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A parte que me cabe

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Idealizadora do @namastreta, a jornalista Caroline Apple trilha o caminho da autorresponsabilidade nos relacionamentos

Luísa e Chico: As emocionadas que me perdoem, mas eu decidi me cuidar

Quantas mulheres incríveis se permitem transbordar sobre homens medianos e saem profundamente feridas das relações?

Por Caroline Apple
20 set 2023, 13h50
Luísa Sonza (Instagram/Reprodução)
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Sou uma entusiasta das emoções, porque reconheço o poder avassalador que elas têm e exercem sobre nossa vida. E é justamente por reconhecer a potência delas que percebi a necessidade urgente, principalmente de nós mulheres, zelarmos por elas pelo bem-estar da nossa saúde emocional.

Quando tive contato com a história da Luísa Sonza e do Chico na hora pensei: “Emocionou”. Em nenhum momento questionei o que ela sentia, mas a forma como ela decidiu expressar toda essa paixão, bastante talhada no amor romântico, como a própria letra da música diz, já dava indícios de algo fugaz, mas pouco sustentável.

“Quantas mulheres não alavancam a vida de homens, cuidam, encaminham e são passadas para trás por vontades e necessidades efêmeras como beijos num boteco?”

Caroline Apple

Luísa é um foguete da NASA em modo turbo, como muitas mulheres, mesmo anônimas. E quantas mulheres incríveis se permitem transbordar sobre homens medianos e saem profundamente feridas das relações? Não é sobre deixar de viver intensamente, é sobre começarmos a prestar atenção do como saímos vazias depois de entregar tudo de bandeja a quem sequer tivemos tempo de ver se realmente merecia.

Quantas mulheres não alavancam a vida de homens, cuidam, encaminham e são passadas para trás por vontades e necessidades efêmeras como beijos num boteco? Chico surpreendeu o total de zero pessoas com a atitude dele, mas a Luiza também. 

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“Esse papel que nós mulheres assumimos de emocionadas, de doadoras sem limites, numa busca inveterada por um romance tem sido a ruína emocional de muitas de nós”

Caroline Apple

Esse papel que nós mulheres assumimos de emocionadas, de doadoras sem limites, numa busca inveterada por um romance tem sido a ruína emocional de muitas de nós. Podemos até buscar sentido e lições depois que tudo passar, mas precisamos assumir também que poderíamos ter nos poupado.

Acredito que se há algo de realmente importante para ser aprendido, a vida se encarrega de trazer, não precisamos mais sofrer tanto diante de um relacionamento que virou, por fim, um workshop chato e doloroso. Bastava um pouco mais de autocuidado e presença para deixar mais justa a dinâmica do dar e receber. Enquanto damos o mundo, os homens dão o que podem e o que querem. 

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Portanto, eu não desisto de me emocionar, mas com carinho e respeito por tudo que sou capaz de promover. Não vai ser um Chico qualquer que vai receber tudo que tenho para dar. E lembrar que a gente se apaixona não pelo outro, mas sim pelo que reconhecemos de nós na pessoa.

Viver uma paixão é bom, mas também pode ser perturbador quando as idealizações começam a ruir. Um momento paradoxal entre viver tudo o que há pra viver e se lembrar que o mundo pode não acabar amanhã e o sofrimento enfiar o pé na porta, podendo minar, inclusive, as possibilidades de vivermos relacionamentos saudáveis no futuro por conta dos medos e traumas que situações assim podem promover.

Portanto, emocionada, sim! Mas consciente também.

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