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Stéphanie Habrich

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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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Carta para os meus filhos após o divórcio

A colunista Stéphanie Habrich compartilha a carta escrita aos filhos após o término de um casamento de 17 anos

Por Stéphanie Habrich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 jan 2022, 10h00
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  • No final de 2020, eu e meu marido nos separamos após um casamento de 17 anos. Os meses que se seguiram ao divórcio não foram fáceis para a nossa família. Eu, meu ex-marido e meus três filhos tivemos que conviver com sensações e sentimentos que nunca tínhamos vivenciado antes.

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    Agora, olhando para trás, vejo que aprendemos muito com essa experiência e que já sou capaz de fazer uma reflexão mais clara sobre tudo o que aconteceu. Por isso, resolvi escrever uma carta para os meus filhos falando sobre o processo de separação.

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    Compartilho, aqui, o texto com vocês. Espero que ele sirva de ferramenta para que, juntas, possamos pensar sobre todas as emoções, desafios e aprendizados que cercam um casamento, a construção de uma família, o processo de separação e o que vem depois do divórcio.

    “Meus queridos filhos,

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    Espero que um dia vocês possam nos perdoar pelo divórcio. Com certeza não era nada do que visualizávamos e sonhávamos para a nossa família.  Acreditem, é extremamente difícil abrir mão de todos esses anos de investimento um no outro e em nossa jovem e pequena família, tão amada e sonhada. O sentimento de fracasso é quase que insuportável. Me dói mais ainda saber que estamos deixando cicatrizes eternas em vocês. Mas eu juro que fizemos o melhor que podíamos com as ferramentas, experiência de vida e sabedoria que tínhamos até então.

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    Sim, o divórcio foi muito difícil para mim e, infelizmente, vocês tiveram que me ver sofrer e chorar, sem que muitas vezes eu conseguisse disfarçar. Sei o quão difícil é vermos alguém que amamos chorar, sem poder fazer nada. Mas saibam que esse processo pelo qual passamos é um luto, que precisa do seu tempo para ser assimilado. Está tudo bem termos momentos de muita tristeza. Porém, nunca deixei de levantar a cabeça, seguir em frente e acreditar.

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    Dizem que é comum os filhos sentirem culpa pelo divórcio dos pais. Mas que fique muito claro no coração de cada um: vocês não têm nada a ver com a nossa separação. Não há nada que poderiam ter feito ou deixado de fazer para “salvar” o nosso casamento.  Eu e seu pai não daríamos certo. O divórcio não tem nenhuma parcela de responsabilidade de vocês.

    Posso imaginar que vocês desejam que nós fiquemos juntos de novo um dia. Talvez isso sempre fique guardado no fundo do coração de cada um. Mas fiquem felizes que não estamos juntos, pois não há nada pior do que viver sob o teto de dois pais miseráveis – e falo isso por experiência própria, como vocês bem sabem, já que era o que acontecia em minha família de origem. O modelo, as cicatrizes e consequências desse modo de vida também são imensuráveis.

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    É difícil abrir mão até dos contos de fadas, do “felizes para sempre”, com o qual a sociedade nos influencia. Mas a verdade é que a vida não é um conto de fadas e que ninguém pode salvar ninguém, apenas nós mesmos podemos fazê-lo por nós. Sou humana e imperfeita. Tento fazer o meu melhor a cada dia e a cada dia aprendo mais e mais. A vida é um aprendizado eterno e, diante das minhas imperfeições, entendi algumas coisas sobre a natureza da relação de um casal. Aprendizados esses que, hoje, considero importantes e que gostaria de dividi-los com vocês, embora obviamente não se trate de uma verdade única e absoluta.

    Seguem, abaixo, algumas das minhas reflexões.

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    Parecem muitos pontos, mas todos os tópicos são coisas que devemos aplicar a nós mesmos, à nossa relação com nosso próprio “eu”.

    Fora tudo isso, não deixem de viver intensamente, não tenham medo de viver, de arriscar o novo, o desconhecido com confiança um no outro. A vida é curta, então devemos viver todos os dias como se fossem os últimos.

    Um abraço apertado de sua mãe em construção.”

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