Conheça todo o poder dos óleos naturais para tratar seus cabelos
Tanto óleos essenciais quanto vegetais podem salvar seus fios do ressecamento, oleosidade ou falta de brilho.
São inegáveis os benefícios dos óleos naturais para a saúde e o bem-estar como um todo. Quem é adepto da aromaterapia sabe, por exemplo, que algumas gotinhas do óleo essencial correto podem contribuir para o relaxamento, auxiliar no tratamento da ansiedade e até amenizar e curar problemas de pele. Já os óleos faciais, outro hit no mundo da beleza, combatem o envelhecimento cutâneo, amenizam a acne e hidratam a cútis, melhorando seu aspecto.
Como não poderia deixar de ser, o sucesso dos óleos é comprovado, também, no universo dos cabelos, já que os ativos naturais são bons aliados para manter os fios fortes e brilhantes, bem como garantir que o couro cabeludo esteja sempre saudável.
Conversamos com a psicóloga, aromatóloga e consultora para desenvolvimento de cosméticos e aromas naturais Sâmia Maluf, e com o o terapeuta capilar Pedro Daudt, do AG Hairdresser, para tirar todas as suas dúvidas sobre óleos naturais quando usados nos cabelos e mostrar qual o ativo mais indicado para as suas necessidades capilares.
Óleo vegetal X óleo essencial: qual a diferença?
Ricos em vitaminas, lipídios e aminoácidos, os óleos vegetais ajudam na hidratação, umectação e crescimento dos fios, além de possuírem ação antioxidante e estimulante para o couro cabeludo – lembrando que não existe cabelo bonito sem que o couro cabeludo esteja saudável.
Geralmente os óleos vegetais, como o de argan e o de abacate, famosos no mercado, devem ser aplicados diretamente nos cabelos, de preferência algumas horinhas anteriores ao banho, para fins de hidratação ou umectação, antes de lavar bem os fios.
Já os óleos essenciais, que têm densidade mais leve e cerca de 800 substâncias diferentes em suas fórmulas (muitas delas ainda não conhecidas pela ciência), devem ser misturados aos próprios óleos vegetais (e usados da maneira descrita acima) ou associados às fórmulas de shampoos neutros, máscaras capilares e condicionadores, também durante o banho, evitando água quente. Eles funcionam bem para tratar problemas como dermatites seborreicas, alopecias (queda de cabelo) e, ainda, controlar brilho e oleosidade.
Saiba em qual óleo apostar para…
Estimular o crescimento dos fios: vá de óleo essencial de alecrim, cedro, e hortelã pimenta. Este último, além de contribuir para centímetros extras de cabeleira, proporciona brilho e, de quebra, controla a oleosidade.
Tratar cabelos secos e/ou naturalmente ressecados: aposte no óleo vegetal de abacate, um dos melhores encontrados por aí para fazer a umectação dos fios. Os óleos vegetais de castanha-do-pará e jojoba também são extremamente nutritivos, bem como os de macadâmia e amêndoas. Se quiser uma ação ainda mais power, combine-os com os óleos essenciais de gerânio e ylang-ylang, que vão ajudar na reposição hídrica.
Diminuir a oleosidade: Quem tem cabelo oleoso deve investir nos óleos vegetais de semente de uva e jojoba, que são mais levinhos – combine-os com óleos essenciais de hortelã, alecrim e ylang-ylang, para um couro cabeludo ainda mais refrescante. Outros óleos vegetais, como o de coco e o de rícino, também podem ser usados, mas com cautela e em poucas quantidades, apenas no comprimento e pontas dos fios para que eles não fiquem pesados.
O queridinho
Se alguns óleos naturais servem para tratar problemas específicos relacionados a cada tipo de cabelo, existe um que funciona para todos eles, e atende pelo nome de óleo de argan. Não à toa, o ativo é quase uma unanimidade na beauté e está presente no necessáire de geral há alguns bons anos.
Também, pudera. Com propriedades hidratantes e rico em vitaminas A, D, E e ácidos graxos, funciona como antioxidante natural, retardando o envelhecimento dos fios, ao passo que restaura a fibra capilar, fortalece, nutre e revitaliza toda a extensão dos cabelos, do couro cabeludo às pontinhas. Quer mais? Todo mundo pode usar o óleo de argan, inclusive quem tem raiz oleosa.
Contraindicações:
Apesar dos óleos – sejam eles vegetais ou essenciais – não possuírem grandes contraindicações, antes de se jogar nos produtinhos é sempre pertinente conhecer qual seria o mais indicado para seu tipo de cabelo e as necessidades que os fios apresentam naquele momento – rótulos e embalagens estão aí para isso.
Como já dissemos, evite usá-los antes de fazer escova, como protetores térmicos, por conta do calor que, junto do óleo, pode danificar os fios. Depois de usar secador, chapinha ou babyliss, por sua vez, vale usar um pouquinho de óleo (quantidade semelhante a uma moeda de cinco centavos) para finalizar o visual.
Atenção, também, aos óleos de alecrim, não recomendado para pessoas hipertensas, ylang-ylang, contraindicado para os hipotensos e o de hortelã, proibido para gestantes. Ficou com alguma dúvida? O melhor a fazer é recorrer a um profissional qualificado que entenda do tema.