da novela foi na noite de núpcias, quando o agressor rasgou o vestido de noiva de Clara e a estuprou.

O que aprendemos com as relações tóxicas de ‘O Outro Lado do Paraíso’
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Em vez da situação melhorar na segunda fase da novela, a coisa foi ladeira abaixo: quem sofreu na mão de Gael foi a nova namorada Aura (Tainá Müller). A relação tornou Aura uma mulher extremamente submissa, passando a aceitar com normalidade os descontroles emocionais e falhas do parceiro. Aura até tentou ajudá-lo, chegou a sugerir um tratamento com terapia, mas a ideia foi abandonada por Gael. Resumindo a história: se você conhece alguém como ele, fuja e não olhe para trás. Homem algum pode tratar mulher dessa forma.

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Passividade também é tóxica

O delegado Bruno (Caio Paduan) é perdidamente apaixonado por Raquel (Erika Januza), a ex-empregada que agora conseguiu ser juíza, mas o relacionamento foi abalado pelo racismo de Nádia (Eliane Giardini), a sogra da moça. Com um pensamento digno de uns dois ou três séculos atrás, a madame desprezava totalmente Raquel somente por causa da cor da pele, chegando até a tentar separar o casal com planos absurdos, dignos de novela.

O problema nesse caso não é apenas a interferência da racista, mas também a falta de pulso de Bruno. Muitas vezes Nádia proferiu em casa ofensas à raça de Raquel, e Bruno sempre esteve presente sem fazer nada. Quando se colocava contra a mãe, Nádia apenas retrucava com seu bordão “eu não sou racista” e o assunto morria ali. O rapaz nunca tentou se livrar da força da mãe em sua vida, e essa proximidade foi muito tóxica para Raquel.

Tanto que lá pelo meio da novela, quando Bruno caiu na segunda armação idêntica da mãe, Raquel largou mão e foi para os braços de Radu (Thiago Tomé). Bruno não tem culpa de ter essa mãe cruel que cria estratégias para separar o casal, mas tem culpa, sim, de permitir que a mãe tenha todo esse poder de influência sobre ele. No fim, quem sofreu com isso foi Raquel.

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O que aprendemos com as relações tóxicas de ‘O Outro Lado do Paraíso’
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A família de Nádia parece ser um guia de tudo o que não devemos repetir na nossa sociedade, pois Diego (Arthur Aguiar), o outro filho, também é outro campeão de relacionamentos disfuncionais. Para ele, existe aquele tipo de mulher para casar e aquele tipo de mulher para curtir, e ele se via incapaz de transar com Melissa (Gabriella Mustafá) por vê-la como algo puro. 2018 e ainda tem gente pensando dessa forma…

Os bons exemplos

Se dedicássemos um espaço para falar sobre todos os relacionamentos problemáticos de ‘O Outro Lado do Paraíso’, com certeza ficaríamos até amanhã escrevendo. E não pense que eles são exclusividade apenas dos personagens jovens da novela, os adultos também cometiam suas burradas. Como não esquecer de Lorena (Sandra Corveloni), a mãe de Laura (Bella Piero) que ficou do lado do marido mesmo após descobrir o caso de pedofilia dele com a filha? Ou então como Henrique (Emílio de Mello) sofreu por tentar manter seu casamento falido com (Bárbara Paz)?

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Mas, por sorte, os bons namoros e casamentos também tiveram espaço nessa novela. O casal Patrick (Thiago Fragoso) e Clara é um exemplo a ser reproduzido, com respeito mútuo e carinho. O mesmo podemos dizer de Rafael (Igor Angelkorte) e Laura, principalmente pela sensibilidade que ele teve ao ajudar a esposa a superar o caso da pedofilia.

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(TV Globo/Reprodução)

No fim, o espaço dado a esses relacionamentos acabou sendo positivo pois tivemos a chance de ver de perto o quão tóxicos eles são. A agressão às mulheres acabou caindo na boca do povo, mesmo o autor errando um pouco na abordagem, e os demais relacionamentos ruins foram mostrados como exemplos negativos às pessoas. Devemos é tomar cuidado para não cair nas mesmas ciladas que Clara e os demais.

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