Fim da tensão entre William e Harry? Irmãos teriam se reaproximado em funeral do avô
Irmãos não se falavam desde a saída do duque de Sussex e Meghan Markle da Família Real
Ao que tudo indica, os filhos de Lady Di estão caminhando para uma amigável reconciliação. Após o funeral do príncipe Philip, no sábado (17), os irmãos William e Harry tiveram dois momentos de conversa que indicam essa reaproximação, inclusive pessoas próximas à Família Real estão comentando sobre o assunto.
“Acho que é um bom começo e foi adorável de ver, mas toda essa discussão é tão profunda que não acho que haja uma solução rápida”, disse um amigo da família à revista norte-americana People.
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Outras fontes reais também foram coniventes com o comentário, expondo que, pelo que se conhece da família real britânica, as conversas podem sim surtir algum pequeno efeito, no entanto, a tendência é que as coisas continuem tensas.
Outro aspecto que chamou a atenção foi o distanciamento entre Harry e William, tanto durante o cortejo, como dentro da capela, o que passava um ar de frieza e indiferença de um para com o outro. No entanto, um porta-voz do Palácio de Buckingham já havia expresso antes do funeral que os irmãos não caminhariam juntos e que se tratava de “uma mudança prática, em vez de enviar um sinal”.
“Este é um funeral e não vamos ser atraídos por percepções dramáticas. Os arranjos foram acordados e representam os desejos de Sua Majestade”, afirmou o porta-voz.
O historiador Robert Lacey, também em fala à revista People, opinou que a decisão da rainha em manter os dois afastados foi um erro, já que, em cerimônias desse gênero, irmãos sempre caminham juntos.
“Como vimos, eles poderiam ter caminhado lado a lado muito felizes, afinal. O que me agradou depois foi que tudo parecia totalmente natural, e eles se uniram como nos velhos tempos.”
Briga entre irmãos
Os príncipes William e Harry não se falavam desde a saída do duque de Sussex e Meghan Markle da Família Real, tensão que se agravou após a veiculação da entrevista do casal com Oprah Winfrey, sendo o funeral o primeiro reencontro após cerca de um ano.
As desavenças entre Príncipe Harry e Príncipe William podem ter começado muito antes de suas esposas terem se unido à família real. Pelo menos é o que indica o novo livro do historiador Robert Lacey, Battle of Brothers: The Inside Story of a Family in Tumult (Batalha dos irmãos: por dentro da história de uma família em tumulto, em tradução livre).
Durante boa parte do ano passado, a imprensa britânica apontava para uma suposta briga entre William e Harry, que teria iniciado quando Meghan Markle se tornou noiva do duque de Sussex. Na época, havia especulações de que William não teria aprovado o casamento do irmão. Os rumores aumentaram ainda mais depois que Harry e a esposa se mudaram do Palácio de Kensington, onde os duques de Cambridge moram e, posteriormente, deixaram seus papéis na realeza e passaram a viver na Califórnia, nos Estados Unidos.
No entanto, de acordo com a revista People, Lacey traz outra versão da história e defende que o cisma dos príncipes remonta ao casamento turbulento de seus pais, o Príncipe Charles e a Princesa Diana.
“Os dois irmãos foram prejudicados por sua educação. Ambos reagiram encontrando soluções diferentes”, diz o autor. “Há muita dor e trauma nesta história, voltando ao início”, completa.
Segundo o historiador, os irmãos “foram criados para serem próximos e protetores um do outro”. As tensões começaram, entretanto, quando William foi preparado para o seu papel como futuro monarca, enquanto Harry foi deixado sem um papel próprio definido.
A desavença, de fato, ficou ainda mais aguçada quando Harry conheceu Meghan e logo o casal noivou. William, como já era especulado anteriormente, teria alertado que o romance estava acontecendo muito rápido.
“Fundamental para toda a saga é o choque de amor versus dever”, explicou Lacey. O historiador ainda afirma que existe o risco de uma “potencial tragédia” se os irmãos não se reconciliarem, comparando a briga entre eles a momentos históricos como a abdicação de Edward VIII, em 1936, e a morte de Lady Di, em 1997.