Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super Black Friday: Assine a partir de 3,99
Imagem Blog

Denise Steiner

Por DERMATOLOGIA Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A médica Denise Steiner é dermatologista, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora pela Unicamp

Tratamentos para quem tem melasma e vitiligo

Algumas pessoas podem desenvolver as duas manchas ao mesmo tempo e, por isso, o tratamento precisa ser muito específico

Por Denise Steiner
Atualizado em 12 mar 2020, 10h00 - Publicado em 12 mar 2020, 10h00
 (tolstnev/ThinkStock)
Continua após publicidade

Melasma é uma alteração de pele que causa manchas acastanhada principalmente no rosto de mulheres jovens. Já o vitiligo é caracterizado por manchas acrômicas como leite que podem aparecer no corpo todo. No caso do melasma, a célula chamada melanócito está produzindo muita melanina, e a situação pode se agravar devido à exposição ao sol, hormônios e estresse, enquanto no vitiligo esses mesmos melanócitos desaparecem e, por isso, não produzem o pigmento cutâneo.

Em relação ao vitiligo, devido à ausência de melanina, o sol também é muito perigoso e pode queimar intensamente as áreas que estão afetadas. É interessante saber que no caso do vitiligo o estresse também é um fator de piora. Em geral, as manchas aparecem após acontecimentos importantes, como a morte de um ente querido.

O estresse piora tanto o melasma como o vitiligo porque a célula afetada é o melanócito que tem origem no sistema nervoso central. No período da embriogênese, essa célula migra do sistema nervoso central para a pele. Por ser uma célula nervosa ela tem inúmeros receptores e responde a muitos estímulos internos e externos como: sol, hormônios, estresse entre outros. Há pessoas que paradoxalmente são comprometidas tanto pelo melasma como pelo vitiligo.

O tratamento das pessoas que tem concomitantemente vitiligo e melasma é bastante difícil. As duas doenças podem ser tratadas com o Polypodium Leucatomas. Essa substância é fitoterápica com grande potencial antioxidante que melhora a inflamação tanto do vitiligo como do melasma. A dose dessa medicação pode ser de 2-4 cpd/dia por 4 – 6 meses.

No caso das manchas brancas, elas podem ser tratadas com luz UVB do aparelho X-TRAC, que é semelhante a um laser. Essa luz é específica para estimular a produção de melanina. Ela deve ser usada somente na mancha branca para não piorar o melasma. Já o melasma, nesse caso, pode ser tratado com o laser específico NdYag, que tem energia baixa e um pulso muito rápido. A união de pouca energia num tempo curto, permite que o calor emitido seja suave e cause pouca agressão. Dessa forma, tanto o vitiligo como o melasma podem ser tratados ao mesmo tempo, no mesmo dia, cada qual com um aparelho específico.

Continua após a publicidade

Em ambos os casos, o filtro solar deve ser usado cerca de 3 a 4 vezes ao dia para proteger a pele do sol e dessa forma evitar a piora do melasma e a queimadura na área do vitiligo. Tratamentos convencionais como o uso da hidroquinona que agridem o melanócito precisam ser evitadas no caso da junção das duas doenças.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

inf-tela-bloqueio.rodapeTelaBloqueio