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Estreia a Bienal Internacional de Arte de São Paulo, após 1 ano de adiamento

Completando 70 anos, a Bienal de São Paulo chega à sua 34ª edição propondo uma reflexão sobre o peso do contexto na interpretação de uma obra

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 set 2021, 10h30
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  • obra de arte de Giorgio Griffa
    Guerreiro da Luz (Coelho), do italiano Giorgio Griffa (Imagem/Divulgação)
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    arafraseando Heráclito, ninguém vê a mesma obra de arte duas vezes. Ao menos é essa a reflexão que a Bienal de São Paulo propõe esse ano. “Nosso desejo é que as pessoas visitem os eventos da mostra e, ao fazer uma leitura de uma das obras, entendam como a interpretação não depende apenas do trabalho, mas de tudo que está ao seu redor”, explica o curador geral Jacopo Crivelli Visconti.

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    obra de arte de Giorgio Griffa
    Nurkoszop, também de Giorgio Griffa (Imagem/Divulgação)

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    “Quando se vive um período histórico e pessoal tão forte como o que passamos, prestamos atenção a tudo de uma forma diferente, afinal, a relação entre as coisas define como as percebemos”, completa o italiano radicado no Brasil. Ou seja, você pode até já ter visto alguma obra que estará no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, mas jamais a enxergará da mesma forma.

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    Desde que Jacopo foi convidado a encabeçar a Bienal, em 2018, e começou a trabalhar no projeto, seguia esse direcionamento. O que ninguém previa era, no meio do caminho, uma pandemia. A equipe da Bienal precisou rever a programação, que incluía exposições individuais além do evento principal, e levar para o digital mais discussões oferecidas ao público.

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    Laptop from Black Ark, de Lee ‘Scratch’ Perry
    Laptop from Black Ark, de Lee ‘Scratch’ Perry (Imagem/Divulgação)

    “Mas os pontos centrais se mantiveram intactos porque, de repente, passaram a fazer ainda mais sentido. Talvez não superemos o total de público das edições anteriores, mas, se desse pra mensurar, tenho certeza que o impacto pessoal em cada visitante será enorme. Depois de tudo que vivemos, poder voltar a uma exposição da escala da Bienal e que reverbera com tanta força, será marcante, inesquecível”, acredita Jacopo.

    The Canberran Characters, de Tamara Henderson e Nell Pearson
    The Canberran Characters, de Tamara Henderson e Nell Pearson (Imagem/Divulgação)

    Com o nome Faz Escuro Mas Eu Canto, verso do poeta Thiago de Mello, a mostra, que acontece de 4 de setembro a 5 de dezembro, completa 70 anos e faz da 34ª edição um ponto de transformação. Entre os artistas, há representantes de 39 países – de todos os continentes exceto a Antártica –, a distribuição entre mulheres e homens é equilibrada, e cerca de 4% dos artistas se identificam como não-binários.

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    Pino Invertido [Headstand], de Mariana Caló e Francisco Queimadela
    Pino Invertido [Headstand], de Mariana Caló e Francisco Queimadela (Imagem/Divulgação)
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    É, até hoje, a Bienal com a maior representatividade de artistas indígenas, com 9 participantes de povos originários de diferentes partes do globo (aproximadamente 10% do total). Ainda há um podcast que relaciona o evento e o cenário cultural de cada época e, para o próximo ano, está previsto um longa-metragem documental sobre a história da Bienal, dirigido por Carlos Nader. Todas as ações podem ser acompanhadas em bienal.org.br.

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