Whitney Houston foi uma diva. Com uma voz e alcance ímpares, apenas ela conseguiu emplacar nada menos dos que nove vezes consecutivas o lugar de número 1 na lista dos mais vendidos nos Estados Unidos. Nem Elvis, nem os Beatles ou Michael Jackson chegaram perto dessa marca. No entanto, foram os últimos e mais turbulentos anos da vida de Whitney que marcaram sua biografia e a memória para os fãs, que testemunharam a perda da voz e a luta contra a dependência química que levaram a cantora a morrer, aos 48 anos, em 2012.
Nos últimos anos, um dos maiores sucessos de Whitney, I Wanna Dance With Somedody tem sido cantado quase como um hino, reacendendo a admiração pela artista, que será a única mulher entrar para o Rock ‘n Roll Hall of Fame em 2020. A Sony Pictures anunciou que finalmente Whitney terá sua história eternizada também nos cinemas. O filme “I Wanna Dance With Somedody”, terá a prestigiada assinatura do roteirista Anthony McCarten, de Bohemian Rhapsody e será dirigido pela diretora Stella Meghie. A previsão do lançamento é 2022.
“I Wanna Dance With Somedody” tem o apoio e envolvimento da família da cantora, o que gera dúvidas de quanto o filme deve explorar alguns fatos que os parentes não gostam de abordar, como a homossexualidade de Whitney, seu longo relacionamento com a amiga Robin Crawford e a acusação de ter sido abusada sexualmente quando criança pela própria tia, a cantora Dee Dee Warwick. Segundo a diretora da TriStar, Nicole Brown, o filme vai celebrar a vida e a música de Whitney e não vai fugir da polêmica.
“Da minha convivência pessoal e profissional com Whitney, desde quando surgiu ainda adolescente até a sua morte trágica e prematura, eu sei que a história completa de Whitney Houston ainda não foi contada”, diz Clive Davis, que foi empresário da cantora e será coprodutor do filme. “Estou feliz que Anthony McCarten se comprometeu a não esconder nada e um roteiro rico com música pode finalmente revelar uma Whitney completa, cuja genialidade vocal impressionou o mundo mesmo quando ela lutava contra os demônios internos que foram a sua derrocada”, completou.
A direção fica sob o comando da canadense Stella Meghie, de Tudo e todas as coisas e A fotografia. Para o estúdio, o olhar feminino é essencial para contar a trajetória de Whitney. “Anthony McCarten ju ntou tudo em seu roteiro magistral, trazendo essa lenda amada à vida de uma maneira que nunca vimos – engraçada, emocionante, complexa e incrivelmente humana. Acrescente a isso Stella Meghie, uma fã obstinada, que é tão talentosa em contar histórias bonitas, modernas e femininas”, comemorou Nicole Brown, diretora da TrisStar Films, que será a produtora do longa.
O único filme feito sobre a cantora é 2015, feito direto para a TV e estrelado pela atriz americana, filha de brasileira, atual estrela da série Chicago Med, Yaya daCosta. A direção do telefilme foi de ninguém menos que a atriz Angela Basset (que chegou a ser indicada ao Oscar por sua atuação como Tina Turner). A previsão de lançamento é novembro de 2022. Ainda não foi anunciado quem interpretará o papel principal.