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7 livros escritos por mulheres para repensar sua relação com o dinheiro

Nancy Fraser, Silvia Federici, Eva Illouz, Hélène Périvier e outras mulheres para se ler

Por Paola Carvalho
12 mar 2025, 18h00
As mulheres que estão mudando a forma como vemos o dinheiro através da literatura
As mulheres que estão mudando a forma como vemos o dinheiro através da literatura  (Camila Rocha/Reprodução)
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Quando o assunto é dinheiro, imediatamente surgem tensões e contradições, não é? O fato é que o sistema econômico vigente molda nossos valores, relações, carreiras e oportunidades, reforçando desigualdades que recaem principalmente sobre as mulheres e limitam nossa autonomia e poder de escolha.

Mas, sorte nossa, existem livros que podem nos fazer refletir sobre uma nova forma de pensar e lidar com as finanças, na vida pessoal; e com a economia, na dinâmica social. As autoras e suas obras a seguir passam pela forma com a qual construímos o nosso pensamento sobre dinheiro e como a sociedade se organiza. 

1.Nancy Fraser e os livros Capitalismo em debate e O velho está morrendo e o novo não pode nascer

Nancy Fraser é uma filósofa, professora titular de Ciências Políticas e Sociais da New School University (Nova York) e uma das principais teóricas da política feminista do século XXI. Em “Capitalismo em debate” (editora Boitempo), escrito com a filósofa Rahel Jaeggi, ela faz à leitora o irrecusável convite de se juntar a uma conversa.

Construída de modo não ortodoxo, a obra se apresenta como um debate em torno do contexto atual do capitalismo, levando em conta problemas econômicos, sociais, políticos e ambientais.

Já no livro “O velho está morrendo e o novo não pode nascer” (editora Autonomia Literária), Nancy disseca a atual crise do neoliberalismo, a perda da fé de que o capitalismo pode beneficiar a maioria do povo dentro de uma democracia, e argumenta como poderíamos arrancar novos futuros de suas ruínas.

2.Silvia Federici e os livro Calibã e a bruxa, O patriarcado do salário e Quem deve a quem

Silvia Federici é uma intelectual militante de tradição feminista marxista. Nascida na Itália em 1942, mudou-se para os Estados Unidos em 1967, onde foi cofundadora do Coletivo Internacional Feminista e participou da campanha por um salário para o trabalho doméstico, Wages for Housework Campaign, partindo depois para a Nigéria, onde foi professora na Universidade de Port Harcourt e entrou para organizações feministas.

Hoje ela é professora emérita da Universidade de Hofstra, em Nova York. 

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No livro Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva (editora Elefante), Silvia empreende uma análise da caça às bruxas no contexto das crises demográfica e econômica europeias dos séculos XVI e XVII e das políticas de terra e trabalho da época mercantilista.

Para ela, convém demonstrar que a perseguição às bruxas — assim como o tráfico de escravos e os cercamentos — constituiu um aspecto central da acumulação e da formação do proletariado moderno, tanto na Europa como no chamado Novo Mundo.

O patriarcado do salário (editora Boitempo) consiste em uma série de artigos que explora a relação entre marxismo e feminismo, destacando o papel crucial do trabalho não remunerado das mulheres na sustentação do sistema capitalista.

Além desses, Quem deve a quem? (editora Elefante), foi coorganizado por ela e é formado por 16 artigos que denunciam o endividamento como uma forma de violência econômica. 

3.Eva Illouz e o livro Happycracia

Eva Illouz é socióloga, mestre em literatura e doutora em comunicação e estudos culturais, com ampla atuação como professora e pesquisadora em universidades e institutos de Jerusalém e Paris.

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Ela é bastante conhecida por escrever sobre o impacto da sociedade moderna sobre as emoções e relacionamentos. Escrito junto ao psicólogo Edgar Cabanas, o livro “Happycracia – Fabricando cidadãos felizes” (editora Ubu) traça a gênese e o desenvolvimento do campo da “psicologia positiva”, responsável pela ideia de que a felicidade é o maior objetivo da vida e que basta força de vontade para alcançá-lo.

Nessa obra, os autores revelam a ideologia por trás do sucesso financeiro e midiático dessa tendência pseudocientífica.

4.Katrine Marçal e o livro O lado invisível da economia

“Se as mulheres enxergassem que a economia tem a ver com pessoas e comportamentos, poderiam se sentir mais curiosas e interessadas em desvendar o sistema em que vivemos.”

A reflexão é da jornalista sueca Katrine Marçal, que tive a satisfação de entrevistar para a CLAUDIA. Em seu livro “Quem Preparou o Jantar de Adam Smith?”, trazido para o Brasil como “O Lado Invisível da Economia” (editora Alaúde), ela mostra como o valor do trabalho não remunerado que as mulheres realizam diariamente cuidando de crianças, idosos e doentes tem sido ignorado por economistas, mesmo representando uma contribuição de pelo menos US$ 10,8 trilhões por ano à economia global, segundo a consultoria Oxfam.

5.Bela Gil e o livro Quem vai fazer essa comida?

Mesmo sendo bastante conhecida, apresento aqui a Bela Gil: chef de cozinha, apresentadora de TV e ativista pela agroecologia e pela alimentação saudável.

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Ela esteve na Casa Clã 2024 e falamos sobre o seu livro Quem vai fazer essa comida? (editora Elefante), no qual ela critica a histórica desvalorização do ato de cozinhar, com raízes escravocratas, e reivindica o pagamento de salários para o trabalho doméstico.

Depois de décadas de pesquisas científicas, sabemos que os alimentos ultraprocessados são causadores de doenças crônicas e prejudiciais ao meio ambiente, já que sua produção tem como base as monoculturas.

Sabemos também que a comida de panela feita com ingredientes frescos ou minimamente processados é a melhor opção para nutrir o corpo. Mas, quem vai fazer essa comida? Geralmente é a dona de casa ou a mulher da periferia, né? Vale a reflexão.

6.Vera Iaconelli e o livro Manifesto antimaternalista

Vera Iaconelli é psicanalista, fundadora e diretora do Instituto Gerar de Psicanálise, doutora em Psicologia pela USP e colunista da Folha de S. Paulo. Na obra Manifesto antimaternalista: psicanálise e políticas da reprodução (editora Zahar), ela denuncia a armadilha ideológica que responsabiliza as mulheres pelo cuidado com as próximas gerações.

Iaconelli levanta questões como “o que está por trás do ideal de completude e infalibilidade que se atribui às mães, tornando-as supostamente insubstituíveis?” e “como romper com as políticas ultrapassadas e misóginas que consideram as mulheres as verdadeiras responsáveis pelo cuidado com as crianças?”. Faz pensar!

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7.Hélène Périvier e o livro A economia feminista 

A ciência econômica tem sido pensada por homens para servir a uma sociedade dirigida por homens. Ela é, também, a ciência social com menor presença de mulheres.

Não existiria, portanto, neutralidade nos conceitos da economia, que tem em seus princípios o motor de uma organização social baseada no modelo patriarcal. A economia feminista (editora Bazar do Tempo), de Hélène Périvier, traz à luz o debate sobre economia por uma perspectiva feminina e necessariamente feminista.

De nome similar, o livro Economia feminista, organizado por Camen Diaz Corral e Cristina Carrasco Bengoa, ttambém defende uma nova abordagem para o campo da economia, rompendo com as violências e opressões de gênero para a construção de uma sociedade mais igualitária.

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