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19 filmes que são grandes pérolas secretas da Netflix

Opções incríveis, mas que podem passar despercebidas no meio de tantos outros sucessos.

Por Lucas Castilho
Atualizado em 21 jan 2020, 00h28 - Publicado em 15 dez 2016, 13h26
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  • Pode acreditar: às vezes, você passa tanto tempo procurando aquele filme perfeito na Netflix e, como não consegue escolher nada, acaba colocando a culpa no catálogo do serviço de streaming. Uma injustiça.

    Leia Mais:  17 filmes que são verdadeiras joias escondidas do Netflix

    Existem, sim, além de séries sensacionais, vários longas que podem ser considerados pérolas escondidas por lá.

    Abaixo, uma seleção com 19 delas – para todos os gostos.

    1. Drive

    drive

    Figurinos incríveis, uma trilha sonora sensacional, atuações convincentes e, principalmente, uma boa história. Esse é “Drive”, filme dirigido pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn, vencedor pelo trabalho  do prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes. O enredo é simples: em Los Angeles, um motorista, interpretado por Ryan Gosling, trabalha durante o dia como mecânico e dublê de filmes, enquanto à noite presta serviços para a máfia. Quando se envolve com a vizinha Irene (Carey Mulligan), porém, as coisas começam a complicar na vida desse “lobo solitário”. Aclamado pela crítica, o longa ganhou status de cult e conta com as participações de luxo de Bryan Cranston, Christina HendricksOscar Isaac.

    2. Into The Wild (Na Natureza Selvagem)

    Na Natureza Selvagem – Filmes da Netflix

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    Baseado na história real do norte-americano Christopher McCandless, o “Alexander Supertramp”, “Into The Wild”, é um filme que dialoga diretamente com a geração dos millennials. Nele, o protagonista, um rapaz endinheirado interpretado por Emile Hirsch, após terminar a faculdade resolve doar todo o dinheiro dele – cerca de 24 mil dólares – e seguir em uma viagem de autoconhecimento. Chris questionava o materialismo da sociedade na qual se encontrava e queria provar para si mesmo e, principalmente, para os outros como era possível, sim, sobreviver apenas com o que a natureza oferece. Bem, nessa jornada, ele acabou encontrando, talvez, respostas pelas quais não esperava… Sean Penn é o diretor deste longa e a trilha sonora (uma pérola!) foi toda escrita e produzida por Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam.

    3. Divinas

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    Uma das sensações do Festival de Cannes 2016, o francês “Divinas” foi premiado com a “Câmera de Ouro”, além de ter conquistado, recentemente, uma indicação a Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro 2017. Só essas credenciais já seriam bons motivos para dar uma chance ao filme, mas tem mais! Dirigido pela estreante Houda Benyamina, o longa colhe elogios, também, pela atuação irrepreensível de Oulaya Amamra, a Dounia. Adquirido como produção Netflix Original, conta a história de duas garotas pobres que para sobreviver na periferia de Paris, uma das cidades mais ricas do mundo, resolvem entrar para o tráfico de drogas. À primeira vista, pode até lembrar o enredo de “Preciosa”. Nada disso. A película retrata mulheres fortes que, apesar de vítimas em uma sociedade desigual, possuem desejos, vontades e escolha – o final deixa isso bastante claro.

    4. A Origem da Vida

    19 filmes que são grandes pérolas secretas da Netflix

    Esse é para quem gosta de filmes tocantes! Dirigido por Dennis Lee, “A Origem da Vida” traz a história de um garoto de apenas 10 anos, mas com uma inteligência fora do comum. Peculiar, Henry (Jason Spevack) vive uma bolha de proteção (não confunda com o enredo de “Jimmy Bolha”!) criada pela mãe dele Patricia, interpretada pela sempre ótima Toni Collette. As coisas começam a ficar interessantes quando, ao questionar a identidade do pai, o menino descobre ter sido gerado por meio de um banco de doadores anônimos de sêmen. Teimoso, ele começa uma busca e na figura do excêntrico médico Slavkin O’Hara (Michael Sheen) encontra algumas respostas.

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    5. Up In the Air (Amor Sem Escalas)

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    “Amor Sem Escalas” – muito pelo pavoroso título em português – é aquele típico filme no qual, de início, você acredita ser ~mais uma história boba de Hollywood~. Puro engano. George Clooney é Ryan Bingham, um executivo contratado pelas mais diferentes empresas com um único objetivo: demitir pessoas e, bem, ele é fantástico nessa atribuição. Para isso, e com toda a frieza do mundo, ele viaja os Estados Unidos inteiro para cumprir esse tal combinado. Mas a situação muda de figura quando surgem duas mulheres: Alex (Vera Farmiga), espécie de versão dele, e, principalmente, Natalie (Anna Kendrick), uma garota-prodígio que coloca o próprio emprego dele em risco ao tentar implementar um sistema para dispensar pessoas via videoconferência, deixando tudo ainda mais impessoal. Indicado a cinco categorias no Oscar de 2010, inclusive a de Melhor Filme, a película é uma delícia dirigida por Jason Reitman, de Juno, que traz um bonito retrato sobre solidão.

    6. O Casamento do Meu Melhor Amigo

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    Sem exageros, “O Casamento do Meu Melhor Amigo” é uma joia! Título obrigatório para fãs de comédias românticas – e, bem, para fãs de cinema no geral -, o longa traz um enredo bem simples: Jules (Julia Roberts), uma nova-iorquina que nunca se importou muito como essa coisa chamada amor, descobre estar apaixonada pelo amigo, com quem ela teve um breve caso no passado, quando ele resolve se casar com outra mulher. Detalhe: apesar de ser apaixonado por ela desde sempre, ele a convida para ser madrinha. Decidida a destruir a união antes dela acontecer, a crítica gastronômica encontra um pequeno empecilho no caminho: a noiva do rapaz, interpretada por uma carismática e adorável Cameron Diaz, é uma mulher incrível. Sob o comando do australiano P. J. Hogan, o filme ainda conta com uma trilha sonora espetacular! A coletânea sensacional de sucessos pop compostos por Burt Bacharach e Hal David, principalmente nos anos 1960 e famosos na época nas vozes de Dionne Warwick e Dusty Springfield, foi indicada ao Oscar.

    7. A Escolha de Sofia

    19 filmes que são grandes pérolas secretas da Netflix

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    Sabe aquela expressão “A Escolha de Sofia”, usada normalmente quando as pessoas precisam fazer alguma difícil concessão? Pois é. Ela nasceu a partir do romance de William Styron, de 1979, e, posteriormente, foi popularizada pelo filme de Alan J. Pakula, lançado em 1982, tamanha a importância cultural do longa. E, bem, a história é um drama daqueles – que ganha ainda mais credibilidade ao trazer Meryl Streep (vencedora do Oscar pela performance!) interpretando a personagem do título. E essa atriz com recursos ilimitados é capaz de tudo: até mesmo convencer o espectador de que ela é realmente uma polonesa sobrevivente do nazismo. E isso é o máximo que podemos adiantar. Grande obra cinematográfica, ela fala sobre responsabilidades, culpas e, obviamente, o poder de escolha tão inerente a existência humana.

    8. Beasts of No Nation

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    Original da Netflix, “Beasts of No Nation”, a primeira incursão do serviço de streaming na produção de filmes, foi uma das sensações cinematográficas de 2015. Dirigido por Cary Jogi fukunaga, o longa acompanha a vida de Agu (Abraham Attah), um garoto africano que, sem família e em meio a uma guerra civil (o local da África não é especificado), acaba por ser acolhido em um tropa rebelde liderada pelo “Comandante” (Idris Elba indicado ao Globo de Ouro pelo papel). Espere por uma história sobre a perda da inocência de uma criança, uma fotografia deslumbrante, muita violência e, finalmente, um olhar não-americanizado com relação aos horrores dos conflitos armados.

    9. Hoje Eu Quero Voltar Sozinho

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    Escolhido como representante do Brasil no Oscar 2015, “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, com temática LGBT, é um filme basicamente sobre amor. Inspirado no curta “Eu Não Quero Voltar Sozinho”, também dirigido por Daniel Ribeiro, ele retoma de forma sensível a história do adolescente portador de deficiência visual Leo (Ghilherme Lobo) que, ao lado de Gabriel (Fabio Audi), encontra, pela primeira vez, o que chamamos de paixão. Sem um pingo de autocomiseração, a película foi um sucesso de crítica e público –  chegou a arrecadar R$ 1 milhão nas bilheterias após duas semanas de exibição -, e teve estreia mundial no importante Festival de Berlim, saindo de lá aplaudido e com o prêmio Teddy de melhor longa para um filme com temática LGBT. Uma joia que está a apenas um clique de distância na Netflix. 😉

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    10. Biutiful

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    Diferente dos filmes anteriores dele, “Babel” e “21 Gramas”, em “Biutiful”, o diretor Alejandro González Iñárritu apresenta uma história em formato linear – mas nem por isso menos interessante. Javier Bardem interpreta Uxbal, um médium que ganha a vida nas ruas de Barcelona explorando imigrantes africanos como camelôs, além de agenciar chineses na construção civil e na indústria têxtil. E ele até vivia bem, cuidava dos filhos aqui, precisava lidar com a ex-esposa bipolar ali, porém, ao descobrir sofrer de um câncer terminal, resolve ser hora de praticar boas ações. Com uma fotografia incômoda, talvez os grandes méritos do filme sejam a atuação de Bardem e, claro, a reflexão que irá deixar no espectador quando ele terminar.

    11. Intocáveis

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    Longa-metragem mais rentável da história da França, “Intocáveis” justifica o sucesso: é um filme adorável. Baseada na amizade real do empresário Phillipe Pozzo di Borgo com o argelino Abdel Yasmin Sellou, a história dos diretores Olivier Nakache e Eric Toledano faz uso da velha fórmula dos opostos complementares, mas de uma forma totalmente fresca. Philippe (François Cluzet) é um homem com muitos recursos financeiros e, tetraplégico, é basicamente uma pessoa amargurada com relação ao mundo. Tudo muda quando, na figura do imigrante senegalês Driss (Omar Sy), encontra surpreendentemente uma nova força para sorrir. Longe de ser um projeto engajado, já que não explora com profundidade as sérias diferenças sociais dos protagonistas, a obra encanta pelo grande poder de fazer qualquer um se relacionar com o enredo.

    12. Hugo

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    Uma grande e bonita homenagem de Martin Scorsese ao cinema! Vencedor de 5 estatuetas do Oscar, o longa acompanha a trajetória do pequeno Hugo Cabret (Asa Butterfield). Após a morte do pai dele, o garoto de 11 anos passa a viver dentro da estação de trem na Paris de 1931. E, entre um roubo de comida aqui, outro roubo de engrenagens ali, ele todos os dias se dedica a acertar os relógios do lugar, além de tentar remontar um misterioso autômato, herança deixada pelo pai a ele. O destino do rapaz irá mudar para sempre quando conhecer Georges Méliès (Ben Kingsley), o dono da loja de brinquedos da obra e, simplesmente, um dos precursores do cinema! Vale assistir para se emocionar e vale assistir para ter uma belíssima introdução aos primórdios da sétima arte.

    13. A Caça

    19 filmes que são grandes pérolas secretas da Netflix

    Adorado pelas crianças da escola onde trabalhava como professor, Lucas (Mads Mikkelsen) tinha uma rotina muito tranquila e estabelecida. Porém, tudo começa a mudar quando Klara (Annika Wedderkopp), uma solitária garota de 5 anos e filha do melhor amigo dele, inventa, após ter visto um filme pornô com o irmão, ter sido abusada sexualmente pelo educador. Pronto: a vida dele é completamente destruída e o que se segue, apesar de compreensível, é revoltante. Não perca esse filme dirigido pelo dinamarquês Thomas Vinterberg.

    14. O Escafandro e a Borboleta

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    “O Escafandro e a Borboleta” poderia ser “apenas” mais um filme de superação, porém, graças a direção poética do cineasta Julian Schnabel, tornou-se uma pérola do cinema. O enredo traz a história real do francês Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric), redator-chefe da revista Elle que, aos 42 anos, sofre um derrame cerebral. Após três semanas em coma, ele acorda e descobre estar com o corpo totalmente paralisado, exceto o olho esquerdo – e é por meio desse olho que o espectador acompanha a jornada de autoconhecimento do personagem. Brilhante.

    15. Direito de Amar

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    O que você espera de um filme dirigido por um dos estilistas contemporâneos mais importantes do mundo? Figurinos impecáveis, fotografia absurda e uma direção de arte que salta os olhos, muito como um comercial incrível de perfume. Porém, Tom Ford entrega mais: traz a sensível história de George (Colin Firth sempre genial!), um professor que, um ano após a morte repentina do marido dele, resolve cometer suicídio. Mas, bem, no meio do caminho talvez ele descubra que, no fim, escolher viver pode valer a pena. Tudo isso numa Los Angeles dos anos 1960 como pano de fundo. Com Julianne Moore e Nicholas Hoult no elenco.

    16. O Som ao Redor

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    Estreia do ex-crítico Kleber Mendonça Filho no cinema de ficção, “O Som ao Redor” é como se fosse uma preparação para “Aquarius”, mais recente obra do diretor. Em meio aos edifícios altos de Boa Viagem, no Recife, somos convidados a conhecer a vida e os problemas dos moradores de uma rua de classe média da região. Com a chegada de um serviço de segurança 24 horas, a rotina de todos é alterada e somos brindados com um dos grandes momentos da produção cinematográfica nacional.

    17. Empire Records (Sexo, Rock & Confusão) 

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    Com péssimo título em português, “Empire Records” é aquele filme perfeito para o saudosistas dos anos 1990. Tem Liv Tyler? Sim. Tem Renée Zellweger? Sim. Figurino grunge? Também. E, óbvio, uma trilha sonora sensacional – porque, afinal de contas, a história toda acontece em uma loja de discos. Cult, o longa acompanha um dia na vida de alguns jovens que, para não deixar o lugar onde trabalham ser comprado por uma grande rede, se unem para conseguir dinheiro. E acompanhar essa jornada deles é uma delícia! Assista sem muitas expectativas!

    18. The Babadook

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    O único terror desta lista! Aclamado pela crítica, “The Babadook”, filme escrito e dirigido por Jennifer Kent, é muito mais charmoso por seu simbolismo do que pela história. O enredo é simples: Amelia, interpretada por Essie Davis, é uma viúva que precisou criar sozinha o filho, Sam (Noah Wiseman), de 6 anos, depois da morte do marido em um acidente de carro. Após o aparecimento de um misterioso livro chamado “O Monstro de Babadook”, que conta a história de uma entidade demoníaca, acontecimentos estranhos começam a abalar a suposta paz da família. Muito mais do que um longa de terror, a narrativa propõe ao espectador questionar o sofrimento como, talvez, o verdadeiro monstro.

    19. Caindo na Real

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    “Caindo na Real” é o filme de uma geração. Lançado em 1994 e protagonizado pela Rainha daquela década, Winona Ryder, foi recebido como o retrato da juventude X, mas poderia ser o retrato dos jovens millennials também. Lelaina Pierce é uma garota comum de 23 anos recém-saída da faculdade e sem nenhuma perspectiva de vida. Assustada, cheia de dúvidas, tentando acertar, tentando corresponder aos anseios dos outros… No meio disso, um triângulo amoroso (são os anos 1990, afinal!), um grupo de amigos que poderia ser o seu, uma trilha sonora única e figurinos que funcionariam muito bem em 2016. Um clássico.

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