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Rachel Jordan

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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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4 passos para não cair na competitividade desenfreada nas redes sociais

Rachel Jordan compartilha dicas para se proteger do excesso virtual que tomou conta das redes

Por Rachel Jordan
2 fev 2021, 09h00
celular
 (Westend61/Getty Images)
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Criadas com o objetivo de conectar pessoas e promover um espaço virtual de informação e troca entre internautas, as redes sociais se transformaram numa espécie de celeiro de frustrações, ansiedade e inveja. É o espaço onde, na maior parte das vezes, a vida é perfeita e quase todos são felizes. Tudo é legitimado por fotos de viagens maravilhosas, festas incríveis, corpos esculturais e imagens que demonstrem sucesso pessoal e profissional. Assistimos em nossas telas uma competitividade desenfreada amparada pela necessidade de ostentação e poder.

A verdade é que vale tudo para ser visto e chamar a atenção nas redes. Até mesmo um simples pedido de casamento, que deveria ser um momento íntimo e de felicidade exclusiva do casal, se transformou num grande espetáculo virtual. Não basta fazer o pedido. É preciso alugar um drone, ir para uma praia paradisíaca e registrar tudo com imagens de tirar o fôlego; ou escolher o melhor restaurante de uma cidade fantástica para mostrar o quanto se é poderoso. E que graça tem se toda essa mega produção não for compartilhada exaustivamente nas redes?

Sem dúvida alguma estamos vivendo a era da competitividade virtual. Um tempo em que cada post é estrategicamente planejado para ser o assunto das redes e abafar o “concorrente”. O problema, minha gente, é que todo esse cenário de perfeição, que pode até ser visto por alguns como um algo positivo e inocente, é apenas uma pequena parcela da vida real de todos nós. Sabemos que ninguém é feliz o tempo inteiro e que por de trás daquelas imagens sensacionais também pode existir histórias de sofrimento, fracassos e dificuldades.

Não sou contra as pessoas postarem seus momentos felizes e compartilhar a alegria de instantes únicos de suas vidas nas redes. Afinal, elas também foram pensadas com esse propósito. O problema, como tudo na vida, é o excesso, é a forma como estamos usando essas ferramentas poderosas. Não à toa em 2019 o Instagram decidiu ocultar o número de curtidas dos internautas. Pesquisas indicaram que o nível de frustração, ansiedade, depressão e até suicídio entre os usuários da rede haviam subido vertiginosamente.

Sem saber distinguir entre o real e o virtual, muita gente se sente fracassada, inferiorizada e desqualificada. Essa é a grande armadilha que qualquer uma de nós está sujeita a cair. Sabemos que a competitividade não nasceu com as redes. Ela existe desde que o mundo é mundo. A questão é que antes da internet essas disputas de poder ficavam restritas a pequenos grupos. Hoje a competição é virtual e acontece diante dos olhos de milhões de pessoas. Tudo é potencializado numa escala assustadora e pode chegar aos quatro cantos do planeta.

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Está na hora de sermos mais empáticos. É certo que muitos de nós lutamos por nossas conquistas e não há nada de errado em querer compartilhar a nossa alegria e o nosso sucesso nas redes. Mas não se esqueça de que o mundo não gira somente em torno de você. Cultive uma exposição saudável e construtiva para você e para o outro. Pense no quanto uma ostentação desmedida pode impactar negativamente a vida de muitas pessoas.

Abaixo algumas dicas para se proteger do excesso virtual que tomou conta das redes.

Proteção virtual

Use as redes sociais com comedimento. Caso esteja se sentindo impactada negativamente com o conteúdo postado em alguns perfis, faça uma faxina digital. Delete o que te faz sofrer. Siga perfis que apresentam conteúdos construtivos e empáticos. Limite seu tempo nas redes ou desative sua conta por um período se for necessário. É uma excelente forma de proteger sua saúde mental.

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Ambiente tóxico

Não alimente frustração e inveja passando horas de seu dia acompanhando perfis que só vão fazer mal e desencadear transtornos emocionais. Lembre-se que muitas fotos passam por edições e são estrategicamente pensadas antes de serem publicadas com o objetivo de causar impacto. Fuja desses ambientes que podem ser tóxicos para você.

Viva o mundo real

Não se permita ser vencido pela tristeza ou sensação de vazio depois de passar horas vendo fotos de viagens incríveis, de festas para as quais você não foi convidada ou de mulheres lindas e de sucesso. Saia para caminhar ao ar livre, convide um amigo para conversar, leia um livro. Lembre-se que essas imagens geralmente são apenas uma pequena parte da vida de qualquer pessoa.

Pura ilusão

Acredite, a internet é um mundo de ilusão. Não faça daquele espaço virtual a sua vida. Muito do que você vê nas redes não é real. A exposição excessiva de prosperidade e sucesso pode esconder um lado sombrio que você desconhece. A sua vida real pode não ser tão glamurosa, mas é verdadeira.

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