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Ângelo Paes Leme fala sobre personagem de A Lei e o Crime

O ator interpreta um bandido na série da Record

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 09h52 - Publicado em 12 jan 2009, 21h00
Bárbara Tourinho (/)
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“Não estou apreensivo com a imagem 
que vou passar”, diz o ator sobre 
seu personagem
Foto: César França

Ângelo Paes Leme está à vontade na pele de um bandido em A Lei e o Crime e diz que a série não é uma apologia à violência Depois de interpretar o traficante Jéferson, em Vidas Opostas (2006), e o misterioso Rodrigo, em Caminhos do Coração (2007), Ângelo Paes Leme encara mais um personagem complexo: o traficante Nando, na série A Lei e o Crime. Mas, segundo o próprio ator, o atual trabalho tem um “algo a mais”. “Nando não tem nada a ver com Jéferson. Mas não estou apreensivo com a imagem que vou passar. Quem acompanhar a história do Nando só se preocupará em saber como ele se envolveu com o crime”, garante o carioca de 35 anos.

Preparação

 

“Os personagens do seriado são muito reais. Li Abusado, do jornalista Caco Barcelos, que fala da formação de uma quadrilha no Morro Dona Marta. Também vi Cidade de Deus, mas a preparação foi mais física e espiritual, por ser um trabalho pesado. Como Nando é um ex-paraquedista, tem um condicionamento físico grande. Intensifiquei meus treinos para não ficar ofegante nas cenas em que subo o morro. Já fazia natação, corria… Sempre me exercitei. A parte espiritual é um papo comigo mesmo. É saber que vou me conectar com uma energia pesada, mas que sairei dali e ficarei numa boa.”

Violência na TV

 

“Muita gente questiona se o público não está cansado de ver violência na TV. E digo que não. Se as pessoas estivessem cansadas de violência iriam parar de ver filme americano. A violência está intrínseca na sociedade. As pessoas estão cansadas é da impunidade. O povo tem medo e sente insegurança por não ver a lei funcionando. Se o seriado tem violência e ação, é porque isso existe e não pode ser escondido. É bom deixar claro que fazemos um trabalho sem pieguice e sem exagero. Não é uma fantasia para entreter. A história é uma leitura seca, dura e realista do cotidiano.”


Bem diferente

 

‘O que iguala esse seriado a Vidas Opostas é que as duas histórias se passam em todos os lugares da cidade do Rio de Janeiro, principalmente, dentro da comunidade localizada no morro. São personagens cariocas, de diversas classes sociais e com as mais diferentes ocupações. Sem falar que este projeto é anterior à novela. E, para ser sincero, ainda não tinha visto em TV aberta uma série com esse formato, com traços tão realistas, contando histórias que se passam com personagens tão reais. Acho que a gente tem nas mãos uma obra muito interessante.”

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