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Sofia Menegon

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Sofia Menegon é feminista, idealizadora da podcast Louva a Deusa e consultora em relacionamento e sexualidade
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Abri mão da monogamia e não me senti livre

Fui eu quem pedi, quem propôs e argumentou por mais de três anos, mas tornar real é muito diferente

Por Sofia Menegon
Atualizado em 2 mar 2023, 15h04 - Publicado em 18 ago 2022, 08h01
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  • O frio no estômago. Náusea. Abismo. Fui eu quem pedi, quem propôs e argumentou por mais de três anos, mas tornar real é muito diferente. O arrepio que descia a espinha me colocava em estado de sobrevivência. Sentia tesão e repulsa. Extasiada e paralisada. Era o primeiro dia de um estar diferente no mundo e desagarrar-me da pele que usei por tanto tempo me deixava exposta. Carne viva. Viva, em carne.

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    Essa foi a sensação do primeiro dia não-monogâmica. Ao contrário do que se possa esperar, não me senti livre. A verdade é que consegui visualizar com maior nitidez as amarras que me prendiam e o quão imobilizantes eram. Tive vontade de sair correndo e pedir pra voltar atrás. Mas segui.

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    Àquela altura, só a decisão já causava movimentos internos mais intensos do que eu poderia prever. Em mim existia o ímpeto de controlar meu parceiro com ferocidade. Um desejo profundo de mantê-lo à vista, criar regras rígidas e vigiar cada passo que desse. Mas como diz minha amiga Satta, “não pago terapia para isso”.

    Nossos acordos eram apenas dois. O primeiro, evitar relações com pessoas do nosso círculo de amizades. O segundo, fazer exames periódicos. Só. Valia apaixonar-se, valia namorar, viver histórias e ser. Tudo que, na minha cabeça, tornava o amor aquele lugar com sentido. Mas, honestamente, doeu.

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    Aprendi, nessa experiência de abrir uma relação, que não se pode reescrever uma história que já foi vivida. Não se começa do zero. É preciso continuar de onde parou. É preciso, também, de muito acolhimento, conversa, autoconhecimento. 

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    Eu estava intelectualmente prontíssima para a não-monogamia. Mas emocionalmente? Com certeza não. Mas fui assim mesmo e foi assustador. E bom. E intenso. Porque as coisas nunca são uma coisa só e é por isso que viver é bom. 

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