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the goop lab: a série mais polêmica da Netflix desde 13 Reasons Why

A série, que estreia essa semana, fala sobre a goop, famosa empresa de Gwyneth Paltrow. Entenda por que ela é tão polêmica.

Por Júlia Warken, Guta Nascimento, thiagoabril
Atualizado em 21 set 2020, 10h35 - Publicado em 20 jan 2020, 15h35
 (Netflix/Divulgação)
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the goop lab – escrito assim mesmo, só com minúsculas – nem estreou ainda e já está gerando polêmica. Isso porque a mais nova série documental da Netflix gira em torno da goop, empresa multimilionária de Gwyneth Paltrow

Pouco se fala da goop aqui no Brasil, mas nos Estados Unidos a marca é famosíssima e muito criticada. Em tese, ela busca promover o bem estar e o estilo de vida saudável, mas a polêmica se dá pelo fato de que a goop propõe tratamentos alternativos questionáveis e vende produtos caros que prometem verdadeiros “milagres”.

Dentre os produtos mais controversos, temos o Body Vibes – “adesivos com poder de cura”. Segundo a goop, os adesivos ajudam a reequilibrar a energia do corpo, pois são “pré-programados numa frequência ideal, fazendo com que sejam capazes de mirar no desequilíbrio”. O texto que explica as supostas propriedades do produto também traz uma ressalva “escondida” (você precisa clicar num ícone onde se lê “para a sua apreciação”), dizendo o seguinte: “provavelmente não teremos estudos comprovatórios a respeito desse conceito, mas é divertido e há um mérito real nisso tudo”.

Parece duvidoso? Pois saiba que as história não para por aí. Anteriormente, a goop afirmava que os adesivos eram feitos com um material usado pela NASA para balancear a frequência energética dos astronautas no espaço. Só que a NASA desmentiu isso e a marca teve que mudar o discurso a respeito do produto. Hoje em dia, os adesivos não estão mais a venda, mas o pacote com 24 unidades custava 120 dólares – o que equivale a pouco mais de 500 reais na cotação atual.

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Body Vibes goop
Body Vibes: os adesivos da goop que supostamente promovem equilíbrio e cura (goop/Divulgação)

E esse é apenas um dos produtos altamente controversos da goop, que também causou polêmica por vender ovos de pedra (jade e quartzo rosa, mais especificamente) para serem introduzidos na vagina – prometendo equilíbrio hormonal, orgasmos mais intensos e outros benefícios. A marca foi processada em 145 mil dólares por conta do produto e teve que tira-lo de circulação. Os ovos custavam 55 (quartzo rosa) e 66 (jade) dólares.

Mas a goop não é apenas uma marca que vende produtos de “bem estar e cura”, também é um portal de conteúdo a respeito desse universo. Aliás, a empresa começou como um blog de life style assinado por Gwyneth – e acabou se tornando uma potência. Há muitos fãs da marca, mas também há inúmeros críticos – que vão desde uma lista extensa de médicos até comediantes que resolveram comprar produtos para fazer piada, passando pela NASA e pela Business Insider.

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Tudo isso faz com que a Netflix também esteja sendo muito criticada por lançar a série the goop lab. Gwyneth Paltrow é uma das produtoras executivas da atração e pelo trailer já dá para ver que a série é uma grande propaganda a respeito da empresa.

Com isso, ao promover os preceitos da goop, a Netflix está mais uma vez sendo acusada de ser irresponsável. Mexer com a temática da saúde já rendeu problemas para o serviço de streaming em 2017, com o lançamento da série 13 Reasons Why.

Visando promover o debate sobre depressão e suicídio entre adolescentes, a série acabou mostrando cenas tidas como preocupantes e, para muitos, a trama acaba por glamourizar o suicídio. Esse último tópico é questionável, mas o fato é que a Netflix acabou assumindo que errou e a cena mais controversa da série – a que mostra o suicídio da protagonista – foi deletada. Atualmente, quem dá o play no último episódio da terceira temporada já não vê mais a cena.

the goop lab, a princípio, não traz um conteúdo tão sensível quanto 13 Reasons Why. Mesmo assim, já está gerando polêmica e há grandes chances de a reação negativa aumente depois da estreia da série. A atração chega ao catálogo na próxima sexta-feira, 24 de janeiro.

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