Elizabeth Savalla assume ser menos vaidosa que Rebeca

A Rebeca de Sete Pecados já ficou com peitos gigantes, com a boca torta, com a pele queimada… Tudo porque é viciada em tratamentos estéticos e não é nada fã do bom senso. Já Elizabeth Savalla não corre nenhum desses riscos. A atriz, de 52 anos, afirma que não é nem um pouco vaidosa e que até leva bronca por causa disso. “Minha mãe briga muito comigo. Ela sempre achou que eu devia ser uma mocinha arrumadinha, com batonzinho. Desde criança, ouço as reclamações dela”, conta Elizabeth. Bem, resolvemos testar a atriz. Fizemos dez perguntas a ela e, pelas respostas, Elizabeth, de fato, não comete o pecado da sua personagem na trama das 7. Confira abaixo:

Você pratica alguma atividade física?
Odeio exercício. Não malho, detesto.

Já fez plástica?
Nunca e acho que jamais vou fazer.

Colocou Botox?
Nem pensar. Preciso ter mobilidade no rosto para trabalhar como atriz. O Botox paralisa a musculatura.

Tem algum cuidado especial com a aparência?
Nenhum. Não optei por ter um corpo descomunal. A Yoná Magalhães, desde que eu a conheço, malha e adora. Infelizmente, sou preguiçosa pra caramba.

Faz dieta?
Faço dois dias e paro. Não tenho a menor força de vontade para essas coisas .

Usa cremes?
Quando fui gravar a novela em Bariloche, levei hidratante. Mas só porque lá a pele fica muito ressecada e arde. Aqui, no Rio, não uso creme. Não suporto ficar melecada.

E filtro solar?
Deveria, mas não passo nunca.

Pinta o cabelo desde cedo?
Pintei pela primeira vez agora, para fazer a Rebeca. Decidiram que ela deveria ser loira. Obedeci.

Não tem o menor problema em envelhecer, então?
Não, a cara vai cair mesmo. O tal do Newton descobriu uma coisa horrorosa (risos)!

Você é totalmente desprovida de vaidade?
Só tenho mesmo preocupação com a higiene. Eu tomo banho (risos).

“Tem muita louca”
Elizabeth conta que não tem nenhuma amiga parecida com Rebeca, mas sabe que existem muitas pessoas como a personagem. Por isso, ela acredita que a mensagem da novela é de fundamental importância. “Hoje, para se estar bem, você tem que ser magra, anoréxica, linda e fazer plástica. Como se plástica fosse uma coisa que você pudesse sair fazendo…”, comenta ela, que conversou com o cirurgião plástico Alcino Braga para compor a Rebeca. “O próprio médico me falou: ‘minha filha, se você tivesse noção do perigo que é uma plástica…’ Eles desgrudam o rosto da pessoa todinho, costuram a musculatura e colocam de volta”, diz a atriz, que também tem medo de Botox. “Se o sujeito colocar errado, você pode ficar torta por meses, pode não conseguir abrir o olho ou até ficar cega. É preciso fazer com um profissional sério”.

Chega de lágrimas
A cada capítulo que recebe para ler, Elizabeth fica mais feliz com suas cenas engraçadas em Sete Pecados. “O Walcyr (Carrasco, autor) aposta, com a graça de Deus, na minha veia cômica. Porque eu passei anos inundando os estúdios da Globo de lágrimas”, lembra a atriz. “Eu chegava em casa com dor de cabeça de tanto chorar. As mocinhas de Janete Clair sofriam muito…” Mas foi em Alma Gêmea, na pele de Agnes, que ela fez uma das cenas mais difíceis de sua carreira. “Quando a minha filha, Luna (Liliana Castro), morreu, tive que xingar Deus na frente do elenco inteiro. Foi horrível, eu tremia inteira”, conta Elizabeth, que na vida real é mãe de quatro filhos: “Imagino que essa deve ser a maior dor do mundo. Deus não vai fazer isso comigo porque sabe que não tenho estrutura para agüentar”.
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