O primeiro mês da transição capilar: nem tudo são flores
Quatro semanas após o início dessa looooonga trajetória, começo a entender a dificuldade do processo todo.
Vamos começar essa conversa sendo bem sincera: há dias que sinto vontade de desistir da transição. O tempo parece não passar! Meu cabelo que sempre pareceu crescer tão rápido agora me dá a impressão de que vai levar milênios para atingir a liberdade capilar. E os cuidados…. Ah, estes cuidados! Nunca fui preguiçosa e sempre tive o maior prazer em arrumar meu cabelo, mas ultimamente tenho repensado sobre esta antes-qualidade de vaidosa. Quis mudar a cor recentemente, pois não aguentava mais os retoques constantes para manter o cinza – que parece muito fácil e lindo nas fotos de Instagram, mas dá um trabalho maluco para ficar daquele jeito -. Então mudei para o rosa, apenas usando tonalizante, mas seguindo meu cronograma capilar e tudo mais. A questão é que esse atual comprimento parece não se adequar à nada: nenhum penteado, nenhum creme, nenhuma camiseta na cabeça e nenhum difusor.
O engraçado é que falei sobre essa dificuldade da transição – de seu cabelo não ser nada muito definido – com uma amiga que também está passando por isso. Ela veio me contar que estava quase desistindo e voltando para a progressiva, já desesperada por não ter se achado bonita nenhuma vez. Por mais complicada que seja essa fase ela ainda é de muita libertação, de aprendizado e superação dos (pre)conceitos que a gente tem enraizado. Não queria que ela desistisse! Então mandei esta belíssima imagem:
De pijama, com cara de quem precisa de muitas horas de sono e o cabelo sem forma definida para ela se sentir abraçada, linda e compreendida. Contei que nesse dia já tinha feito 30 minutos de hidratação + 40 minutos de plopping + 20 minutos secando com o difusor cuidadosamente. E o resultado era aquele que ela estava vendo. Pois é, nada do que a gente esperava, não é mesmo? Rimos muito e concordamos em continuar tentando, procurando novas técnicas para driblar esse 7×1 que o cabelo em transição nos dá. Aliás, se alguém souber como cuidar dos fios no meio de uma viagem de trem na Rússia, me conta?
Um antes e depois dessas quatro semanas ora de amor, ora de ódio.