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“Não costumo tirar férias longas. Será que sou workaholic?”

Nossa colunista de carreira, Cynthia de Almeida, aconselha a leitora que não tira um mês de folga por temer ficar longe do trabalho

Por Cynthia de Almeida
Atualizado em 29 nov 2016, 16h57 - Publicado em 29 nov 2016, 16h48
Ficar à toa por um mês inteiro é fácil? Não para todo mundo... (Thinkstock/)
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Trabalho na mesma empresa há seis anos e, nesse período, só tirei um mês completo de férias uma única vez. Gosto muito do que faço, sou reconhecida pelos meus chefes e pares e temo desapontá-los (e a mim mesma) se me ausentar por muito tempo. Será que estou sofrendo de workaholismo?

Talvez o nome nem seja esse. Mas o padrão de trabalho que você elegeu tem sim, algo similar a um círculo vicioso. Mesmo que tire folgas curtas para recarregar as baterias, a falta de um período mais longo fora do trabalho pode ter o efeito inverso ao que você valoriza: torná-la menos competente no que faz. Relaciono aqui três razões pelas quais coachs de carreira aconselham qualquer pessoa a gozar de seus 30 dias de descanso:

  • Férias deixam você mais competente. Está cientificamente provado que o cérebro precisa de intervalos e que um período longo de descanso aguça suas ferramentas de produtividade. Mentes renovadas pensam e agem melhor.
  • Férias oferecem uma nova perspectiva sobre você e seu ambiente de trabalho. Um tempo fora da sua rotina permite que você veja a si mesma, seus colegas, subordinados ou chefes de outra forma. O olhar de fora sobre você e os outros promove uma saudável reflexão sobre objetivos, propósitos erros e acertos. É uma oportunidade de entender a dinâmica de trabalho sem a sua presença e deixar de pensar apenas nas tarefas de cada dia para ter uma compreensão mais ampla de carreira.
  • Férias vão fazê-la lembrar o que de fato importante é para você. Quem trabalha muito e gosta do que faz costuma não se importar em deixar de lado outras coisas de que também gosta, mas que “não tem tempo de fazer”. É necessário que nos afastemos da rotina para retomar alguns prazeres e hábitos que foram negligenciados: amigos, festas, viagens, praia, livros, música. Seja lá o que você retome nas férias, vai lembrá-la que há muitos aspectos da vida tão bons e fundamentais quanto o seu trabalho. E reincorporá-los fará com que se sinta uma pessoa mais completa.

Cynthia de Almeida é colunista de CLAUDIA e escreve aqui no site toda terça-feira. Para falar com ela, mande um e-mail para redacaoclaudia@gmail.com 

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