Cinco autoras que comprovam a força da literatura independente
Essas mulheres tiveram que batalhar para espalhar seu trabalho por aí!
Entrar no universo da literatura como autor costuma ser difícil – e como autora, então, nem se fala… De acordo com um levantamento feito entre 1990 e 2004 pela professora e pequisadora da UnB, Regina Dalcastagnè, 72,2% dos escritores brasileiros são homens. Um novo levantamento já está sendo organizado pelo mesmo grupo de pesquisa, mas o que se pode ver, a “olho nu”, é que atualmente ainda há muito o que avançar nessa área.
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A literatura independente pode ser (e é!) uma porta de entrada essencial para que vozes cada vez mais diferenciadas possam ser ouvidas – de mulheres brancas e negras, hetero e homossexuais, cis e transgêneras. Conheça algumas das brasileiras que tiveram a coragem necessária para mergulhar no mundo editorial sem o respaldo de grandes editoras:
1. Aline Valek
Reprodução Facebook
Aline tem 30 anos e três livros publicados – o último deles (“As Águas-Vivas Não Sabem de Si“) por uma grande editora, a Rocco. Ela começou, no entanto, no mundo da autopublicação, compartilhando seu trabalho em PDF pela Amazon. Atualmente, ela escreve também uma newsletter – que qualquer um pode assinar gratuitamente para receber, toda semana, um textinho com as ideias da moça na caixa de entrada.
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2. Jarid Arraes
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A cearense Jarid Arraes é hoje autora da mesma literatura de cordel que lia quando criança. A diferença é que, em meio à familiaridade das xilogravuras, ela aborda assuntos nada convencionais em suas histórias: questões bem contemporâneas envolvendo gênero, sexualidade e raça; lendas da África e histórias de grandes mulheres negras do Brasil. Ela também é autora de As Lendas de Dandara (ilustrado pela Aline Valek), e publicou tudo isso por conta própria – fora até mesmo de editoras independentes.
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3. Ana Paula Barbi
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Ana Paula, ou Polly, sempre registrou os causos da vida em blogs – ela chegou a ter oito deles. De tanto sucesso, conseguiu levar muitos dos textos divertidíssimos que estavam nessas páginas virtuais a páginas de verdade. Ou, pelo menos, páginas de livros digitais. Ela tem dois livros próprios à venda na Amazon, junto de outros dois de que participou.
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4. Amara Moira
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Travesti, bissexual, acadêmica, prostituta e autora, Amara tem 31 anos e muitos estereótipos para quebrar nessa vida. E não foge à luta: é uma das principais militantes do transativismo e da regulamentação da prostituição no país. Lançou seu primeiro livro em agosto de 2016 por uma editora independente, a Hoo Editora.
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5. Clara Averbuck
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Dona do site Lugar de Mulher ao lado de Ana Paula Barbi e Mari Messias, Clara escreveu a vida toda e publicou cinco livros pela Editora 7Letras e um, o último, através de um financiamento coletivo feito pela internet.
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