Por que as pessoas odeiam a Sophia, protagonista de #Girlboss?
E até Britt Robertson, a intérprete da personagem, precisou sair em defesa dela.
Desde que foi lançada, no fim de abril, a série da Netflix “#Girlboss” tem dado o que falar pela internet. O motivo? O caráter da protagonista do seriado, Sophia Marlowe.
Leia Mais: 16 séries que são verdadeiras joias escondidas da Netflix
Uma espécie de caricatura da fundadora real da Nasty Gal, Sophia Amoruso que transformou uma loja online em um verdadeiro império e hoje coleciona polêmicas e até um pedido de falência, a personagem dividiu na internet por ter uma índole, digamos, muitas vezes ~duvidosa~.
https://twitter.com/anatsasso/status/858151169130102784
Em entrevista recente ao site norte-americano “Bustle”, a intérprete do papel, Britt Robertson, admite concordar com os haters nesse aspecto: a personalidade da personagem realmente é difícil.
Na série, Sophia, muitas vezes, age de forma condenável: impulsiva e egocêntrica, normalmente não mede as consequências dos atos, é capaz de roubar, humilhar pessoas e não se sente acuada em pequenas trapaças.
Na opinião da atriz, porém, isso é uma parte essencial da história. “Eu acho que esse é justamente o propósito da série, para ser sincera”, ela diz. “O fato de ela ser odiável é uma parte importante da história. E ela encontra dificuldades na vida porque ninguém entende o passado dela ou quem ela é. Ela não é uma heroína tradicional. Mas, ok, acho que as críticas são justas. As pessoas têm o direito de se sentirem do jeito que quiserem em relação a um personagem”, avalia.
Mas Sophia é mesmo um monstro?
Longe disso , quem assistiu ao seriado, também consegue enxergar algumas qualidades na protagonista. Humilde, ela é capaz de reconhecer os erros (depois de um tempo, é verdade!), pedir perdão e, olha só, com o tempo e o sucesso do negócio, amadurece e pode até ser mais simpática aos olhos de quem assiste.
Ela é uma anti-heroína? Sim. Ela usa do privilégio de ser uma garota rica e branca para fazer o que quer? Sim. Mas é impossível não se perguntar se, caso Sophia fosse um homem, como ela seria recebida pelo público? Don Draper, de “Mad Men”, e Walter White, de “Breaking Bad”, por exemplo, fizeram coisas muito piores e sempre tiveram o amor dos espectadores.
Agora, vale pontuar como a “Sophia da vida real” possui mesmo uma persona pública polêmica: ela já sofreu diversas críticas ao longo dos anos – e, ao que parece, a empresa tratava suas funcionárias grávidas de forma injusta e chegou a sofrer um processo.
Ao “Bustle”, porém, Robertson faz questão de enfatizar o quanto a personagem e a pessoa real são diferentes. “Acho que nós usamos as melhores partes dela”, revela a atriz, “mas, depois, tudo foi exagerado, no intuito de transformar tudo em entretenimento. É uma comédia”.