Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Primeira jogadora trans da Argentina estreia em time de futebol

Mara Estefania Gómez, de 23 anos, fez sua primeira partida pelo Villa San Carlos na última segunda-feira (7)

Por Da Redação
11 dez 2020, 16h00
jogadora trans
 (@maragomez.oficial/Instagram)
Continua após publicidade

A última segunda-feira (7), foi um dia histórico para o futebol argentino. Mara Stefania Gómez, de 23 anos, fez sua estreia pelo Villa San Carlos, pequeno time profissional da cidade de Berisso, na grande Buenos Aires, e se consagrou a primeira mulher trans a atuar no futebol profissional da Argentina.

O Villa San Carlos contratou Mara em janeiro e, na época, iniciou uma grande discussão sobre a possibilidade da contratação de jogadores trans. Foi necessário pedir para que a Associação de Futebol Argentino (AFA) autorizasse a participação da jogadora e o processo foi muito demorado, com grupo de pessoas que defendiam a presença dela e outros que afirmavam que Mara não deveria atuar em um time feminino por ter nascido homem biologicamente.

Quando a situação estava quase resolvida, a pandemia paralisou o futebol de todo o mundo. Agora que as partidas estão voltando, a AFA fez um evento para anunciar a autorização.

No início de sua partida de estreia, Mara recebeu uma camisa do time rival, Lanús, com seu nome e o número 10 nas costas. A partida terminou com o Villa San Carlos perdendo de 7 a 1.

View this post on Instagram

A post shared by Villa San Carlos Femenino (@vscfem)

Continua após a publicidade

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Mara contou que começou a jogar futebol aos 15 anos, quando passava por um período difícil devido à discriminação.

“Nunca tive interesse em jogar, mas me convidaram um dia e resolvi participar. Eu me sentia em um momento crítico, sem saber quem eu era. Joguei mal porque claramente não sabia, mas vi que era uma brincadeira, havia risos. Me senti livre enquanto jogava, esqueci de todos os males do dia a dia. Era uma terapia porque me fazia bem emocionalmente. Aos poucos, vi que tinha habilidade”, contou.

Ela também afirma que não vê o futebol como uma carreira. A cada notícia publicada pela imprensa argentina sobre sua contratação, Mara leu centenas de comentários preconceituosos. Ela sabe que, se atuasse por times maiores, a polêmica também seria bem maior.

Continua após a publicidade

A atleta concilia os treinos com a faculdade de enfermagem e o trabalho como manicure. “Quero continuar desfrutando do esporte, correndo em campo, respirando. O que eu quero é aproveitar o que o futebol pode oferecer sem ninguém dizendo que não posso. Estou contente de ter conseguido jogar. Fui muito bem recebida pelas outras jogadoras e isso já me deixa contente”, afirma. “Não só se trata da inclusão, mas também de superação para romper os esquemas patriarcais. Claramente há muitos obstáculos. O fundamental para isso é se fazer forte para conseguir o que se quer”, finaliza.

O que é mieloma múltiplo e como tratá-lo

 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

a partir de 10,99/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.