Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Roberta D'Albuquerque

Por Maternidade Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Roberta D'Albuquerque é psicanalista e autora do livro Quem manda aqui sou eu - Verdades inconfessáveis sobre a maternidade
Continua após publicidade

Quando vou parar de sentir medo?

Quando?

Por Da Redação
29 Maio 2018, 12h24
 (Getty Images/Getty Images)
Continua após publicidade

Na semana que passou, ouvi de uma de minhas pacientes a pergunta angustiada: “Quando vou parar de sentir medo de não saber?”. Ela se referia aos primeiros meses de uma maternidade planejada, comemorada e ainda assim… Assustadora.

Penso que essa pergunta que é tão linda e profunda pode (como todas as outras) ser dividida em muitas:

Quando vou parar?
Quando vou parar de sentir medo?
Quando vou sentir medo?
Quando vou saber?
Quando vou parar de saber?

Para todas uma só resposta: nunca e sempre, todos os dias e em dia nenhum. Parece, mas não é má notícia. Tanto no início da maternidade quanto em qualquer outra fase da vida, o movimento, o medo e os não saberes podem ser aliados poderosos.

Me parece que o desafio está em aprender a viver com e não em tentar livrar-se deles. A mesma paciente que menciono no início do texto (e que topou ter o seu exemplo citado aqui) está em um processo de análise via Skype. Dizia que tinha pavor de tecnologia, que não conseguia se virar no computador e quando a notícia de uma mudança de cidade bateu a sua porta, propôs (antes que eu propusesse) continuar suas sessões a distância.

Continua após a publicidade

Chama-se elasticidade. E alguma elasticidade pode ser resultado do próprio processo analítico. Assim como a capacidade de nomear de dar sentido ao que nos angustia. Medo de que? Parar com o que?

Estar diante do que nos parece um caminho sem volta, do que nos parece insuportável, é uma oportunidade de criar novas saídas. Ainda que com medo, com não saberes e com movimento, foi possível para minha paciente manter a análise da qual ela não queria abrir mão. A hipótese do Skype jamais teria se apresentado se não pelo impasse. Acompanhada do mesmo trio (medo, dúvidas e movimento) que representam se não o todo, muito do que é a maternidade, ela vai poder também criar uma nova pessoa. Uma mulher que é também mãe. Que já não é a mesma. Recém-nascida exatamente como o bebezinho que ela carrega no colo.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.