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Emma Watson vai passar um ano longe do cinema para se dedicar ao feminismo

Ela também falou a respeito da ligação entre feminismo e autoestima: “Eu deixei para trás muito da minha autocrítica”.

Por Júlia Warken
Atualizado em 12 abr 2024, 08h49 - Publicado em 22 fev 2016, 12h01
Pascal Le Segretain/Getty Images (/)
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A atriz britânica Emma Watson embarcou com tudo na militância feminista e isso já não é mais novidade. Em setembro de 2014 ela tornou-se porta-voz da campanha HeForShe e seu nome passou a ser fortemente vinculado movimento. Desde então, ela atua como Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres.

O HeForShe levanta a bandeira do engajamento masculino junto ao feminismo e o discurso de Emma no lançamento da campanha deu o que falar. Por um lado ela é criticada por ser liberal demais e por dar protagonismo aos homens, quando, na verdade, a causa é primordialmente feminina. Por outro, ela se propõe a popularizar a causa feminista, expandir a problemática e fazer com que todos se empenhem no combate à desigualdade de gênero, o que é bem positivo.

Há um ano e meio Emma vem se dividindo entre carreira e militância, mas ela acaba de anunciar que fará uma pausa na vida profissional durante 2016. “Ficarei um ano sem atuar para me focar em duas coisas, na verdade. O meu desenvolvimento pessoal é uma delas. Minha meta é ler um livro por semana e também ler um livro ao mês como parte do meu clube de leitura. Estou lendo muito e estudando por conta própria. Eu até pensei em me dedicar ao estudo de gênero por um ano, então eu vi que estava aprendendo muito indo a campo e apenas conversando com pessoas e lendo. Eu quero continuar seguindo esse caminho. Eu estou lendo muito esse ano e também quero ouvir muito.”

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Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images
Eduardo Munoz Alvarez/Getty Images ()

A declaração rolou em uma conversa entre Emma e a escritora Bell Hooks, ativista apontada pela atriz britânica como uma de suas maiores inspirações no feminismo. O encontro foi realizado pela Paper Magazine, que vem publicando uma série de conversas entre mulheres que se admiram mutuamente.

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Emma ainda falou sobre amadurecimento, lembrando da época em que atou na saga Harry Potter, e de como o feminismo tem impacto na sua autoestima. “Eu estou em uma jornada e as coisas podem mudar, mas eu posso dizer o que é realmente libertador e empoderador na questão de estar envolvida com o feminismo: é o fato de que eu deixei para trás muito da minha autocrítica. Engajada no feminismo, agora eu tenho uma espécie de bolha na minha cabeça com os pensamentos negativos a respeito de mim mesma e é onde eu posso combate-los de uma forma muito racional e rápida. Eu acho que se eu pudesse dar às mulheres algo através do feminismo – ou algo sobre empoderamento – seria apenas a respeito de ser, de caminhar em frente, de passar por tudo isso. Eu vejo muitas mulheres batalhando com questões ligadas a autoestima. Elas sabem e elas ouvem e elas leem nas revistas a todo momento que amor próprio é importante, mas é muito difícil botar isso em prática”, finalizou.

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