Conheça a plataforma virtual que visa ajudar LGBTs expulsos de casa
O Mona Migs serve como um canal de conexão entre LGBTs rejeitados por suas famílias e pessoas dispostas a acolhe-lhos.
Um terço dos homossexuais no Brasil tem medo de se assumir por causa da rejeição. Esses são dados de uma pesquisa realizada pelo Ibope com 2.363 entrevistados. No dia a dia de quem vive essa realidade, rejeição é sinônimo de solidão, de menos oportunidades profissionais, de ofensas, de violência física e também de expulsão do círculo familiar. A LGBTfobia dentro de casa é um problema gigantesco no Brasil e, inclusive, foi pautada em uma recente campanha do Governo de Minas Gerais.
O drama dos jovens expulsos de casa pelos próprios pais chamou a atenção de um grupo de estudantes pernambucanos e inspirou a criação do Mona Migs, uma plataforma solidária que visa ajudar essas pessoas. “A ideia da startup surgiu quando um conhecido passou pela situação que nós abordamos: foi expulso de casa por ser gay. Houve toda uma mobilização dos amigos para encontrar um lugar para ele, que felizmente conseguiu”, explica Wallace Soares, que é um dos desenvolvedores da plataforma.
Por trás do projeto estão oito alunos da Universidade Federal de Pernambuco e a ideia nasceu na última edição do Startup Weekend, evento internacional que visa fomentar projetos ligados à tecnologia. A galera do Mona Migs tem entre 19 e 23 anos, e, mesmo com a pouca idade, eles já estão mostrando como faz para usar a tecnologia em prol de uma causa nobre. Esse é um projeto pioneiro que pode mudar a vida de muita gente!
E a premissa é muito simples: na plataforma há dois tipos de cadastro, um para LGBTs que precisam de ajuda e outro para pessoas dispostas a acolhe-los. Aí os cadastrados passam por uma triagem e a plataforma faz a ponte entre eles, com base na localidade dos envolvidos. “Iremos checar varias informações, como ficha criminal e RG, para ver se todas as pessoas são seguras para acolher, ou serem acolhidas”, frisa Wallace.
Por enquanto o Mona Migs está funcionando em modo beta, mas a startup lançou uma campanha de financiamento coletivo para, de fato, colocar a plataforma no ar. Eles precisam de 20 mil reais para viabilizar o projeto e é possivel contribuir através desse LINK. Causa mais do que nobre!