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Você sabia? Diretor Fábio Barreto rendeu indicação ao Oscar para o Brasil

Responsável pela direção de "O Quatrilho", Fábio foi um dos primeiros cineastas a aproximarem o país do maior prêmio do cinema.

Por Da Redação
Atualizado em 15 jan 2020, 07h03 - Publicado em 21 nov 2019, 15h39
 (O Quatrilho/Divulgação)
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O diretor Fábio Barreto, que faleceu nesta quinta-feira (21) após ter passado dez anos em coma, foi responsável pelo segundo filme brasileiro a ser indicado ao Oscar – “O Quatrilho”. Lançado em 1995, o longa quebrou um jejum de 33 anos – antes, o único filme nacional que foi indicado à estatueta foi “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, em 1963.

Fábio Barreto
(Reprodução/Reprodução)

A produção dirigida por Barreto concorreu ao prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira em 1996 e contava com Glória Pires, Patricia Pillar, Alexandre Paternost e Bruno Campos no elenco. Baseado no romance homônimo de José Clemente Pozetano, a trama se passa na década de 1910 e conta a história de dois casais de imigrantes italianos que decidem morar na mesma casa, no Rio Grande do Sul. Com o passar do tempo, um dos homens se apaixona pela esposa do outro e é correspondido. Os dois amantes, então, decidem fugir e recomeçar outra vida. E sabe o que é mais interessante? Esse enredo é baseado em uma história real!

Mesmo com uma trama emocionante e com um estilo cinematográfico clássico – que conquistou grande parte da crítica e do público – “O Quatrilho”, infelizmente, acabou perdendo a estatueta para o filme holândes “A Excêntrica Família de Antonia”. No entanto, a indicação consagrou a produção como um dos trabalhos mais importantes da Retomada – quando os filmes brasileiros voltaram a ser produzidos após o fechamento da Embrafilme pelo governo Collor, em 1990.

o-quatrilho

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Mas o fato de não ter vencido o Oscar não significa que o longa de Fábio não recebeu outros prêmios importantes. No ano de seu lançamento, “O Quatrilho” venceu em três categorias do Festival de Havana: Melhor Atriz, com Glória Pires, Melhor Direção de Arte, com Paulo Flaksman, e Melhor Música, com Caetano Veloso e Jaques Morelenbaum, que foram responsáveis pela trilha sonora.

Já Fábio chegou a ser indicado para a categoria Tokyo Grand Prix (Grande Prêmio de Tokyo) do Tokyo International Film Festival, em 1996, mas, novamente, não chegou levar o prêmio para casa.

Glória Pires, nesta quinta-feira (21), prestou uma homenagem ao diretor. Em seu Instagram, a atriz compartilhou uma foto ao lado de Fábio e escreveu: “Finalmente, o repouso merecido. Querido guerreiro, descanse em paz!”.

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Finalmente, o repouso merecido. Querido guerreiro, descanse em paz! 🙏🏼🌟

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Fábio Barreto também acabou virando um dos diretores mais comentados do cinema nacional com o filme “Lula, o filho do Brasil”, provavelmente seu projeto mais polêmico.

Baseado na biografia de Denise Paraná, a cinebiografia conta a história do ex-presidente, que fugiu com sua família da miséria do Nordeste e migrou para o litoral paulista em busca de melhores condições de vida. O longa mostra toda a sua trajetória até conquistar o mais alto cargo político do país.

Esse filme também chegou a entrar na disputa por uma vaga no Oscar, mas não conseguiu. A produção foi lançada em janeiro de 2010, quando Fábio já estava em coma devido a um gravíssimo acidente de carro. Sua luta pela vida cessou, mas seu legado ao cinema brasileiro será eterno.

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