‘O Irlandês’: Novo filme da Netflix tem cheiro fortíssimo de Oscar
Dirigido por Martin Scorcese e protagonizado por Robert De Niro, "O Irlandês" é um filme sobre a máfia nos Estados Unidos.
Quando “Roma” faturou três Oscars importantes, em fevereiro desse ano, todo mundo compreendeu que as porteiras da premiação mais importante do cinema estavam oficialmente abertas para a Netflix. E qual seria a próxima produção do serviço de streaming a brilhar no Oscar? “O Irlandês” é certamente a aposta mais certeira nesse momento.
O filme é dirigido por ninguém menos do que Martin Scorcese, e o cineasta estreia no streaming mostrando um trabalho muito afinado com seu legado. “O Irlandês” fala sobre a máfia nos Estados Unidos e é protagonizado por Robert De Niro, ator queridinho de Scorcese. Além disso, conta com Al Pacino e também com Joe Pesci, ator que andava meio sumido e que ganhou o Oscar em 1991 por “Os Bons Companheiros” – um dos maiores clássicos de Martin Scorcese.
Muitos consideram “Os Bons Companheiros” como o melhor trabalho já feito por Scorcese e não é exagero dizer que “O Irlandês” evoca o clássico de 1990. Esse novo filme é uma adaptação do livro “I Heard You Paint Houses: Frank ‘The Irishman’ Sheeran and Closing the Case on Jimmy Hoffa”, de Charles Brandt. Trata-se de uma biografia sobre o tal Frank ‘The Irishman’ Sheeran – papel de De Niro – homem que confessou ter cometido crimes para a família Bufalino, conhecido clã ítalo-americano da máfia.
Quem assina o roteiro de “O Irlandês” é Steven Zaillian, quatro vezes indicado ao Oscar e vencedor da estatueta de pelo aclamadíssimo “A Lista de Schindler”.
“O Irlandês” estreia na Netflix em 27 de novembro e vem sendo muito elogiado pela crítica. A Vulture diz que esse é o melhor filme de Scorcese em décadas. O The Guardian concorda, afirmando que trata-se do melhor trabalho dele em 30 anos – numa alusão direta a “Os Bons Companheiros”. A Rolling Stone aponta que essa é a obra prima da fase atual da carreira do diretor. Vale lembrar que, Scorcese lançou trabalhos aclamados nos últimos anos, como “O Lobo de Wall Street”, por exemplo.