“Matilda – O Musical” estreia pela primeira vez no Brasil
O musical chega ao Teatro Claro SP a partir do dia 18 de outubro, com nomes de peso como Fabi Bang, Myra Ruiz e Cleto Baccic
Após arrebatar o público do West End, em Londres, além de conquistar cinco prêmios Tony, Matilda – O Musical chega pela primeira vez aos palcos brasileiros! O espetáculo é uma grande produção da BIC Produções, em coprodução com o Atelier de Cultura – produtores de sucessos como Wicked e Evita, com direção de John Stefaniuk, mestre do teatro, e produção de Vinícius Munhoz e Cleto Baccic, que também está estrelando o musical.
O projeto chega ao Teatro Claro SP a partir do dia 18 de outubro e segue em cartaz até 23 de dezembro, com a encantadora história de Matilda, uma menina que, com inteligência, magia e um toque de revolta, tenta mudar o mundo.
Conheça Matilda – O Musical
Criado a partir do clássico do escritor britânico Roald Dahl. O musical acompanha Matilda, que sofre nas mãos de sua família perversa e uma diretora de escola torturante. Tudo melhora quando a criança se debruça dentro das histórias de seus livros favoritos e, claro, quando está ao lado da doce e gentil Srta. Honey, sua professora.
Produzido pela primeira vez pela Royal Shakespeare Company na Inglaterra, em 2010, o musical foi transferido para West End – a Broadway da Inglaterra – em 2011.
“Eu queria que o show parecesse feito para os dias de hoje, estamos passando por tempos obscuros lá fora e eu queria que a peça trouxesse amor, espírito e esperança”, contou John Stefaniuk, Diretor Geral do projeto, em coletiva de imprensa.
A peça também já esteve nos palcos da Broadway, em 2013. Agora, no Brasil, é estrelada por Fabi Bang (Srta. Honey), Cleto Baccic (Diretora Trunchbull) e Myra Ruiz (Sra. Wormwood), atrizes que vêm se destacando nos palcos do Atelier de Cultura, em produções como Wicked e Evita. E, claro, não poderíamos nos esquecer da heroína da história, a querida Matilda, que é interpretada por Belle Rodrigues, Luísa Moribe, Mafê Diniz e Maria Volpe.
“Matilda é uma história sobre amizade, coragem e amor pela leitura, que nos faz refletir sobre os valores humanos mais importantes e nos motiva a buscar o melhor a cada dia”, diz Camilo Buzzi, diretor Comercial e de Marketing da Brasilprev.
A coreografia da montagem é assinada por Peter Darling, o maior coreógrafo de teatro musical em atividade no mundo, responsável pela produção original. “Eu tenho montado esse show ao redor do mundo e eu me entusiasmo muito em estar aqui no Brasil, encontrar tanto talento quanto eu encontro nos outros lugares do mundo. Como vocês vão poder ver, é um show muito complexo, com muitas necessidades específicas e que exige também um elenco bastante específico”, contou Tom Hodgson – coreógrafo britânico associado – em coletiva de imprensa.
A potência dos cenários de Matilda – O Musical
Os cenários em Matilda – O Musical são indubitável um dos pontos altos dentre a montagem brasileira, contando com o que aparentam ser letras gigantes iluminadas que soletram o nome da nossa protagonista, mas que, ao longo da noite, vão mostrando diferentes cômodos ou locais para compor a história com maestria.
O mecanismo é como uma caixa de surpresas, cheia de novos truques para nos surpreender, mostrando o pequeno quarto de Matilda, a humilde cabana de Jenny Honey e a câmara de tortura de Trunchbull.
A estrutura do palco também conta com uma plataforma giratória – sendo trazida da Holanda pela primeira vez para uma produção brasileira – que permite com que o palco, os cenários e os atores sejam movidos como por “arte de magia”, tendo um grande impacto na forma como o espectador assiste ao musical. A plataforma permite uma visão 360 graus de cada cena, fornecendo até os mínimos detalhes!
Podemos viajar pela casa de Matilda, o banheiro familiar, a sala da assustadora diretora e a adorável e gentil biblioteca da Sra. Phelps, interpretada por Mari Rosinski. E a potência inegável dos cenários não acaba por aí, pois durante o espetáculo são apresentada estruturas impressionantes, como uma TV gigante usada para o número musical de Fabrizio Gorziza, que interpreta o maligno pai de Matilda, e balanços flutuantes para a música de Fabi Bang ao lado dos atores mirins.
Efeitos que roubam o fôlego
Os produtores de Matilda – O Musical também dão um gosto do que é assistir a um espetáculo digno dos palcos da Broadway, isto com ajuda de efeitos especiais inimagináveis. Não era para se esperar menos de uma produção que tem Wicked como antecessora, porém, é impossível não se surpreender ao ver as atrizes de Matilda flutuando no palco durante um de seus atos musicais.
Pequenos detalhes fazem parte da misticidade do musical, desde um giz flutuante até a queda de um copo pelo que parece ser obra da mente brilhante de Matilda.
Porém, o que realmente rouba a cena é o momento clássico em que umas das crianças é pega pelos cabelos trançados e arremessada para longe, vendo Baccic jogar o que aparenta ser uma das atrizes e ela ainda cair de forma segura no palco.
Ademais, os jogos de luz feitos pela produção criam a maior parte do clima por trás da história, como em momentos de reflexão, enquanto outras personagens permanecem completamente congeladas, ou para aparentar que estamos em uma prisão.
Por trás das performances
Matilda – O Musical conta com um elenco de nomes de peso no mundo do teatro musical, como já contamos. Mas a verdade é que os verdadeiros protagonistas são os três grupos de atores mirins que compõem os alunos e melhores amigos de Matilda, se mostrando verdadeiros profissionais com atos musicais surpreendentes acompanhados pelas coreografias icônicas de Peter Darling.
“Elas (as crianças) são um presente. Tem que ter paciência, porque tem que repetir várias vezes, tem vários grupos de crianças. Às vezes, alguma coisa já está boa, mas tem que repetir com mais 50 crianças. Exige paciência, mas todo o benefício é muito bom, a gente tem sempre uma energia leve e eu estou com a energia mais leve do que nunca, inclusive”, explica Ruiz à Claudia, com muito carinho.
Sobre as interpretações dadas pelas quatro Matildas, Fabrizio Gorziza descreve as pequenas como robôs disfarçados, tamanho seu talento. “Elas são muito talentosas: cantam, dançam e interpretam. São muito queridas e fazem o mesmo papel, então poderia se esperar que elas tivessem alguma competição entre si. Que nada, elas se amam, se ajudam, se apoiam”, comenta o ator.
Bang, que interpreta a Sra. Honey, mostra a abrangência de seus papéis após finalizar a produção brasileira de Wicked, se tornando a protagonista doce e gentil.
“Em Matilda eu interpreto a Sra. Honey, que é uma professora que foi criada em condições que não são as mais favoráveis, não são as condições de maior afeto e maior acolhimento. Em compensação, a Glinda sempre foi mimada, uma filha protegida e com acesso a tudo, é rica, então existem abismos de personalidade e de temperatura de personagem. Enquanto a Glinda é mais expressiva, a Srta. Honey é mais retraída, devagar e é tímida, mais sofrida, mas eu fico feliz e honrada de poder experimentar esse lugar do drama e poder experimentar uma personagem com um outro viés do que eu tô acostumada a fazer”, conta Fabi.
“É uma personagem da vida real, é uma professora, assim como tantas que a gente conhece, e eu não tinha como não me inspirar em várias da minha história e da minha Matilda, que cresceu também encontrando um colo na escola”, continua.
Já Ruiz segue uma rota oposta à de Wicked, se tornando a antagonista do musical e sendo o pior pesadelo de sua filha. “A Elphaba não poderia ser mais diferente Sra. Wormwood, acho que a Elphaba traz toda a profundidade, o peso e a reflexão do espetáculo. E, aqui, a Wormwood é o contraste para que a Matilda faça o mesmo, né? Matilda é a heroína da história, é diferente de como era com a Elphaba, e a minha personagem é outro tipo de energia, completamente oposta”, finaliza Myra.
Matilda – O Musical
Onde: Teatro Claro Mais SP – Shopping Vila Olímpia
Quando: De 18 de outubro a 23 de dezembro
Classificação: Livre
A partir de: R$19,80