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Denise Steiner

Por DERMATOLOGIA Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A médica Denise Steiner é dermatologista, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora pela Unicamp
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Eu odeio meu pescoço, e agora?

Essa frase é comum após a perda de firmeza que acontece por volta dos 50 anos

Por Denise Steiner
Atualizado em 1 fev 2023, 10h03 - Publicado em 19 Maio 2022, 10h29
pescoço
Desconforto com a aparência do pescoço é comum, mas existem soluções.  (Gravity Images/Getty Images)
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“Eu odeio meu pescoço.” Essa frase é comum em todas as mulheres após os 50 anos. O pescoço torna-se flácido, com linhas horizontais marcadas, pele frouxa, áspera e com manchas acastanhadas e avermelhadas. Algumas pessoas têm também papada com excesso de gordura, que determina falta de contorno facial.

Em geral, as pessoas prestam mais atenção na pele e formato do rosto e esquecem do pescoço, que envelhece de forma mais rápida e progressiva. O tratamento deve ser iniciado ainda na puberdade, prevenindo o envelhecimento precoce.

Todas as noites, antes de nos deitarmos, devemos usar um creme na área do pescoço alternando hidratantes com ácidos e peptídeos que estimulem o colágeno. Cremes com ácido hialurônico, vitaminas, ceramidas, glicerina, uréia, alternando com ácido retinóico, ácido glicólico, peptídeos entre outros.

Vários tratamentos podem ser feitos para melhorar a qualidade da pele do pescoço. Os peelings químicos são interessantes nos indivíduos mais jovens para promover renovação celular. Peelings superficiais de ácido retinóico e ácido glicólico podem ser feitos uma vez por semana, por quatro semanas. Tais peelings propiciam troca celular, melhoram a oxigenação e estimulam a formação de colágeno.

Peelings químicos médios e profundos podem ser usados para peles mais flácidas e com textura irregular. Peeling de ácido tricloroacético pode ser feito com concentrações de 20% a 35%, a cada três meses. Peeling de fenol com fórmulas de Hetter, que estimulam a formação de colágeno, promovem melhora da flacidez e textura cutânea.

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Tecnologias como ultrassom microfocado, laser de CO2, laser fotona e radiofrequência, ajudam no tratamento da região do pescoço. O ultrassom microfocado tem uma indicação específica pois pode atingir a fáscia muscular causando efeito “lifting” imediato e também pode estimular o colágeno da pele e atingir resultados duradouros.O ultrassom pode ser feito uma vez ao ano, não tem contraindicações, dói no momento da aplicação e tem pós-operatório sem intercorrências.

O laser fotona combina três ponteiras que melhoram a textura, oxigenação e a flacidez respectivamente. Ele é feito de uma a três sessões, com intervalos mensais e tem resultados duradouros. Os bioestimuladores com ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio são interessantes para o tratamento do pescoço. Essas substâncias são diluídas e aplicadas com agulhas ou cânulas no plano subdérmico, sendo espalhadas no local específico. Embora com mecanismos de estímulo diferente, provocam maior formação de colágeno. São indicadas de uma a três sessões com intervalo mensal. O procedimento causa um pouco de dor, mas a recuperação é tranquila.

Os fios de PDO (polidioxanona) podem ser indicados no caso de flacidez de moderada a excessiva. Em geral, são necessários de dois a seis fios. O procedimento exige ambiente cirúrgico e anestesia local. A duração do efeito é de cerca de dois anos.

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Como vemos, existem várias indicações para o tratamento do pescoço. O tratamento diário e a prevenção são interessantes para evitar o envelhecimento precoce. O mais importante consiste numa avaliação completa e individual para escolher o melhor tratamento, com custo-benefício ideal.

Cuide-se. 

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