Casa Clã 2024: Liderança feminina é tema de talk com Adriana Teixeira
Adriana Teixeira, VP de RP da Heineken, e Andrea Abelleira, VP de publisher da Abril, discorrem sobre os caminhos até a liderança
Adriana Teixeira, VP de RP da Heineken, e Andrea Abelleira, VP de publisher da Editora Abril, foram destaque no talk sobre liderança feminina, que aconteceu durante a Casa Clã – maior evento feminino da Editora Abril, com curadoria de Claudia e Boa Forma – na sexta-feira (08), para comemorar o Dia Internacional da Mulher.
Na conversa, mediada pela nossa colunista de economia Paola Carvalho, as líderes debateram sobre os desafios da entrada feminina no campo de trabalho, e a aceitação de sua presença em posições de liderança. Além disso, as profissionais deram um inside sobre as estratégias de diversidade e inclusão adotadas pelas suas empresas, e refletiram sobre como podemos fazer os números crescer enquanto mantemos a individualidade e o sentido do feminino.
A presença feminina em cargos de liderança
Segundo dados do Observatório 2030, uma iniciativa do Pacto Global da ONU, houve uma estabilidade no percentual médio de mulheres no quadro de colaboradores e na Diretoria Executiva, porém a presença feminina em cargos de média liderança continua abaixo. Entre os setores com maior participação feminina, o relatório destaca o de Saúde e Educação, que conta com uma média de 69,07% de mulheres entre os colaboradores. Ele, no entanto, é o que possui a menor representatividade quando o assunto é liderança.
Vale lembrar, contudo, que a maior participação percentual de mulheres no setor está associada à natureza das tarefas, que foca sobretudo em cuidados e autocuidado, historicamente estipuladas como femininas. “Se você fizer a mesma pergunta para todas as mulheres que estão aqui, todas vão falar que nenhuma jornada foi fácil. Toda jornada da mulher no mercado de trabalho tem muitos desafios e dificuldades, comigo não foi diferente”, colocou Adriana Teixeira, da Heineken, quando questionada sobre sua trajetória até a liderança em um mercado predominantemente masculino.
“Não é um processo simples, e a verdade é que não tem uma fórmula. Eu digo que a gente ensina, você entra na empresa, conhece e vai sondando os possíveis caminhos, mas a verdade é que você tem que se impor porque, infelizmente, se a mulher não se impõe ela não é ouvida”, revelou Andrea Abelleira sobre os caminhos que percorreu até sua posição de liderança dentro da Editora Abril que, segundo a profissional, continua a se esforçar perante os desafios de inclusão e diversidade.
A separação da identidade de mulher no trabalho
Ainda no talk, Adriana comentou sobre a sensação de necessidade que ela tinha, ainda no início de sua carreira, de realizar uma separação entre sua feminilidade e o trabalho, dando espaço a uma persona. “Lidar com o masculino é uma grande dificuldade, e ele não tem uma fórmula. Eu tive momentos em que eu tive que ser mais masculina ao falar, mas um hora você para e fala: Não, eu vou ser realmente quem eu sou, eu vou trabalhar todas as minhas potências como mulher e, quando você acha esse lugar, você começa a se impor mais”, colocou.
A VP de RP da Heineken também apresentou a propaganda “Verdades difíceis de engolir”, na qual o grupo criou uma suposta nova cerveja e a apresentou a diversos profissionais. O segredo? O produto tinha sido criado com o propósito de ter o pior gosto possível, que se adentra no paladar, para simular a sensação das mulheres dentro do mercado de trabalho. As participantes ainda tiveram a oportunidade de ver a latinha roxa ao vivo, que mostrava dados marcantes sobre a escassa presença das mulheres. “Nós temos uma meta que, até 2026, 50% da liderança vai ser feminina”, revelou, e ainda destaca que, até o momento, os números já apontam aos 37%.
A aceitação do feminino
A profissional ainda destacou as dificuldades acentuadas sofridas por mães que ainda buscam em encontrar seu espaço de liderança do mercado, que ao mesmo tempo que precisam cuidar do lar – que também foi tema de talk na Casa Clã – e encontrar um equilíbrio na jornada de trabalho. E como podemos ampliar a presença feminina? As profissionais convidadas para o talk destacaram a possibilidade de programas de mentoria e acesso à carreira: “A gente tem que ter as metas e a intencionalidade de trazer as mulheres para o campo”, destacou Adriana.
“A mulher tem um lado mais sensível na hora de analisar as coisas, a gente pondera muito. A gente consegue pegar o lado crítico, mas ao mesmo tempo tem a sensibilidade de olhar para as coisas e construir o caminho”, revelou Andrea quando questionada sobre sua participação no reposicionamento da Claudia, na qual se propôs a não somente falar da mulher, mas do feminino. Para as profissionais, uma das principais tarefas para o crescimento destes números, é a quebra com o estereótipo do feminino, sendo o momento para quebrar com a introversão.
“A gente não está discutindo sobre as fatias do bolo e sobre quem tem mais fatias. Estamos falando sobre fazer um novo bolo, brincou Paola Carvalho durante a mediação da conversa com as líderes.
Sobre a Casa Clã 2024
Casa Clã é um evento da Editora Abril que reúne mulheres influentes, como Claudia Raia, Bela Gil, Nanda Costa e Helena Rizzo, em shows, palestras e atividades para falar sobre as vivências femininas. A programação e curadoria é realizada por CLAUDIA e Boa Forma.
Casa Clã 2024 é um evento com curadoria de @claudiaonline e @boaforma, que tem o oferecimento de @astrazenecabr @merzaesthetics_br @rededor_oficial_star @apsenfarmaceutica @aguasprata @labasqueoficial @donadodoce @ecoflamegarden @studiow.