Fábio Lago, o Fabiano de Caras & Bocas, conta como alcançou o sucesso
Como um bom filho da Bahia, Fábio é extremamente simpático e não nega atenção para os fãs que o abordam dizendo que "não deve perdoar Ivonete, de jeito nenhum"
Disfarces de Fabiano
Foto: Rede Globo
Tomar um suco de laranja com Fábio Lago pode ser bem demorado. Primeiro, porque o ator não para de atender aos pedidos de fotos e ouvir que “não deve perdoar Ivonete (Suzana Pires) de jeito nenhum!” Segundo, porque ele é conversador dos melhores. Como bom nordestino nasceu em Ilhéus, Bahia, em 1970 , tem histórias ótimas. O fato de o pai ter tido duas famílias, por exemplo, é uma delas. Os olhos brilham ao falar da mãe, Darcy, de 66 anos; da mulher, a atriz Alice Gomes, de 29; e do filho do primeiro casamento, Felipe, de 17.
Fábio preza a família e os valores acima de tudo. E lá vem outra garçonete, pedindo duas fotos: uma dele sozinho, outra com ela. “Quem é trabalhador se identifica muito com o Fabiano”, observa o ator, que já foi guia de poltrona de teatro, vendedor de sanduíche na praia, digitador e tocou violão em barzinho.
Mas, afinal, o povo quer saber: ele vai ou não perdoar a traidora?
O que Ivonete fez com Fabiano foi muita safadeza. Sou contra você não pensar no outro ser humano. Não sou dessa cultura: Eu estou bem, o resto que se dane. O problema do mundo é a falta de caráter, de valores morais. Acho que ele deve perdoá-la, mas não voltar a morar junto.
Você já fez loucuras por amor?
Já! Corri atrás de uma mulher até (risos). Sou passional. Sou pelo amor, pela relação. Se rolar envolvimento e houver um impedimento, vai acabar! Não foi à toa que tive um casamento de dez anos, e outro, agora, de sete.
Todo mundo ria com as caracterizações para seguir a Ivonete. Mas Fabiano estava destruído. Como é isso?
Acho que Fabiano tem a alma, a essência do palhaço. Aquele que perde tudo, até a dignidade, chega ao fundo do poço, vê seus ridículos e usa sua própria desgraça.
Quem tenta a vida nos grandes centros se identifica mais com ele?
Existem muitos Fabianos por aí. É a história dos Lulas, dos Fábios Lagos, que saem do interior e vão para a cidade ganhar a vida. Não pensam em carro, TV de plasma, e sim em ganhar para sobreviver, juntar e voltar à terrinha.