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Uso de camisinha entre adolescentes diminuiu na última década

O percentual caiu não só em relação ao preservativo, mas também a outros métodos contraceptivos

Por Naiara Taborda
18 jul 2022, 09h29
uso de preservativos por adolescentes
Queda no uso de preservativos acende alerta para doenças sexualmente transmissíveis.  (cottonbro/Pexels)
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Uma análise do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada na últina semana, apontou que os adolescentes estão se protegendo menos nas relações sexuais no Brasil. Segundo os dados, o uso de camisinha diminuiu na última década.

O percentual de jovens entre 13 e 17 anos que usaram preservativo na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas, a variação foi de 69,1% para 53,5% e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%.

O estudo contempla uma análise da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), que avalia os adolescentes no período de 2009 a 2019. Os estudantes da pesquisa estão no 9º ano do ensino fundamental, a antiga 8ª série, das redes pública e privada nas capitais brasileiras.

Esse é um resultado que expressa preocupação, pois a tendência segue uma direção que indica maior exposição aos riscos“, diz o estudo. O que é um alerta para doenças sexualmente transmissíveis e casos de gravidez precoce. “Com efeito, há necessidade de ampliar e/ou fortalecer ações de orientação aos adolescentes quanto às práticas sexuais seguras”.

Importante citar que a análise aponta que o 9º ano do ensino fundamental reúne 90% dos estudantes com idades de 13 a 15 anos, “período em que tem se dado a iniciação sexual para grande parte de meninos e meninas“.

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Este é o quarto ano de divulgação de informação da PeNSE. O percentual de uso de prevenção de outros métodos para evitar gravidez também diminuiu, passando de 79,6% em 2012, ano inicial da série desse indicador, para 69,6% em 2019.

A taxa de redução foi maior entre os alunos da rede pública (de 79,5% para 69,1%) do que entre os jovens de escolas privadas (de 80,3% para 72,3%).

A PeNSE é uma parceria com Ministério da Saúde e da Educação, para recolher dados diversos sobre os jovens, como alimentação, saúde mental, reprodutiva, e atividade física, álcool, entre outras. 

A análise tem caráter experimental, segundo IBGE, considerando que as estatísticas ainda estão em fase de teste e avaliações. As informações da pesquisa foram colhidas diretamente dos adolescentes por meio de um questionário eletrônico.

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