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Como proteger a casa para evitar acidentes domésticos com crianças

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, acidentes domésticos são a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de um a 14 anos

Por Colaboração: Gabriela Maraccini
Atualizado em 17 fev 2020, 10h24 - Publicado em 10 jan 2020, 15h44
Bebê segurando grade de proteção
Porta de proteção na cozinha evita acidentes domésticos (SolStock/Getty Images)
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Nesta semana, um vídeo mostrando uma menina pequena andando pela borda de uma fachada do quarto andar de um prédio em Adeje, na Espanha, assustou os internautas. A criança caminha até uma varanda e depois volta a uma janela correndo.

De acordo com a emissora Antena 3, o caso aconteceu no último sábado (4), enquanto a mãe tomava banho. Veja abaixo as imagens gravadas por um turista:

Apesar de nenhum acidente ter acontecido e de a menina ter voltado ao apartamento ilesa, o ocorrido chamou atenção para os cuidados necessários para garantir a segurança da criança em apartamentos e residências no geral.

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Além disso, o número de casos de acidentes domésticos com crianças – queimaduras, quedas, intoxicações e afogamentos – é consideravelmente alto. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, essas ocorrências representam a principal causa de morte entre crianças e adolescentes de um a 14 anos e causam cerca de 13 óbitos por dia e 120 mil hospitalizações.

Pensando nisso, conversamos com a pediatra Patricia Rezende, do grupo Prontobaby, para esclarecer quais são as medidas de proteção que os pais devem tomar dentro de casa para evitar acidentes domésticos com seus filhos. 

Além da rede de proteção que deve ser colocada em todas as janelas e varandas do apartamento, é essencial evitar deixar móveis próximo às sacadas, para que as crianças não subam. “E também as telas de proteção devem passar por manutenção periódica. As varandas que têm vidros, é importante o responsável sempre checar se não estão frouxos e não deixar que a criança tente se apoiar na sacada”, enfatiza Rezende.

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Mas não são só as varandas e as janelas que necessitam de proteção. Todos os cômodos precisam estar apropriados para a vivência e segurança de uma criança. Veja como proteger seu filho corretamente, a fim de evitar acidentes domésticos.

No quarto da criança

O quarto da criança é, provavelmente, o cômodo em que ela mais passa o tempo, por isso precisa de cuidados especiais. “As tomadas devem sempre ser protegidas com protetor. As portas também, para evitar que ela bata e a criança prenda o dedo, assim como a quina dos móveis”, alerta a pediatra. “No entanto, o berço deve ser sem protetor, porque a criança pode sufocar com ele e o colchão deve ser na medida exata, para não ter folga.”

Além disso, evite guardar remédios no quarto das crianças, pois, na curiosidade, elas podem ingeri-los.

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Na cozinha

A cozinha representa um perigo real para crianças. Afinal, é onde há panelas quentes, fogo, água fervendo, além de objetos cortantes ou feitos de vidro. Por isso, a primeira recomendação de Rezende é colocar um portão de segurança na cozinha.

Também é essencial não guardar produtos de limpeza em frascos que não sejam os originais ou que estejam sem identificação, para que a criança não confunda com alguma bebida. Cozinhe sempre nas bocas de trás do fogão com o cabo da panela virado para dentro e evite objetos pequenos ao alcance das crianças.

“Meu filho se queimou! O que eu faço agora?”

“Em caso de queimaduras, não aplique nenhuma pasta ou pó na região. Coloque a região atingida na água gelada corrente o máximo de tempo possível e leve a criança imediatamente ao hospital”, aconselha a pediatra.

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Na hora do banho

Nunca deixe uma criança sozinha no banho, pois mesmo com uma pequena quantidade de água, ela pode se afogar. Além disso, cuidado para ela não escorregar, mesmo no piso antiderrapante.

Teste sempre a temperatura da água antes da criança entrar no banho. Se o chuveiro for a gás e o aparelho estiver dentro do banheiro, verifique se há uma saída de ar livre.

Brinquedos representam perigo?

Dependendo da faixa etária, sim. Por isso, é de suma importância respeitar a idade recomendada pelo fabricante. “Para crianças com menos de três anos, evite brinquedos que tenham partes pequenas ou possam sair facilmente”, recomenda Rezende. “Observe também se ele tem partes pontiagudas ou que possam se quebrar facilmente”, completa.

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Além disso, procure sempre o selo do Inmetro antes de comprar o brinquedo. Ele comprova que o produto foi aprovado em todos os testes aos quais foi submetido, certificando sua segurança.

E a tecnologia?

Com o avanço dos produtos tecnológicos, muitas crianças têm, desde cedo, contato com aparelhos eletrônicos. Para evitar choques e outros acidentes possíveis, Rezende recomenda os aparelhos fiquem fora da tomada durante o uso. Também diz que o ideal é deixar carregadores fora do alcance das crianças e alerta para o fato de que eles devem ter o certificado da Anatel.

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