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Deborah Secco: “Não me cobro estar com alguém. Toda hora inventam um namorado para mim”

Deborah Secco está solteira, feliz e mais cautelosa no amor

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 11h58 - Publicado em 12 nov 2013, 21h00
Aline Salcedo (/)
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A atriz está em curta temporada em São Paulo, para filmar o road movie A Estrada
Foto: Danilo Borges

É o segundo filme que ela roda em um ano: A Estrada, road movie de André Moraes, com locações em São Paulo. Voltou a ser loira para viver uma atriz que já foi famosa na infância e quer de volta seu lugar. Não fosse por isso, Deborah Secco, 33 anos, estaria viajando por aí com a família… ou dormindo! Férias, algo que ela não tirava fazia dez anos. De volta e tranquila, a atriz não abre mão, porém, de uns beijinhos de vez em quando – mas isso não quer dizer que esteja menos prudente no amor. Depois da separação do ex-jogador Roger Flores, 34, no começo de 2013, com quem ficou por quatro anos, e de um recente namoro de pouco mais de três meses com o cantor religioso Allyson Castro, 33, Deborah está sozinha. “Não me cobro estar com alguém, fico bem assim (…). Agora, arrumo um carinha para dar uns beijinhos, aí o menino, de cantor religioso, já vira popstar. Tadinho…”, afirma a atriz sobre o rapaz. Não adianta: quem manda na vida de Deborah é… Deborah.

Só e bem

“Toda hora inventam um namorado para mim. Qualquer pessoa que eu conheço e com quem saio já vira meu namorado. Eu cruzo e cumprimento, virou namorado. Assim fica até difícil eu realmente arrumar um namorado. Vocês estão me atrapalhando (risos)! Só posso falar uma coisa. As outras pessoas dão muito mais ênfase às minhas coisas do que elas realmente têm. Tudo tem seu tempo. Tenho certeza de que, quando tiver alguém que valha a pena, assumirei. Quando eu tiver um relacionamento verdadeiro, grande, sério, vou ser a primeira a querer falar. Não falo, às vezes, porque não sei no que vai dar. E, enquanto não quiser falar, é porque não tenho ninguém.”

Carinha

“Fico triste quando uma história pequena ganha um tamanho enorme. E, em vez de crescer e durar, a história acaba, porque não era tudo aquilo. Arrumo um carinha para dar uns beijinhos, aí o menino, de cantor religioso, já vira popstar. O cara estava me dando um beijinho, virou namorado, noivo e já estava para casar? Quem disse? Eu nunca disse. Tadinho… Eu falei que era namorado? Nunca falei. As pessoas falavam, ele falava, mas eu não. As pessoas querem aparecer. Aí vão entrevistar os homens e eles acham que estão famosos.”

Ser mãe

“Não sei quando, mas serei mãe. Mesmo que tenha de adotar. Eu sempre tive vontade, desde pequena. E eu sempre pensei em ser mãe depois dos 35. Nunca quis para antes. Quando perguntavam, eu falava que seria aos 37. Era muito certa disso. Quando era nova, sempre falava que até os 35 ia me dedicar a ser uma boa atriz e, depois, me dedicar a ser mãe.”

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Caseira

“Eu sou muito caseira, sempre fui. Adoro ficar dentro de casa. Tenho pouco tempo para isso, porque trabalho muito e é meu trabalho sair para conhecer pessoas, para poder viver tantas personalidades diferentes. Quando termino um trabalho e posso voltar para minha energia, na minha casa, é tão acolhedor… Não é que não goste de sair, é que às vezes não tenho forças mesmo. Dou muito da minha energia para as personagens e depois preciso recarregar. Eu preciso dessa isolada, me ouvir, me escutar. Tem horas que só quero ficar sozinha.”

Deborah Secco: "Não me cobro estar com alguém. Toda hora inventam um namorado para mim"

“Qualquer pessoa que eu conheço e com quem saio já vira meu namorado”
Foto: Danilo Borges

Bem louca

“A Judite (personagem dela no filme Boa Sorte, seu primeiro filme no ano, em que faz uma mulher soropositiva em fase terminal) me fez mudar o foco da minha vida, mudar as coisas que eu quero. Ela me fez acreditar que, de fato, a gente não vai levar nada daqui. Acho que o importante é o que você sente, o que você vive, o que deixa com as pessoas que você ama. Procuro ser mais calma, viver em paz, mais fiel ao que realmente quero. A vida te impõe coisas que às vezes não fazem bem. Eu fiquei uma pessoa muito mais questionadora sobre a vida, sobre os porquês, para quês… Sobre tudo. Por que a gente tem de sair de casa? Por que trabalhar tanto? Acho que estou ficando bem louca… (risos).”

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Baixa autoestima

“Eu não sou uma pessoa que tenha a autoestima tão bem trabalhada assim. Mas a gente luta para melhorar sempre, acertar. Acho que já tive fases mais bonitas, mas também estou numa fase que venho tentando aceitar o que é. Hoje é assim que estou. Acho que falta melhorar em tudo! Eu deveria treinar mais, comer menos, estar mais saudável. Mas é isso o que tenho no momento.”

Sem mágoas

“Sou uma pessoa que nunca guardou mágoas, sempre perdoou. Graças a Deus, sou muito evoluída nesse sentido de entender as pessoas como elas são. E não falo mal de ninguém, ninguém mesmo. Todo mundo tem seus defeitos. Eu, por exemplo, tenho vários. Ninguém é obrigado a gostar de você. E outra coisa: nenhum ser humano é igual ao outro. Mas a gente acaba querendo que as pessoas sejam iguais à gente. Uma das minhas melhores amigas é completamente diferente de mim. E eu a amo e ela me ama independentemente do que temos de diferente.”

Fora da dieta

“Passei dois meses viajando, pelos Estados Unidos, com a família toda. Fui a Nova York, São Francisco, Los Angeles e Las Vegas. Agora, estou tentando voltar à rotina. Porque viajando de férias não tem como se poupar de comer. Férias são férias! Não sou doente com essa coisa de emagrecer. Não tenho muito essa vaidade para mim. Minha vaidade é para a personagem. Eu emagreço, engordo, fico sarada ou magrela se necessário. Eu me determino para o que quero, mas, de férias, dane-se! Graças a Deus tenho total consciência de que o meu melhor não é o meu físico. Claro que trabalho com isso e vira uma necessidade para minhas personagens, mas eu realmente não vivo disso, não vivo para isso. Não é o meu foco, e nunca foi.”

Sou dorminhoca

“Estou malhando bastante, porque essa personagem nova, a Laura (A Estrada), tem muita força física. Ela tem de levantar a perna, chutar, correr. Isso, para mim, voltando de férias, ficou bem difícil nos ensaios (risos). Mas, se não fosse pela personagem, de verdade, de verdade, não sei se voltaria, não. Iria ficar esperando uma personagem depois do Natal, aí já juntaria com o fim do ano (risos). Se não precisasse, eu ficaria em casa dormindo! Sou muito dorminhoca.”

Deborah Secco: "Não me cobro estar com alguém. Toda hora inventam um namorado para mim"
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“Quando posso não me arrumar, me acho muito melhor”
Foto: Danilo Borges

Sem maquiagem

“No dia a dia sou muito natural. Evito secador, chapinha, babyliss, maquiagem. Quando posso não me arrumar, me acho muito melhor. Sem maquiagem, me acho bem mais bonita. Mas sem Photoshop… não sei (risos). Acho que os defeitos, hoje, são qualidades. As rugas que vão vir, espero que venham fortemente, para que eu possa comemorar meus 84 anos como minha avó comemorou recentemente, com a maturidade refletida no meu rosto. Não existe juventude eterna.”

Festa de aniversário

“No ano passado, fiz uma superfesta em casa e cantei a noite inteira. Adoro cantar. Mas estava mais tranquila de trabalho. Este ano, no dia, já sei que não vou conseguir comemorar, porque estarei no último dia de filmagem. No que vem que é a hora de comemorar, porque são 35 anos, uma data mais redonda, uma boa marca. Mas foi um ano ótimo para mim. Consegui fazer dois filmes, o que é uma marca incrível, além da série na TV que amava (Louco por Elas). Acho que cada ano é bom. Tem sido cada vez melhor para mim, graças a Deus.”

Longo processo

Um caso na Justiça tem perseguido Deborah Secco há mais de três anos – e agora a sentença saiu, condenando-a por desvio de verbas públicas, em ação de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa. A pena? Deborah teria de devolver 158.191 reais aos cofres públicos, somados ao valor que a mãe, Silvia, 61, os irmãos, Bárbara, 32, e Ricardo, 40, e a produtora da família também terão de retornar ao Estado, 446.455 reais. A sentença saiu em 24 de outubro. Ao caso, cabe recurso por seu advogado, Mauro Roberto Gomes de Mattos, que desbloqueou os bens da atriz e ainda liberou 967 mil reais, que também estavam retidos pela Justiça – Deborah só podia movimentar a conta-salário da Globo.

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O desvio teria acontecido entre 2003 e 2006 e o principal personagem é o pai da atriz, Ricardo Tindó Ribeiro Secco, 62, que seria o chefe operacional de um desvio de dinheiro em subcontratos entre a Fundação Escola do Serviço Público e ONGs, no Rio de Janeiro. O pai e sua mulher, Angelina, teriam recebido 453 mil reais no esquema. O advogado de Deborah alega que “improbidade administrativa” pressupõe interação da atriz com o poder público, o que não teria acontecido. Os valores teriam sido uma “mesada” de pai para filha, pela alegação de Mauro. Segundo a assessora da atriz, ela não pode se pronunciar sobre o caso, que corre em segredo de Justiça. “Isso é um absurdo. Deborah está com a consciência tranquila, seguindo sua vida”, disse a assessora, Piny Montoro, 36.

ESTA ENTREVISTA FAZ PARTE DA EDIÇÃO 1991 DA REVISTA CONTIGO!, NAS BANCAS EM 13/11/2013.

Deborah Secco: "Não me cobro estar com alguém. Toda hora inventam um namorado para mim"

A atriz se define como dorminhoca, caseira e com valores muito simples
Foto: Danilo Borges

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